Cintilografia pulmonar
O que é cintilografia1 pulmonar?
A cintilografia1 pulmonar é um exame da medicina nuclear realizado para avaliar a ventilação2 e a circulação3 sanguínea nas áreas pulmonares. Ela é um método de diagnóstico4 por imagem muito usado para detectar e acompanhar algumas doenças pulmonares e a evolução delas.
Basicamente, há dois tipos de cintilografia1 pulmonar: (1) cintilografia1 pulmonar por inalação e (2) cintilografia1 pulmonar por perfusão.
Em que consiste o exame de cintilografia1 pulmonar?
Não há necessidade de preparação especial para a realização da cintilografia1 pulmonar, e as eventuais medicações em uso podem continuar sendo tomadas, inclusive os broncodilatadores5 para asma6. O paciente deve fazer antes uma radiografia simples de pulmão7 nas posições frontal e lateral para excluir outras possíveis patologias pulmonares.
Como dito, a varredura (scan) pulmonar consta atualmente de dois exames que podem ser feitos juntos ou separadamente. Ambos buscam localizar a condensação de partículas radioativas previamente introduzidas no organismo, seja por via respiratória ou por perfusão na corrente sanguínea.
Para a realização do exame de cintilografia1 por aspiração, o paciente deve inalar soro8 fisiológico9 associado a um medicamento levemente radioativo10. Em seguida, ele deve ser encaminhado para o equipamento de cintilografia1 que fará imagens do pulmão7, enquanto o medicamento ainda se espalha pelo órgão, procurando encontrar a localização das partículas.
Para a realização da cintilografia1 por perfusão, o paciente receberá uma injeção11 endovenosa de um medicamento (geralmente albumina12) levemente radioativo10. Em seguida, deve também ser encaminhado para o equipamento de cintilografia1, que fará imagens dos fluxos sanguíneos de seus pulmões13 e da circulação3 adjacente.
Veja sobre "Dor no peito14 ao respirar - pode ser pleurite", "Bronquiectasia15" e "Fisioterapia16 respiratória".
Por que fazer uma cintilografia1 pulmonar?
A cintilografia1 pulmonar permite avaliar a funcionalidade dos pulmões13. O exame também possibilita analisar as condições dos alvéolos17, além de realizar o diagnóstico4 e acompanhamento de casos de tromboembolismo18 pulmonar (TEP) agudo19 e casos de hipertensão20 pulmonar por TEP crônico21.
A indicação principal se verifica quando há suspeita de tromboembolismo18 pulmonar, caracterizado pela obstrução da artéria pulmonar22 ou de um de seus ramos. Por muitos anos, a cintilografia1 representou o principal método de imagem utilizado na avaliação de pacientes com essa suspeita clínica. Com o advento da tomografia computadorizada23, a cintilografia1 pulmonar deixou de ser o procedimento de escolha no diagnóstico4 de embolia24 pulmonar. Contudo, a cintilografia1 pulmonar por inalação ou por perfusão continua sendo frequentemente usada para detectar problemas de ventilação2 e/ou circulação3 anormal nos vasos sanguíneos25 dos pulmões13, sobretudo quando não se dispõe da tomografia computadorizada23.
Se bem utilizada, a cintilografia1 pulmonar é uma ferramenta muito útil na detecção de anormalidades pulmonares, permitindo um diagnóstico4 preciso da embolia24 pulmonar, com baixa exposição à radiação e baixos riscos de complicações. Os efeitos colaterais26 são extremamente raros, apesar de poder haver alguma reação alérgica27 à albumina12 humana. A capacidade de dirigir não é alterada pelo exame. A carga radioativa é muito baixa, não causando problemas.
Contudo, deve-se ter em mente que a substância radioativa pode passar através do leite materno e, por isso, a amamentação28 deve ser suspensa por doze horas após a realização do exame. É importante lembrar ainda que a gravidez29 e a amamentação28 constituem apenas uma contraindicação relativa. Caso o procedimento tenha que ser realizado, deve ser feito de tal forma que a exposição à radiação seja minimizada. Sempre que possível, deve ser realizada apenas a fase de perfusão.
Quais são as aplicações clínicas da cintilografia1 pulmonar?
A cintilografia1 pulmonar por inalação é usada para estudar a passagem de ar nos pulmões13. O papel dela é de auxiliar no diagnóstico4 de condições como embolias, pneumonias, abscessos30, etc. Além disso, a cintilografia1 por inalação pode identificar as áreas em que o ar não circula corretamente no pulmão7.
A cintilografia1 pulmonar por perfusão é responsável por possibilitar o estudo do sistema circulatório31 do pulmão7, avaliando diversas alterações de perfusão sanguínea, principalmente a embolia24 pulmonar. Na maior parte das vezes, a cintilografia1 pulmonar é utilizada para diagnosticar essa condição.
A precisão no diagnóstico4 de tromboembolismo18 pulmonar é essencial para reduzir a morbidade32 e mortalidade33 causadas por esta enfermidade. A apresentação clínica da embolia24 pulmonar é multiforme e por isso o diagnóstico4 baseado apenas na avaliação clínica não é confiável. O diagnóstico4 instrumental dessa enfermidade é, há anos, feito por meio da cintilografia1. Atualmente, essa metodologia da medicina nuclear ainda é empregada, embora menos do que no passado recente, em virtude do surgimento de outros recursos diagnósticos.
As alterações fisiopatológicas que ela acarreta afetam tanto a perfusão quanto a ventilação2 pulmonares e se manifestam clinicamente como dispneia34, ingurgitamento das veias35 cervicais, hipotensão arterial36 sistêmica, redução do volume pulmonar, hipocapnia e hipoxemia37.
A redução do volume pulmonar é devida principalmente à atelectasia38 e diminuição da distensão da caixa torácica provocada pela dor torácica. As alterações hemodinâmicas resultantes da obstrução arterial pulmonar produzem aumento das resistências vasculares39 pulmonares.
Leia também: "Diferenças entre trombose venosa profunda40 e tromboembolismo18 venoso" e "Bronquiolite obliterante".
Referências:
As informações veiculadas neste texto foram extraídas principalmente dos sites da Medical University of Vienna e do NIH - National Institutes of Health.
As notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.