Embolia pulmonar ou embolismo: o que saber sobre ela?
O que é a embolia1 pulmonar?
Embolia1 pulmonar (ou tromboembolismo2 pulmonar) é a obstrução repentina da artéria pulmonar3 ou de um de seus ramos por um êmbolo4, com prejuízos significativos para a circulação5 sanguínea e a respiração. Trata-se de uma condição grave que pode levar à morte. Cerca de 15% das mortes súbitas são devido à embolia1 pulmonar.
Quais são as causas da embolia1 pulmonar?
A embolia1 pulmonar é causada pela obstrução da artéria pulmonar3 ou algum de seus ramos por um êmbolo4. Na maioria das vezes, o êmbolo4 é constituído por um trombo6 originário de alguma parte do corpo (geralmente uma artéria7 profunda das pernas ou da pelve8).
A embolia1 pulmonar ocorre quando ele adquire um tamanho que não o permita passar por todos os segmentos da circulação5 pulmonar. Mais frequentemente ocorre quando o sangue9 coagulado de uma veia periférica se desloca, cai na circulação5 e passa pelo átrio direito10 e ventrículo direito, indo para os ramos da artéria pulmonar3 direita ou esquerda. Ao atingir um ramo mais estreito que seu tamanho, o coágulo11 interrompe a circulação5 local. Além dos êmbolos serem formados principalmente por coágulos sanguíneos, podem também dever-se a bolhas de gás (como nos mergulhos profundos, por exemplo), gordura12 (cirurgia, traumas, fraturas, etc.) ou outras possibilidades (líquido amniótico13, durante a gravidez14 ou o parto ou células15 cancerosas, por exemplo).
Quais são os fatores de risco para o embolismo16?
Os principais fatores de risco para a trombose17 pulmonar são:
- Imobilidade dos membros inferiores (no leito ou em prolongadas viagens em que se fica assentado por um longo tempo).
- Trombose17 venosa.
- Gravidez14.
- Politraumatismos.
- Cirurgias de grande porte.
- Queimaduras.
- Parto e puerpério18.
- Estados de hipercoagulabilidade19.
Quais são os sinais20 e sintomas21 da embolia1 pulmonar?
Os sinais20 e sintomas21 da embolia1 pulmonar variam em função do grau de prejuízo acarretado ao organismo. Os principais são:
- Dificuldades de respiração.
- Dor no tórax22.
- Chiado no peito23.
- Tosse.
- Taquicardia24.
- Palpitações25.
- Dilatação das veias26 do pescoço27.
- Tonturas28 ou desmaio.
- Convulsões.
- Enjoo.
- Sudorese29.
- Cianose30 (pele31 e unhas32 azuladas por falta de oxigenação do sangue9).
- Morte súbita.
Como o médico diagnostica a embolia1 pulmonar?
O diagnóstico33 da embolia1 pulmonar é baseado em achados clínicos, na análise dos fatores de risco, em exames laboratoriais e em estudos de imagem (radiografia de tórax22, cintilografia34 pulmonar, angiografia35 pulmonar, tomografia computadorizada36). O eletrocardiograma37, embora inespecífico, pode também ser de ajuda. Outros exames laboratoriais (como a gasometria arterial, por exemplo) podem completar o diagnóstico33.
Como o médico trata a embolia1 pulmonar?
O tratamento da embolia1 pulmonar busca diminuir as consequências da deficiência circulatória e melhorar as condições respiratórias. Quase sempre tem que ser administrado oxigênio por máscara. Também devem ser adotadas medidas que dificultem a formação de novos êmbolos por coagulação38 sanguínea, como o uso de anticoagulantes39 (heparina, warfarina) ou é preciso utilizar-se uma câmara de descompressão40, como acontece após embolia1 gasosa de mergulhadores.
Medicações sintomáticas para aliviar a dor podem ser empregadas. Em pacientes com grande tendência à formação de trombos41 e com contraindicações para o uso de anticoagulantes39 ou em casos de recidivas42, deve-se considerar a implantação de um filtro na veia cava a fim de evitar que novos coágulos cheguem aos pulmões43. Pode-se tentar a dissolução do trombo6 através de medicações trombolíticas. Casos graves podem necessitar de cirurgia para remoção do trombo6.
Como prevenir a embolia1 pulmonar?
Não há como evitar a embolia1 pulmonar, mas podem ser prevenidos alguns de seus fatores de risco.
- O uso de meias elásticas pode prevenir a estase44 sanguínea nas pernas e a formação de trombos41.
- A atividade física deve ser reiniciada rapidamente nos pós-operatórios.
- As pernas devem ser intermitentemente movimentadas durante os períodos de grande imobilidade. Principalmente contraindo os músculos45 da panturrilha46.
- Medicações anticoagulantes39 preventivas podem ser utilizadas naqueles pacientes que não apresentem contraindicações e que ficarão acamados por longo tempo.
Como evolui a embolia1 pulmonar?
A embolia1 pulmonar interrompe a circulação5 de sangue9 numa parte do pulmão47, o que faz aumentar a resistência à circulação5 do sangue9 e diminuir a área funcionante deste órgão. Se a embolia1 for pequena isto pode até não ser percebido; se for maior pode até provocar morte súbita.
As notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.