Mastite - causas, fatores de risco, diagnóstico, tratamento e prevenção
O que é mastite1?
A mastite1 é uma inflamação2 do tecido3 mamário que às vezes envolve uma infecção4. A mastite1 causada pela amamentação5 é referida pelos médicos como mastite1 de lactação6 ou mastite1 puerperal. A mastite1 das mulheres que não estejam amamentado é chamada de mastite1 periductal.
Qual é a estrutura anatomofuncional das mamas7?
Cada mama8 tem várias seções (lóbulos) que se ramificam a partir do mamilo. Cada lóbulo contém pequenos sacos ocos (alvéolos9). Os lóbulos estão ligados por uma rede de tubos finos (dutos). Quando a mulher estiver amamentando, os dutos transportam o leite dos alvéolos9 para a área escura da pele10 no centro da mama8, a aréola. Da aréola, os ductos se juntam em dutos maiores, terminando no mamilo.
Saiba mais sobre "Aleitamento materno11" e "Alimentos que as mães devem evitar durante a amamentação5".
Quais são as causas da mastite1?
O leite que fica retido no peito12 é a principal causa de mastite1. Outras causas incluem um duto mamário bloqueado, fazendo o leite ficar retido, ou bactérias da superfície da pele10 e da boca13 do bebê que entram no peito12 através de uma rachadura no mamilo ou através de uma abertura de um ducto de leite.
Quais são os fatores de risco da mastite1?
Os fatores de risco para mastite1 incluem: episódio anterior de mastite1, mamilos14 doloridos ou rachados, uso de sutiã apertado ou colocar pressão no peito12 de qualquer forma, técnica de amamentação5 inadequada, estar excessivamente cansada ou estressada, estado de má nutrição15 da mãe e uso de cigarros.
Quais são as principais características clínicas da mastite1?
A mastite1 de lactação6 geralmente afeta apenas um dos seios16 e os sintomas17 podem se desenvolver rapidamente. A inflamação2 resulta em dor no peito12, inchaço18, calor e vermelhidão. Afeta mais comumente mulheres que estão amamentando, mas pode ocorrer também em mulheres que não estão amamentando e nos homens.
A mastite1 da lactação6 pode fazer com que a mulher se sinta esgotada, dificultando o cuidado com o bebê. Às vezes, a mastite1 leva a mãe a desmamar o bebê antes do que ela pretendia. Sinais19 e sintomas17 de mastite1 podem aparecer de repente e podem incluir: sensibilidade mamária, calor ao toque, inchaço18 mamário, espessamento do tecido3 mamário ou nódulo20 mamário, dor ou sensação de queimação contínua ou durante a amamentação5, vermelhidão da pele10, mal-estar, febre21 de 38,3° C ou maior. Algumas mulheres também podem apresentar sintomas17 semelhantes aos da gripe22, como dores, tremores e arrepios, sentir-se ansiosa ou estressada e fadigada.
Como o médico diagnostica a mastite1?
O diagnóstico23 de mastite1 ou de abscesso24 mamário pode ser feito com base apenas na história clínica e no exame físico. Se o médico não tiver certeza se a massa que ele detectou na mama8 é um abscesso24 ou um tumor25, uma ultrassonografia26 de mama8 pode ser realizada, porque ela fornecerá mais clareza sobre o caso.
Em casos de mastite1 infecciosa, podem ser necessárias culturas do leite materno ou do material aspirado do abscesso24, para determinar que tipo de organismo está causando a infecção4 e para decidir o tipo específico de antibiótico que será utilizado na cura da doença. Mamografias ou biópsias27 mamárias são normalmente realizadas em mulheres que não respondem ao tratamento ou em mulheres que não amamentam. Esse tipo de teste é solicitado para excluir a possibilidade de um câncer28 de mama8 que cause sintomas17 semelhantes aos da mastite1.
Leia sobre "Estresse", "Abscesso24" e "Mamografia29".
Como o médico trata a mastite1?
Na mastite1 de lactação6, o esvaziamento frequente de ambas as mamas7 pela amamentação5 é essencial. Para mulheres que amamentam com mastite1 leve, massagem e aplicação de calor antes da alimentação podem ajudar a desobstruir os dutos. No entanto, em casos mais severos o calor ou a massagem podem piorar os sintomas17 e as compressas frias são mais adequadas.
A mastite1 não puerperal é tratada com medicação e, possivelmente, com aspiração ou drenagem30. Os antibióticos, agentes antifúngicos ou corticosteroides podem ser usados, conforme o caso, nos episódios de mastite1 não puerperal. Na maioria dos casos de mastite1 durante a lactação6, os antibióticos não são necessários.
Os abscessos31 da mama8 podem ser tratados também por aspiração com agulha guiada por ultrassonografia26 ou por incisão32 cirúrgica e drenagem30, além de cobertura antibiótica.
É importante lembrar que uma boa orientação sobre técnicas corretas de amamentação5 ajuda a evitar complicações como a mastite1. Esta prevenção pode ser feita através de uma visita a um banco de leite ou de um agendamento de consulta com enfermeira capaz de orientar as técnicas adequadas para amamentar um recém-nascido. Isso tem uma importância fundamental para a mãe e para o bebê.
Como prevenir a mastite1?
Para minimizar as chances de contrair mastite1 a paciente deve procurar esvaziar totalmente o leite dos seios16 sempre que amamentar, deixando o bebê esvaziar completamente um seio33 antes de trocar para o outro. Deve também mudar a posição usada, de uma mamada para outra, para drenar bem o leite de todos os setores das mamas7. A mulher deve certificar-se de que o bebê encaixou corretamente o mamilo em sua boca13 durante as mamadas e, de preferência, não deve fumar.
Quais são as complicações possíveis da mastite1?
As mastites que não sejam tratadas adequadamente ou que sejam devidas a um ducto bloqueado podem causar um abscesso24 (coleção de pus34) mamário, o que geralmente requer drenagem30 cirúrgica. Durante a lactação6, no entanto, o abscesso24 é raro, afetando apenas 0,4 a 0,5% das mulheres que amamentam.
Veja também sobre "Aleitamento materno11: mitos, benefícios, dificuldades e soluções", "Cólicas35 do Recém-nascido" e "Mastalgia36".
As notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.