Hipoplasia do coração esquerdo
O que é a hipoplasia1 do coração2 esquerdo?
A palavra hipoplasia1 é um termo médico que significa subdesenvolvido e pequeno. A síndrome3 da hipoplasia1 do coração2 esquerdo é um defeito congênito4 em que o lado esquerdo do coração2, incluindo o ventrículo esquerdo, as válvulas cardíacas à esquerda e a aorta5, está subdesenvolvido. Os bebês6 nascidos com essa síndrome3 geralmente têm também um defeito do septo atrial e um ducto arterial patente (ducto arterial normal entre a artéria pulmonar7 e a aorta5 no feto8 não se fecha logo após o nascimento, como deveria acontecer).
Quais são as causas da hipoplasia1 do coração2 esquerdo?
As causas da síndrome3 do coração2 esquerdo hipoplásico, bem como as causas de outros defeitos cardíacos congênitos9, são desconhecidas. Alguns bebês6 têm defeitos cardíacos devido a alterações em seus genes ou cromossomos10. Acredita-se que esses tipos de defeitos cardíacos também sejam causados por uma combinação de genes com outros fatores de risco, como coisas com as quais a mãe entra em contato no ambiente, o que a mãe come ou bebe ou os medicamentos que usa durante a gestação.
Qual é o substrato fisiopatológico da hipoplasia1 do coração2 esquerdo?
Na Síndrome3 da Hipoplasia1 do Coração2 Esquerdo, a maioria das estruturas no lado esquerdo do coração2 é muito pequena e pouco desenvolvida para fornecer um fluxo de sangue11 suficiente para as necessidades do corpo. O defeito mais crítico da síndrome3 é um ventrículo esquerdo muito pequeno, que precisaria ser suficientemente grande e forte para bombear o sangue11 para fora do órgão. No entanto, sendo muito pequeno, ele simplesmente não funciona de forma a cumprir suas necessidades.
Outras estruturas do coração2 esquerdo também podem ser subdesenvolvidas em graus variados, incluindo a válvula mitral, que controla o fluxo de sangue11 entre o átrio esquerdo12 e o ventrículo esquerdo; a valva aórtica13, que regula o fluxo de sangue11 do ventrículo esquerdo para a aorta5; e a própria artéria14 aorta5, a maior artéria14 do corpo, que fornece sangue11 oxigenado para o corpo e é uma das duas grandes artérias15 no coração2, sendo a outra a artéria pulmonar7.
Na síndrome3 da hipoplasia1 do coração2 esquerdo, apesar da gravidade dos defeitos cardíacos, o feto8 ou recém-nascido é capaz de sobreviver devido a dois “buracos no coração” que ocorrem naturalmente e permitem a comunicação de sangue11 entre os lados esquerdo e direito do coração2. Estes são:
(1) A persistência do canal arterial16, um vaso sanguíneo que liga entre si as duas grandes artérias15 (aorta5 e artéria pulmonar7) e, geralmente, fecha logo após o nascimento. Enquanto o canal permanece aberto (patente), o sangue11 pode passar do ventrículo direito e da artéria pulmonar7 à aorta5 e ao corpo, permitindo que um pouco de sangue11 rico em oxigênio circule.
(2) Forame17 oval patente, que é uma pequena abertura entre os átrios direito e esquerdo, normalmente presente no útero18, mas que, normalmente, fecha após o nascimento. Na síndrome3 da hipoplasia1 do coração2 esquerdo é importante que o forame17 oval permaneça aberto (patente), pois isso permite que o sangue11 retornando dos pulmões19 cruze do átrio esquerdo12 para o átrio direito20 e para fora do órgão através do ventrículo direito e da artéria pulmonar7.
Uma vez que o ducto arterial e/ou o forame17 oval comecem a se fechar, o bebê vai se tornar extremamente mais doente, devido à falta de fornecimento de sangue11 para o corpo. Nesse ponto, é necessário tratamento, para que ele sobreviva.
Leia mais sobre "Cardiopatias congênitas21", "Endocardite22" e "Miocardite23".
Quais são as características clínicas da hipoplasia1 do coração2 esquerdo?
A síndrome3 da hipoplasia1 do coração2 esquerdo causa insuficiência cardíaca24, um quadro clínico em que o coração2 bombeia uma quantidade de sangue11 menor que a normal, acabando em morte.
Como o médico diagnostica a hipoplasia1 do coração2 esquerdo?
A síndrome3 do coração2 esquerdo hipoplásico pode ser diagnosticada durante a gravidez25, por meio da ultrassonografia26, ou logo após o nascimento do bebê. Se o médico suspeitar que um bebê possa ter síndrome3 do coração2 esquerdo hipoplásico, ele pode também solicitar um ecocardiograma27 fetal e uma ultrassonografia26 do coração2 do bebê, para confirmar o diagnóstico28. Este teste pode mostrar problemas com a estrutura do coração2 e como o coração2 está trabalhando com esse defeito.
Depois que nasce, o bebê com síndrome3 do coração2 esquerdo hipoplásico pode não ter problemas nos primeiros dias de vida, enquanto o canal arterial16 e o forame17 oval estão abertos, mas rapidamente desenvolverá sinais29 após essas aberturas serem fechadas.
Os principais sintomas30 serão: problemas respiratórios, pulso fraco e pele31 cianótica32 (acinzentada ou azulada). Durante o exame físico, o médico pode ver esses sinais29 e ouvir um sopro no coração2, causado pelo fluxo sanguíneo inadequado.
O médico pode, ainda, solicitar um ou mais exames para fazer o diagnóstico28, sendo o mais comum um ecocardiograma27. A ecocardiografia também é útil para ajudar o profissional de saúde33 a fazer o acompanhamento da saúde33 da criança ao longo do tempo.
A oximetria de pulso neonatal, feita à beira do leito, mostrará níveis baixos de oxigênio no sangue11 do bebê, às vezes antes que ele apresente quaisquer sintomas30.
Como o médico trata a hipoplasia1 do coração2 esquerdo?
Alguns bebês6 e crianças precisarão de medicamentos para ajudar a fortalecer o músculo cardíaco34, reduzir a pressão arterial35 e ajudar o corpo a se livrar do fluido extra. Outros, com a síndrome3 do coração2 esquerdo hipoplásico ficam cansados durante a alimentação e não comem o suficiente para ganhar peso. Para garantir que os bebês6 tenham um ganho de peso saudável, uma fórmula especial de alto teor calórico pode ser aconselhada. Alguns bebês6 ficam tão extremamente cansados durante a alimentação que podem precisar ser alimentados por um tubo de alimentação.
Várias cirurgias feitas em uma ordem específica são necessárias para aumentar o fluxo sanguíneo para o corpo e contornar o mau funcionamento do lado esquerdo do coração2. O ventrículo direito se torna a principal câmara de bombeamento do corpo. Essas cirurgias não curam a síndrome3 do coração2 esquerdo hipoplásico, mas ajudam a melhorar a função cardíaca. Às vezes, são administrados medicamentos para ajudar a tratar os sintomas30 do defeito antes ou depois da cirurgia.
Veja também sobre "Insuficiência cardíaca24", "Insuficiência36 mitral" e "Estenose37 aórtica".
Referências:
As informações veiculadas neste texto foram extraídas principalmente dos sites do CDC – Centers for Disease Control and Prevention, da Mayo Clinic e do Cincinnati Children’s.
As notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.