Mamotomia
O que é mamotomia?
A mamotomia, também chamada Biópsia1 Percutânea Assistida a Vácuo, é uma biópsia1 que pode ser feita ambulatorialmente e que tem como objetivo esclarecer alterações observadas em uma mamografia2. Ela é uma alternativa à biópsia1 tradicional, obtida por meio de cirurgia.
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Como se realiza a mamotomia?
Nenhum preparo prévio é necessário, mas para que a mamotomia possa ser realizada, o médico assistente precisa ordenar a suspensão de anticoagulantes5 que a paciente possa estar tomando sete dias antes e dois dias após o procedimento.
A biópsia1 pode ser guiada por ultrassonografia6 ou por mamografia2 estereotáxica, dependendo do tipo de lesão7 e de em qual método de imagem o achado será melhor identificado. No caso de mamotomia guiada por estereotaxia, a paciente é deitada em uma maca especial, a mama4 é comprimida de forma semelhante à mamografia2 tradicional e a lesão7 é localizada e biopsiada.
A mamotomia é uma técnica que obtém fragmentos8 de tecido9 por meio de um procedimento que utiliza um conjunto de agulhas de grosso calibre, uma dentro da outra e acopladas em um dispositivo que irá acionar a movimentação das agulhas, assim como o corte, produzindo a aspiração por vácuo. Ao acionar o mecanismo de corte, são obtidos os fragmentos8 de tecido9, e retirados por meio da agulha guia. A ultrassonografia6 ou a mamografia2 estereotáxica podem guiar o posicionamento da agulha durante a biópsia1.
O procedimento tem precisão máxima na retirada do material suspeito por utilizar o sistema de corte a vácuo e ser guiado por imagem.
É feita uma anestesia10 local e praticada uma pequena incisão11 na pele12, por onde deve-se entrar com a agulha que é guiada de forma exata até a lesão7 de interesse. O processo é relativamente simples e a grande maioria das pacientes o aceita de forma tranquila. Dura aproximadamente uma hora, mas a paciente deve permanecer na clínica por cerca de duas horas, tempo que inclui o período de repouso e a avaliação médica.
E depois da mamotomia?
O material recolhido na biópsia1 deve ser enviado a um laboratório de anatomopatologia13 para análise citológica. Grande parte das biópsias14 mamárias revelam material benigno, mas caso a alteração seja identificada como maligna, o fato de ter um diagnóstico15 precoce dará ao profissional a oportunidade de decidir a melhor abordagem de tratamento ou, caso ache necessária, uma cirurgia.
Como algumas alterações benignas podem ser precursoras de câncer3, a biópsia1 pode ser complementada com a retirada de uma maior quantidade de tecido9, por meio de cirurgia. Caso as lesões16 sejam pequenas e benignas, há possibilidade de retirada completa da lesão7 com esse procedimento. Nos casos em que a lesão7 é totalmente removida, é colocado um clipe marcador de Titânio no local da incisão11. Este clipe permite a identificação do local da lesão7, para o controle radiológico posterior ou para guiar o mastologista17, no caso de necessidade de uma eventual cirurgia.
Se, eventualmente, ocorrer sangramento após a mamotomia, alguns cuidados simples serão necessários: normalmente, gelo e compressão local são suficientes.
Após a mamotomia, a mama4 afetada pode ficar algo dolorida, mas um analgésico18 comum ajuda a aliviar a dor e o desconforto. Durante alguns dias pode haver aumento de sensibilidade da mama4 e inchaço19, resultados que são normais e que desaparecem espontaneamente.
Pode haver casos em que a quantidade de tecido9 retirada não seja suficiente e a paciente tenha de ser chamada para um novo procedimento.
Após o procedimento, a paciente deve evitar molhar o curativo por 24 horas e evitar esforço físico nos próximos dois dias.
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Referências:
As informações veiculadas neste texto foram extraídas dos sites do Hospital São José, do CEPEM – Centro de Estudos e Pesquisa da Mulher e da UNIFESP – Universidade Federal de São Paulo.
As notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.