Indutores da ovulação
O que é ovulação1 normal?
Chama-se ovulação1 ao processo pelo qual os ovários2 liberam um óvulo3 a cada ciclo menstrual, o qual, ao encontrar-se com um espermatozoide4, produz um ovo5 e dá origem à fecundação6, que inicia a geração de um novo ser.
Os ovários2 de cada menina abrigam, nos seus folículos, já no momento do nascimento, o total de óvulos que liberarão durante a vida, desde a puberdade até a menopausa7. Nem sempre, contudo, esses óvulos são liberados espontânea e regularmente. Essa situação gera, entre outras consequências, dificuldades ou impossibilidades de engravidar ou, ao contrário, gravidez8 inesperada, nas mulheres que fazem controle de natalidade com base nos períodos férteis ou inférteis do ciclo menstrual ("Tabelinha"), porque estes são, habitualmente, muito irregulares.
Saiba mais sobre "Ovulação1", "Ciclo menstrual", "Gravidez8 precoce", e "Menstruação9 atrasada".
O que são indutores da ovulação1?
A indução da ovulação1 é a estimulação da ovulação1 por meio de medicações. Ela é usada como modo de estimular o desenvolvimento e maturação de folículos ovarianos que liberam óvulos para reverter a anovulação10 ou oligovulação que ocorre em algumas mulheres. A estimulação ovariana no sentido de estimular o desenvolvimento de oócitos (células11 precursoras dos óvulos) frequentemente é usada em conjunto com a indução da ovulação1. Medicamentos que visam estimular a função ovariana são também prescritos no sentido de desencadear a liberação de oócitos de folículos ovarianos relativamente maduros e de fazer uma hiperestimulação ovariana controlada, estimulando o desenvolvimento de múltiplos folículos dos ovários2 em um único ciclo.
Quando a anovulação10 ou a oligovulação é secundária, o tratamento para a doença subjacente pode ser considerado como uma forma indireta de indução da ovulação1 porque, se bem-sucedida, resulta na ovulação1. Normalmente, o indutor de ovulação1 mais usado em ginecologia são os orais, à base de clomifeno, mas há também indutores injetáveis. O clomifeno deve ser usado sob supervisão médica estrita porque ele pode tornar o endométrio12 menos apto a receber o óvulo fecundado13. Por isso, aconselha-se sempre usar juntamente com esse indutor um medicamento amenizador deste efeito.
A indução da ovulação1, no sentido de reversão de anovulação10 ou oligovulação, é indicada para aquelas mulheres que não ovulam regularmente por si mesmas, como as com síndrome14 dos ovários2 policísticos, por exemplo. A indução da ovulação1 é indicada para mulheres que estejam tendo dificuldades de engravidar em virtude de uma anovulação10 ou ovulação1 escassa e irregular.
Leia sobre "Quando usar indutores da ovulação1" e "Síndrome14 dos ovários2 policísticos".
Os problemas da superestimulação dos ovários2
Se o indutor da ovulação1 ultrapassar o nível desejável, ele pode causar uma hiperestimulação significativa dos ovários2, com um excesso de produção de óvulos. Esta síndrome14 ocorre apenas em 5-10% dos casos e os sintomas15 dela dependem de o caso ser leve, moderado ou grave, podendo variar de inchaço16 e náusea17, até falta de ar, derrame18 pleural e ganho excessivo de peso. Essa superestimulação pode trazer um grande sofrimento à mulher que usou o indutor, porque é uma situação muito dolorosa.
O uso normal de um indutor de ovulação1 também pode causar dores, geralmente cólicas19 dos lados, no baixo ventre, mas a hiperestimulação causa dores muito mais intensas e pode causar febre20, inchaço16 abdominal, irritabilidade e dores nas relações sexuais. Os problemas de uma super estimulação dos ovários2 podem ser superiores aos benefícios do indutor da ovulação1.
O tratamento para essa estimulação excessiva é apenas sintomático21 com analgésicos22 ou, às vezes, o médico pode indicar também um medicamento para ajudar a liberar os óvulos e aliviar a pressão nos ovários2. Num percentual mínimo de casos, pode ser necessário recorrer à cirurgia para drenagem23 de líquido ou mesmo para retirar o ovário24 afetado pelo problema.
Quais são as complicações possíveis da indução da ovulação1?
Os riscos durante o processo de indução da ovulação1 podem ser reduzidos pelo uso da ultrassonografia25 e de verificações hormonais regulares. No entanto, ainda existem alguns riscos com o procedimento. Medicamentos usados para induzir a ovulação1 podem, às vezes, danificar o revestimento interno do útero26. Há também o risco de, nos casos de tratamento da infertilidade27, os indutores da ovulação1 liberarem mais de um óvulo3, levando a gestações gemelares, trigemelares ou mesmo a um número maior de gêmeos.
Veja também sobre "Infertilidade27 feminina", "Cistos ovarianos", "Endometriose28", "Amenorreia29" e "Métodos anticoncepcionais".
As notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.