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MASH: a doença silenciosa do fígado que pode evoluir para cirrose

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O que é esteato-hepatite1 metabólica ou MASH?

A esteato-hepatite1 associada à disfunção metabólica (MASH), anteriormente denominada esteato-hepatite1 não alcoólica (NASH), é uma forma progressiva da doença hepática2 gordurosa associada à disfunção metabólica (MASLD). Trata-se de uma condição crônica caracterizada por acúmulo de gordura3 no fígado4 (esteatose5), associado a inflamação6 e lesão7 hepatocelular, que pode evoluir para fibrose8, cirrose9 ou carcinoma10 hepatocelular.

É considerada a forma mais grave da MASLD e se distingue da esteatose hepática11 simples, geralmente benigna. Está fortemente associada à síndrome metabólica12, que reúne fatores como obesidade13, diabetes tipo 214, dislipidemia e hipertensão arterial15.

A prevalência16 global tem aumentado paralelamente ao crescimento das taxas de obesidade13 e diabetes17, atingindo cerca de 3 a 5% da população mundial, com maior incidência18 em países ocidentais. Na maioria das vezes, a doença é assintomática nas fases iniciais, o que dificulta seu diagnóstico19 precoce.

Quais são as causas da esteato-hepatite1 metabólica?

A MASH resulta de uma combinação de fatores metabólicos, ambientais e genéticos. A obesidade13, especialmente a visceral, é um dos principais desencadeadores, pois favorece o acúmulo de gordura3 hepática2. A resistência à insulina20, comum no diabetes tipo 214 e na síndrome metabólica12, leva ao aumento da lipólise no tecido adiposo21 e a um maior influxo de ácidos graxos livres para o fígado4. A dislipidemia, caracterizada por níveis elevados de triglicerídeos e colesterol22 LDL23, também contribui para o quadro.

Variantes genéticas, como as presentes no gene PNPLA3, aumentam a suscetibilidade à doença. O consumo frequente de alimentos ricos em açúcares refinados, gorduras saturadas24 e carboidratos processados25, associado ao sedentarismo26, agrava o acúmulo de gordura3 hepática2 e a resistência à insulina20. Além disso, fatores como uso de determinados medicamentos, doenças endócrinas e alterações na microbiota27 intestinal podem desempenhar papel relevante.

Qual é o substrato fisiopatológico da esteato-hepatite1 metabólica?

O mecanismo fisiopatológico da MASH é complexo e geralmente descrito pelo modelo dos “múltiplos hits”. O primeiro é a instalação da esteatose hepática11, consequência da resistência à insulina20, que aumenta a mobilização de ácidos graxos do tecido adiposo21 e estimula a síntese de lipídios no fígado4. Esse excesso de gordura3 provoca estresse oxidativo, sobrecarga mitocondrial e produção de espécies reativas de oxigênio.

Em seguida, ocorre o segundo hit, caracterizado por inflamação6 e lesão7 hepatocelular, mediadas por citocinas28 pró-inflamatórias provenientes de hepatócitos, células29 de Kupffer e tecido adiposo21. A ativação das células29 estreladas hepáticas30 leva à deposição de colágeno31 e fibrose8. Alterações na microbiota27 intestinal e aumento da permeabilidade32 da mucosa33 favorecem a translocação34 de lipopolissacarídeos bacterianos, intensificando o processo inflamatório.

Nos casos mais graves, a fibrose8 pode progredir para cirrose9 e falência hepática2.

Veja sobre "Cálculo35 do IMC36", "Sedentarismo26", "Atividade física", "Dieta do jejum" e "Dietas para emagrecer".

Quais são as características clínicas?

Nos estágios iniciais, a MASH geralmente é assintomática, o que dificulta a detecção precoce. Quando presentes, os sintomas37 costumam ser inespecíficos, como fadiga38 persistente, desconforto ou dor leve no quadrante superior direito do abdome39 e sensação de peso abdominal.

Com a progressão da doença e o desenvolvimento de fibrose8 ou cirrose9, podem surgir manifestações como icterícia40, ascite41, edema42 periférico, confusão mental decorrente de encefalopatia43 hepática2 e hemorragia digestiva alta44 por hipertensão45 portal. Frequentemente, observa-se também o conjunto de alterações características da síndrome metabólica12.

Como o médico faz o diagnóstico19?

O diagnóstico19 da MASH exige a exclusão de outras causas de doença hepática2, como hepatites46 virais, consumo excessivo de álcool e doenças autoimunes47. A avaliação inicia-se com a anamnese48 e exame físico, incluindo a investigação de fatores de risco metabólicos e a confirmação de ingestão alcoólica inferior a 20 g/dia para mulheres e 30 g/dia para homens.

Exames laboratoriais podem revelar elevação leve a moderada de ALT e AST, com relação ALT/AST geralmente maior que 1, além de alterações na glicemia de jejum49 e no perfil lipídico50. Métodos de imagem, como ultrassonografia51, tomografia computadorizada52 ou ressonância magnética53, são úteis para identificar esteatose hepática11, enquanto a elastografia transitória possibilita avaliar o grau de fibrose8.

A biópsia54 hepática2 é o padrão-ouro para confirmar o diagnóstico19 e determinar a gravidade das lesões55, sendo reservada para casos de dúvida diagnóstica ou suspeita de doença avançada. Ferramentas não invasivas, como os escores FIB-4 e NAFLD Fibrosis Score, auxiliam na estimativa do risco de fibrose8 significativa.

Como o médico trata a MASH?

Até o momento, não existe tratamento farmacológico aprovado especificamente para a MASH. A abordagem baseia-se principalmente na modificação do estilo de vida e no controle rigoroso dos fatores de risco. A perda de peso, preferencialmente entre 7% e 10% do peso corporal, é uma das intervenções mais eficazes para reduzir a esteatose5 e a inflamação6. A adoção de dietas hipocalóricas equilibradas, como a dieta mediterrânea56, associada à redução de açúcares simples e gorduras saturadas24 e ao aumento do consumo de fibras e gorduras insaturadas57, é recomendada.

A prática regular de atividade física aeróbica, com pelo menos 150 minutos semanais, melhora a sensibilidade à insulina58 e reduz a gordura3 hepática2. O controle de comorbidades59, incluindo diabetes17, dislipidemia e hipertensão45, é fundamental. Em casos selecionados, pode-se considerar o uso de vitamina60 E e pioglitazona, especialmente em pacientes não diabéticos.

Estudos com novos fármacos, como agonistas de PPAR e inibidores de FXR, estão em andamento.

Qual é a evolução?

A evolução clínica da MASH é variável. Em muitos pacientes, a doença permanece estável por anos, com esteatose5 simples e inflamação6 leve. No entanto, cerca de 20% a 30% dos casos progridem para fibrose8 significativa, podendo evoluir para cirrose9 ao longo de uma a duas décadas. A fibrose8 avançada é o principal fator de risco61 para desfechos graves, como insuficiência hepática62, carcinoma10 hepatocelular e necessidade de transplante hepático. A presença de diabetes17, obesidade13 grave e idade avançada aumenta a probabilidade de progressão.

Como prevenir?

A prevenção da MASH depende da redução dos fatores de risco metabólicos. A manutenção de um peso corporal saudável, o controle rigoroso de doenças como diabetes17, dislipidemia e hipertensão45, e a adoção de hábitos alimentares equilibrados, com baixo consumo de açúcares refinados e gorduras saturadas24, são medidas centrais.

Pacientes com síndrome metabólica12 devem realizar rastreamento regular para alterações hepáticas30, de forma a permitir intervenção precoce.

Quais são as complicações?

As complicações decorrem principalmente da progressão da fibrose8 e incluem o desenvolvimento de cirrose9, carcinoma10 hepatocelular, insuficiência hepática62, hipertensão45 portal e aumento do risco de eventos cardiovasculares, como infarto do miocárdio63 e acidente vascular cerebral64.

Leia também sobre "Tratamento da obesidade13 - uso de agonistas GLP-1 e tecnologia" e "Consequências do emagrecimento rápido".

 

Referências:

As informações veiculadas neste texto foram extraídas principalmente dos sites da Sociedade Brasileira de Diabetes, da Cleveland Clinic e da American Liver Foundation.

ABCMED, 2025. MASH: a doença silenciosa do fígado que pode evoluir para cirrose. Disponível em: <https://www.abc.med.br/p/sinais.-sintomas-e-doencas/1493335/mash-a-doenca-silenciosa-do-figado-que-pode-evoluir-para-cirrose.htm>. Acesso em: 25 ago. 2025.
Nota ao leitor:
As notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.

Complementos

1 Hepatite: Inflamação do fígado, caracterizada por coloração amarela da pele e mucosas (icterícia), dor na região superior direita do abdome, cansaço generalizado, aumento do tamanho do fígado, etc. Pode ser produzida por múltiplas causas como infecções virais, toxicidade por drogas, doenças imunológicas, etc.
2 Hepática: Relativa a ou que forma, constitui ou faz parte do fígado.
3 Gordura: Um dos três principais nutrientes dos alimentos. Os alimentos que fornecem gordura são: manteiga, margarina, óleos, nozes, carnes vermelhas, peixes, frango e alguns derivados do leite. O excesso de calorias é estocado no organismo na forma de gordura, fornecendo uma reserva de energia ao organismo.
4 Fígado: Órgão que transforma alimento em energia, remove álcool e toxinas do sangue e fabrica bile. A bile, produzida pelo fígado, é importante na digestão, especialmente das gorduras. Após secretada pelas células hepáticas ela é recolhida por canalículos progressivamente maiores que a levam para dois canais que se juntam na saída do fígado e a conduzem intermitentemente até o duodeno, que é a primeira porção do intestino delgado. Com esse canal biliar comum, chamado ducto hepático, comunica-se a vesícula biliar através de um canal sinuoso, chamado ducto cístico. Quando recebe esse canal de drenagem da vesícula biliar, o canal hepático comum muda de nome para colédoco. Este, ao entrar na parede do duodeno, tem um músculo circular, designado esfíncter de Oddi, que controla o seu esvaziamento para o intestino.
5 Esteatose: Degenerescência gordurosa de um tecido.
6 Inflamação: Conjunto de processos que se desenvolvem em um tecido em resposta a uma agressão externa. Incluem fenômenos vasculares como vasodilatação, edema, desencadeamento da resposta imunológica, ativação do sistema de coagulação, etc.Quando se produz em um tecido superficial (pele, tecido celular subcutâneo) pode apresentar tumefação, aumento da temperatura local, coloração avermelhada e dor (tétrade de Celso, o cientista que primeiro descreveu as características clínicas da inflamação).
7 Lesão: 1. Ato ou efeito de lesar (-se). 2. Em medicina, ferimento ou traumatismo. 3. Em patologia, qualquer alteração patológica ou traumática de um tecido, especialmente quando acarreta perda de função de uma parte do corpo. Ou também, um dos pontos de manifestação de uma doença sistêmica. 4. Em termos jurídicos, prejuízo sofrido por uma das partes contratantes que dá mais do que recebe, em virtude de erros de apreciação ou devido a elementos circunstanciais. Ou também, em direito penal, ofensa, dano à integridade física de alguém.
8 Fibrose: 1. Aumento das fibras de um tecido. 2. Formação ou desenvolvimento de tecido conjuntivo em determinado órgão ou tecido como parte de um processo de cicatrização ou de degenerescência fibroide.
9 Cirrose: Substituição do tecido normal de um órgão (freqüentemente do fígado) por um tecido cicatricial fibroso. Deve-se a uma agressão persistente, infecciosa, tóxica ou metabólica, que produz perda progressiva das células funcionalmente ativas. Leva progressivamente à perda funcional do órgão.
10 Carcinoma: Tumor maligno ou câncer, derivado do tecido epitelial.
11 Esteatose hepática: Esteatose hepática ou “fígado gorduroso“ é o acúmulo de gorduras nas células do fígado.
12 Síndrome metabólica: Tendência de várias doenças ocorrerem ao mesmo tempo. Incluindo obesidade, resistência insulínica, diabetes ou pré-diabetes, hipertensão e hiperlipidemia.
13 Obesidade: Condição em que há acúmulo de gorduras no organismo além do normal, mais severo que o sobrepeso. O índice de massa corporal é igual ou maior que 30.
14 Diabetes tipo 2: Condição caracterizada por altos níveis de glicose causada tanto por graus variáveis de resistência à insulina quanto por deficiência relativa na secreção de insulina. O tipo 2 se desenvolve predominantemente em pessoas na fase adulta, mas pode aparecer em jovens.
15 Hipertensão arterial: Aumento dos valores de pressão arterial acima dos valores considerados normais, que no adulto são de 140 milímetros de mercúrio de pressão sistólica e 85 milímetros de pressão diastólica.
16 Prevalência: Número de pessoas em determinado grupo ou população que são portadores de uma doença. Número de casos novos e antigos desta doença.
17 Diabetes: Nome que designa um grupo de doenças caracterizadas por diurese excessiva. A mais frequente é o Diabetes mellitus, ainda que existam outras variantes (Diabetes insipidus) de doença nas quais o transtorno primário é a incapacidade dos rins de concentrar a urina.
18 Incidência: Medida da freqüência em que uma doença ocorre. Número de casos novos de uma doença em um certo grupo de pessoas por um certo período de tempo.
19 Diagnóstico: Determinação de uma doença a partir dos seus sinais e sintomas.
20 Resistência à insulina: Inabilidade do corpo para responder e usar a insulina produzida. A resistência à insulina pode estar relacionada à obesidade, hipertensão e altos níveis de colesterol no sangue.
21 Tecido Adiposo: Tecido conjuntivo especializado composto por células gordurosas (ADIPÓCITOS). É o local de armazenamento de GORDURAS, geralmente na forma de TRIGLICERÍDEOS. Em mamíferos, existem dois tipos de tecido adiposo, a GORDURA BRANCA e a GORDURA MARROM. Suas distribuições relativas variam em diferentes espécies sendo que a maioria do tecido adiposo compreende o do tipo branco.
22 Colesterol: Tipo de gordura produzida pelo fígado e encontrada no sangue, músculos, fígado e outros tecidos. O colesterol é usado pelo corpo para a produção de hormônios esteróides (testosterona, estrógeno, cortisol e progesterona). O excesso de colesterol pode causar depósito de gordura nos vasos sangüíneos. Seus componentes são: HDL-Colesterol: tem efeito protetor para as artérias, é considerado o bom colesterol. LDL-Colesterol: relacionado às doenças cardiovasculares, é o mau colesterol. VLDL-Colesterol: representa os triglicérides (um quinto destes).
23 LDL: Lipoproteína de baixa densidade, encarregada de transportar colesterol através do sangue. Devido à sua tendência em depositar o colesterol nas paredes arteriais e a produzir aterosclerose, tem sido denominada “mau colesterol“.
24 Gorduras saturadas: Elas são encontradas principalmente em produtos de origem animal. Em temperatura ambiente, apresentam-se em estado sólido. Estão nas carnes vermelhas e brancas (principalmente gordura da carne e pele das aves e peixes), leite e seus derivados integrais (manteiga, creme de leite, iogurte, nata) e azeite de dendê.
25 Carboidratos processados: Carboidratos processados ou refinados são aqueles que aparecem no pão branco, no açúcar branco, na farinha branca, nos refrigerantes, na batata, nos doces e bolos em geral. Eles são absorvidos muito rapidamente, possuem alto índice glicêmico (proporcionam um aumento rápido da glicose no sangue) e tem efeito nocivo sobre a flora bacteriana intestinal. Alimentos processados são quimicamente alterados, perdem seu valor nutritivo, seu sabor e cor naturais.
26 Sedentarismo: Qualidade de quem ou do que é sedentário, ou de quem tem vida e/ou hábitos sedentários. Sedentário é aquele que se exercita pouco, que não se movimenta muito.
27 Microbiota: Em ecologia, chama-se microbiota ao conjunto dos microrganismos que habitam um ecossistema, principalmente bactérias, protozoários e outros microrganismos que têm funções importantes na decomposição da matéria orgânica e, portanto, na reciclagem dos nutrientes. Fazem parte da microbiota humana uma quantidade enorme de bactérias que vivem em harmonia no organismo e auxiliam a ação do sistema imunológico e a nutrição, por exemplo.
28 Citocinas: Citoquina ou citocina é a designação genérica de certas substâncias segregadas por células do sistema imunitário que controlam as reações imunes do organismo.
29 Células: Unidades (ou subunidades) funcionais e estruturais fundamentais dos organismos vivos. São compostas de CITOPLASMA (com várias ORGANELAS) e limitadas por uma MEMBRANA CELULAR.
30 Hepáticas: Relativas a ou que forma, constitui ou faz parte do fígado.
31 Colágeno: Principal proteína fibrilar, de função estrutural, presente no tecido conjuntivo de animais.
32 Permeabilidade: Qualidade dos corpos que deixam passar através de seus poros outros corpos (fluidos, líquidos, gases, etc.).
33 Mucosa: Tipo de membrana, umidificada por secreções glandulares, que recobre cavidades orgânicas em contato direto ou indireto com o meio exterior.
34 Translocação: É uma alteração cromossômica na qual um segmento de cromossomo se destaca e se fixa em outra posição no mesmo cromossomo ou sobre outro cromossomo.
35 Cálculo: Formação sólida, produto da precipitação de diferentes substâncias dissolvidas nos líquidos corporais, podendo variar em sua composição segundo diferentes condições biológicas. Podem ser produzidos no sistema biliar (cálculos biliares) e nos rins (cálculos renais) e serem formados de colesterol, ácido úrico, oxalato de cálcio, pigmentos biliares, etc.
36 IMC: Medida usada para avaliar se uma pessoa está abaixo do peso, com peso normal, com sobrepeso ou obesa. É a medida mais usada na prática para saber se você é considerado obeso ou não. Também conhecido como IMC. É calculado dividindo-se o peso corporal em quilogramas pelo quadrado da altura em metros. Existe uma tabela da Organização Mundial de Saúde que classifica as medidas de acordo com o resultado encontrado.
37 Sintomas: Alterações da percepção normal que uma pessoa tem de seu próprio corpo, do seu metabolismo, de suas sensações, podendo ou não ser um indício de doença. Os sintomas são as queixas relatadas pelo paciente mas que só ele consegue perceber. Sintomas são subjetivos, sujeitos à interpretação pessoal. A variabilidade descritiva dos sintomas varia em função da cultura do indivíduo, assim como da valorização que cada pessoa dá às suas próprias percepções.
38 Fadiga: 1. Sensação de enfraquecimento resultante de esforço físico. 2. Trabalho cansativo. 3. Redução gradual da resistência de um material ou da sensibilidade de um equipamento devido ao uso continuado.
39 Abdome: Região do corpo que se localiza entre o TÓRAX e a PELVE.
40 Icterícia: Coloração amarelada da pele e mucosas devido a uma acumulação de bilirrubina no organismo. Existem dois tipos de icterícia que têm etiologias e sintomas distintos: icterícia por acumulação de bilirrubina conjugada ou direta e icterícia por acumulação de bilirrubina não conjugada ou indireta.
41 Ascite: Acúmulo anormal de líquido na cavidade peritoneal. Pode estar associada a diferentes doenças como cirrose, insuficiência cardíaca, câncer de ovário, esquistossomose, etc.
42 Edema: 1. Inchaço causado pelo excesso de fluidos no organismo. 2. Acúmulo anormal de líquido nos tecidos do organismo, especialmente no tecido conjuntivo.
43 Encefalopatia: Qualquer patologia do encéfalo. O encéfalo é um conjunto que engloba o tronco cerebral, o cerebelo e o cérebro.
44 Hemorragia digestiva alta: É um termo que se refere a qualquer sangramento proveniente do gastrointestinal superior. O limite anatômico para o sangramento gastrointestinal superior é o ligamento de Treitz, que liga a quarta porção do duodeno ao diafragma, perto da flexura esplênica do cólon.
45 Hipertensão: Condição presente quando o sangue flui através dos vasos com força maior que a normal. Também chamada de pressão alta. Hipertensão pode causar esforço cardíaco, dano aos vasos sangüíneos e aumento do risco de um ataque cardíaco, derrame ou acidente vascular cerebral, além de problemas renais e morte.
46 Hepatites: Inflamação do fígado, caracterizada por coloração amarela da pele e mucosas (icterícia), dor na região superior direita do abdome, cansaço generalizado, aumento do tamanho do fígado, etc. Pode ser produzida por múltiplas causas como infecções virais, toxicidade por drogas, doenças imunológicas, etc.
47 Autoimunes: 1. Relativo à autoimunidade (estado patológico de um organismo atingido por suas próprias defesas imunitárias). 2. Produzido por autoimunidade. 3. Autoalergia.
48 Anamnese: Lembrança pouco precisa, reminiscência, recordação. Na filosofia platônica, é a rememoração gradativa através da qual o filósofo redescobre dentro de si as verdades essenciais e latentes que remontam a um tempo anterior ao de sua existência empírica. Na medicina, é o histórico de todos os sintomas narrados pelo paciente sobre o seu caso clínico. É uma espécie de “entrevista†feita pelo profissional da saúde, em que o paciente é submetido a perguntas que ajudarão na condução a um diagnóstico mais preciso. Ela precede o exame físico em uma consulta médica.
49 Glicemia de jejum: Teste que checa os níveis de glicose após um período de jejum de 8 a 12 horas (frequentemente dura uma noite). Este teste é usado para diagnosticar o pré-diabetes e o diabetes. Também pode ser usado para monitorar pessoas com diabetes.
50 Perfil lipídico: Exame laboratorial que mede colesterol total, triglicérides, HDL. O LDL é calculado por estes resultados. O perfil lipídico é uma das medidas de risco para as doenças cardiovasculares.
51 Ultrassonografia: Ultrassonografia ou ecografia é um exame complementar que usa o eco produzido pelo som para observar em tempo real as reflexões produzidas pelas estruturas internas do organismo (órgãos internos). Os aparelhos de ultrassonografia utilizam uma frequência variada, indo de 2 até 14 MHz, emitindo através de uma fonte de cristal que fica em contato com a pele e recebendo os ecos gerados, os quais são interpretados através de computação gráfica.
52 Tomografia computadorizada: Exame capaz de obter imagens em tons de cinza de “fatias†de partes do corpo ou de órgãos selecionados, as quais são geradas pelo processamento por um computador de uma sucessão de imagens de raios X de alta resolução em diversos segmentos sucessivos de partes do corpo ou de órgãos.
53 Ressonância magnética: Exame que fornece imagens em alta definição dos órgãos internos do corpo através da utilização de um campo magnético.
54 Biópsia: 1. Retirada de material celular ou de um fragmento de tecido de um ser vivo para determinação de um diagnóstico. 2. Exame histológico e histoquímico. 3. Por metonímia, é o próprio material retirado para exame.
55 Lesões: 1. Ato ou efeito de lesar (-se). 2. Em medicina, ferimento ou traumatismo. 3. Em patologia, qualquer alteração patológica ou traumática de um tecido, especialmente quando acarreta perda de função de uma parte do corpo. Ou também, um dos pontos de manifestação de uma doença sistêmica. 4. Em termos jurídicos, prejuízo sofrido por uma das partes contratantes que dá mais do que recebe, em virtude de erros de apreciação ou devido a elementos circunstanciais. Ou também, em direito penal, ofensa, dano à integridade física de alguém.
56 Dieta Mediterrânea: Alimentação rica em carboidratos, fibras, elevado consumo de verduras, legumes e frutas (frescas e secas) e pobre em ácidos graxos saturados. É recomendada uma ingestão maior de gordura monoinsaturada em decorrência da grande utilização do azeite de oliva. Além de vinho.
57 Gorduras insaturadas: Elas existem principalmente nos vegetais, são líquidas em temperatura ambiente. Há a monoinsaturada e a poliinsaturada. Encontradas no azeite de oliva, óleo de canola e de milho, amêndoas, castanha-do-pará, abacate, semente de linhaça, truta e salmão.
58 Insulina: Hormônio que ajuda o organismo a usar glicose como energia. As células-beta do pâncreas produzem insulina. Quando o organismo não pode produzir insulna em quantidade suficiente, ela é usada por injeções ou bomba de insulina.
59 Comorbidades: Coexistência de transtornos ou doenças.
60 Vitamina: Compostos presentes em pequenas quantidades nos diversos alimentos e nutrientes e que são indispensáveis para o desenvolvimento dos processos biológicos normais.
61 Fator de risco: Qualquer coisa que aumente a chance de uma pessoa desenvolver uma doença.
62 Insuficiência hepática: Deterioração grave da função hepática. Pode ser decorrente de hepatite viral, cirrose e hepatopatia alcoólica (lesão hepática devido ao consumo de álcool) ou medicamentosa (causada por medicamentos como, por exemplo, o acetaminofeno). Para que uma insuficiência hepática ocorra, deve haver uma lesão de grande porção do fígado.
63 Infarto do miocárdio: Interrupção do suprimento sangüíneo para o coração por estreitamento dos vasos ou bloqueio do fluxo. Também conhecido por ataque cardíaco.
64 Acidente vascular cerebral: Conhecido popularmente como derrame cerebral, o acidente vascular cerebral (AVC) ou encefálico é uma doença que consiste na interrupção súbita do suprimento de sangue com oxigênio e nutrientes para o cérebro, lesando células nervosas, o que pode resultar em graves conseqüências, como inabilidade para falar ou mover partes do corpo. Há dois tipos de derrame, o isquêmico e o hemorrágico.

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