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Como são as laringites?

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O que é laringite1?

Laringite1 é um processo inflamatório da laringe2, onde estão as cordas vocais3. Ela pode também ser um mero acompanhante de um resfriado comum, de uma bronquite ou mesmo de uma pneumonia4 e cede espontaneamente ou com tratamento, mas se não cuidada adequadamente pode ocasionar problemas sérios como um tumor5 maligno que atinja as cordas vocais3.

Quais são as causas da laringite1?

Mais comumente as laringites são causadas por vírus6. Entretanto, elas podem ser também causadas por:

  • Infecção7 bacteriana aguda ou crônica.
  • Infecção7 por fungos.
  • Reações alérgicas.
  • Uso intenso das cordas vocais3.
  • Tosse excessiva.
  • Fumo.
  • Consumo de álcool.

Quais são os principais sinais8 e sintomas9 da laringite1?

A laringite1 aguda, de surgimento rápido, pode não durar muito tempo; na laringite1 crônica ocorrem longos períodos de rouquidão, que pode afetar permanentemente as cordas vocais3 ou os pulmões10. Os principais sinais8 e sintomas9 da laringite1 variam de acordo com a sua gravidade, mas em geral são:

  • Dor.
  • Rouquidão ou perda total da voz.
  • Falta de ar.
  • Mal-estar.
  • Dores e coceiras na garganta11.
  • Tosse seca.
  • Dificuldade para engolir.
  • Aumento de volume dos linfonodos12 do pescoço13.
  • Sensação de caroço no pescoço13.

Como o médico diagnostica a laringite1?

O médico tomará a história clínica do paciente e o examinará fisicamente, em busca de sinais8 que confirmem o diagnóstico14. Provavelmente procederá ou solicitará uma laringoscopia. Alguns exames laboratoriais e uma radiografia da região do pescoço13 também podem ser solicitados.

Como o médico trata a laringite1?

O tratamento da laringite1 vai depender dos sintomas9 e da sua causa. A laringite1 aguda habitualmente desaparece sem necessidade de tratamento; a crônica, em geral melhora com uma semana de repouso. Em caso de haver nódulos, torna-se necessária uma cirurgia. O tratamento clínico da laringite1 virótica implica em repouso de voz e inalações de vapor para ajudar a diminuir o desconforto e medicamentos antialérgicos e sintomáticos. No caso da laringite1 crônica pode ser necessário radioterapia15, quimioterapia16 e cirurgia. Em casos excepcionais pode ter-se que retirar totalmente a laringe2, com perda da voz. As laringites bacterianas exigem tratamento com antibióticos.

Quais são os cuidados necessários em casos de laringite1?

  • Evite respirar fumaça, poeiras ou vapores irritantes.
  • Repouse sua voz o máximo possível, diminua suas atividades, durma o máximo possível.
  • Beba bastante líquido (não gelado) para manter-se hidratado e não deixar a garganta11 ressecada.
  • Tome banho de chuveiro com água quente e aspire vapor.
  • Use um umidificador, se possível.
  • Pare de fumar, se for o caso.
ABCMED, 2013. Como são as laringites?. Disponível em: <https://www.abc.med.br/p/sinais.-sintomas-e-doencas/375160/como-sao-as-laringites.htm>. Acesso em: 21 nov. 2024.
Nota ao leitor:
As notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.

Complementos

1 Laringite: Inflamação da mucosa que recobre a laringe. É muito freqüente durante os meses frios, e é produzida por uma infecção viral. Apresenta-se com dor, alterações da fonação (disfonia), tosse e febre.
2 Laringe: É um órgão fibromuscular, situado entre a traqueia e a base da língua que permite a passagem de ar para a traquéia. Consiste em uma série de cartilagens, como a tiroide, a cricóide e a epiglote e três pares de cartilagens: aritnoide, corniculada e cuneiforme, todas elas revestidas de membrana mucosa que são movidas pelos músculos da laringe. As dobras da membrana mucosa dão origem às pregas vocais.
3 Cordas Vocais: Pregas da membrana mucosa localizadas ao longo de cada parede da laringe extendendo-se desde o ângulo entre as lâminas da cartilagem tireóide até o processo vocal cartilagem aritenóide.
4 Pneumonia: Inflamação do parênquima pulmonar. Sua causa mais freqüente é a infecção bacteriana, apesar de que pode ser produzida por outros microorganismos. Manifesta-se por febre, tosse, expectoração e dor torácica. Em pacientes idosos ou imunodeprimidos pode ser uma doença fatal.
5 Tumor: Termo que literalmente significa massa ou formação de tecido. É utilizado em geral para referir-se a uma formação neoplásica.
6 Vírus: Pequeno microorganismo capaz de infectar uma célula de um organismo superior e replicar-se utilizando os elementos celulares do hospedeiro. São capazes de causar múltiplas doenças, desde um resfriado comum até a AIDS.
7 Infecção: Doença produzida pela invasão de um germe (bactéria, vírus, fungo, etc.) em um organismo superior. Como conseqüência da mesma podem ser produzidas alterações na estrutura ou funcionamento dos tecidos comprometidos, ocasionando febre, queda do estado geral, e inúmeros sintomas que dependem do tipo de germe e da reação imunológica perante o mesmo.
8 Sinais: São alterações percebidas ou medidas por outra pessoa, geralmente um profissional de saúde, sem o relato ou comunicação do paciente. Por exemplo, uma ferida.
9 Sintomas: Alterações da percepção normal que uma pessoa tem de seu próprio corpo, do seu metabolismo, de suas sensações, podendo ou não ser um indício de doença. Os sintomas são as queixas relatadas pelo paciente mas que só ele consegue perceber. Sintomas são subjetivos, sujeitos à interpretação pessoal. A variabilidade descritiva dos sintomas varia em função da cultura do indivíduo, assim como da valorização que cada pessoa dá às suas próprias percepções.
10 Pulmões: Órgãos do sistema respiratório situados na cavidade torácica e responsáveis pelas trocas gasosas entre o ambiente e o sangue. São em número de dois, possuem forma piramidal, têm consistência esponjosa e medem cerca de 25 cm de comprimento. Os pulmões humanos são divididos em segmentos denominados lobos. O pulmão esquerdo possui dois lobos e o direito possui três. Os pulmões são compostos de brônquios que se dividem em bronquíolos e alvéolos pulmonares. Nos alvéolos se dão as trocas gasosas ou hematose pulmonar entre o meio ambiente e o corpo, com a entrada de oxigênio na hemoglobina do sangue (formando a oxiemoglobina) e saída do gás carbônico ou dióxido de carbono (que vem da célula como carboemoglobina) dos capilares para o alvéolo.
11 Garganta: Tubo fibromuscular em forma de funil, que leva os alimentos ao ESÔFAGO e o ar à LARINGE e PULMÕES. Situa-se posteriormente à CAVIDADE NASAL, à CAVIDADE ORAL e à LARINGE, extendendo-se da BASE DO CRÂNIO à borda inferior da CARTILAGEM CRICÓIDE (anteriormente) e à borda inferior da vértebra C6 (posteriormente). É dividida em NASOFARINGE, OROFARINGE e HIPOFARINGE (laringofaringe).
12 Linfonodos: Gânglios ou nodos linfáticos.
13 Pescoço:
14 Diagnóstico: Determinação de uma doença a partir dos seus sinais e sintomas.
15 Radioterapia: Método que utiliza diversos tipos de radiação ionizante para tratamento de doenças oncológicas.
16 Quimioterapia: Método que utiliza compostos químicos, chamados quimioterápicos, no tratamento de doenças causadas por agentes biológicos. Quando aplicada ao câncer, a quimioterapia é chamada de quimioterapia antineoplásica ou quimioterapia antiblástica.

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Luciano Moreira

Otorrinolaringologista

Rio de Janeiro/RJ

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Daniela Vinhas Bertolini

Pediatra

São Paulo/SP

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