Biópsia: o que é? Quando é indicada? Quais os tipos? Quais as possíveis complicações? Como ela é realizada?
O que é biópsia1?
Biópsia1 (ou biopsia1) é o procedimento cirúrgico no qual se colhe células2 ou um pequeno fragmento3 de tecido4 orgânico para serem posteriormente submetidos a estudo em laboratório, visando determinar a natureza e o grau da lesão5 estudada. Também podem ser examinados líquidos, secreções, esfregaços e outros materiais orgânicos. Praticamente todos os órgãos e componentes corporais podem ser biopsiados: músculos6, pele7, ossos, líquidos, secreções, etc. O termo biópsia1 vem do grego, bios = vida e opsis = aparência, visão8.
Quais são as indicações para se fazer uma biópsia1?
Os exames de imagem fornecem uma visão8 da morfologia ou funcionalidade dos órgãos ou de partes do corpo e os exames bioquímicos oferecem algumas comprovações indiretas do funcionamento intrínseco deles, no entanto, a morfologia das células2 e tecidos depende de uma análise microscópica de amostras retiradas das pessoas. Assim, o mais comum é proceder-se à biópsia1 naquelas pessoas com suspeitas diagnósticas de doenças que podem provocar alterações morfológicas nas células2 e tecidos, como os tumores, por exemplo, ou para estabelecer um diagnóstico9 diferencial entre enfermidades assemelhadas. Esse exame diagnóstico9 é indicado tanto em enfermidades simples, como as verrugas, como nas mais graves, como o câncer10. Embora o termo biópsia1 sempre desperte certa apreensão nas pessoas, a maioria delas revela situações simples e benignas. Em doenças infecciosas a biópsia1 pode ajudar a determinar o agente causal. Em doenças autoimunes11 uma biópsia1 ajuda a confirmar ou informar as alterações esperadas em órgãos ou tecidos. Uma biópsia1 também pode ajudar a avaliar a gravidade da lesão5 e a evolução do tratamento. Em lesões12 de malignidade suspeita ou confirmada, as biópsias13 ajudam a estabelecer o grau histológico14 de neoplasia15 e a determinar a natureza, taxa de crescimento e agressividade do tumor16, ajudando a elaborar o plano do tratamento e a prever o prognóstico17 da doença.
Quais são as complicações possíveis da biópsia1?
De uma maneira geral as biópsias13 são procedimentos simples, realizados em ambulatório, mas algumas podem demandar internações. As complicações dependem do tipo de intervenção, mas num sentido geral pode ocorrer agravamento de lesões12 por excesso de manipulação, hemorragias18, infecções19 e/ou formação de fístulas20.
Quais tipos de biópsia1 existem?
Existem vários tipos de biópsia1, dos quais aqui se descrevem os mais comuns. O tipo de biópsia1 a ser realizado depende do tipo de lesão5, do órgão a ser estudado, da hipótese diagnóstica e de condições pessoais do paciente:
- Biópsias13 externas: quando feitas em lesões12 superficiais, geralmente salientes na pele7 ou mucosas21.
- Biópsias13 internas: feitas por incisão22 ou punção às cegas ou ecoguiadas (guiadas por ultrassonografia23) ou por endoscopia24.
- Biópsias13 perioperatórias: feitas durante uma cirurgia.
- Biópsias13 incisionais: quando é retirada apenas uma parte da lesão5.
- Biópsias13 excisionais: quando é retirada a lesão5 inteira.
- Biópsias13 por aspiração: quando o material a ser examinado é aspirado por uma seringa25 ou instrumento semelhante.
Como se realiza uma biópsia1?
Em geral as biópsias13 são realizadas sem necessidade de internação. Apenas em poucos casos a hospitalização pode se impor. Uma biópsia1 bem feita começa com uma adequada coleta do material. O profissional deve escolher a melhor área da lesão5 a ser biopsiada, a extensão correta de coleta e o material a ser colhido. O material colhido deverá ser conservado em solução de formol e posteriormente enviado a um laboratório de patologia26, para avaliação e emissão de um laudo histopatológico. No caso de tecidos, o patologista27 fará fatias microscópicas deles, as tingirá com tinturas especiais e as fixará em uma placa28 de vidro a ser examinada ao microscópio. Os prazos necessários para que se possa produzir esses laudos variam de acordo com o tipo de lesão5, do material a ser analisado e o procedimento técnico adotado. O prazo médio oscila entre sete e quatorze dias, podendo chegar a um mês em casos de exames mais sofisticados. Nas biópsias13 feitas durante uma cirurgia, o cirurgião costuma ter um resultado provisório, durante o próprio ato cirúrgico, para orientar o prosseguimento da cirurgia, mas um resultado definitivo só é possível alguns dias depois. As biópsias13 podem ser orientadas por imagens de ultrassonografia23, radiografia, tomografia computadorizada29 ou ressonância magnética30, que ajudam a determinar o local exato em que o material deve ser colhido.
Para que serve uma biópsia1?
Uma biópsia1 serve para esclarecer um diagnóstico9 se ainda restarem dúvidas depois da história clínica, exame físico, dados bioquímicos e de imagens.
Em casos de tumores, além de definir o diagnóstico9, podem estabelecer a malignidade ou não deles e o grau histológico14 em que se encontram.
Avaliar os resultados do tratamento.
As notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.