Um novo método para medir a taxa de glicose no sangue
O que é a taxa de glicose1 no sangue2?
A taxa de glicose1 no sangue2 é chamada glicemia3. Ela varia muito rapidamente com a alimentação, por isso, as condições de medida devem ser padronizadas para que os resultados possam ser comparados com parâmetros tidos como normais. Convencionou-se tomar como padrão os valores da glicemia3 obtidos depois de um jejum de pelo menos 8 horas. Essa medida é chamada “glicemia de jejum4” e é mais fácil medi-la pela manhã, antes de ingerir qualquer alimento, porque a noite de jejum facilita atingir o tempo exigido.
Normalmente, as pessoas só precisam medir a glicemia3 por ocasião de exames de “check-up” ou na busca de diagnóstico5 para alguma doença. As pessoas do grupo de risco6 para diabetes7 devem medir a glicemia3 periodicamente, conforme orientação médica. Já as diabéticas precisam medir a glicemia3 com muito maior frequência (às vezes várias vezes por dia!) para controlar adequadamente sua enfermidade.
Quais são as maneiras existentes de medir a taxa de glicose1 no sangue2?
Tradicionalmente, a glicemia de jejum4 é medida em laboratório a partir de uma amostra de sangue2 colhida por punção venosa. Esse procedimento, simples para a maioria das pessoas, torna-se excessivamente incômodo para os pacientes diabéticos que precisam realizá-lo com muita frequência. Pensando neles e buscando maior precisão quanto à evolução da glicemia3, a moderna tecnologia médica desenvolveu outras maneiras de medir a glicemia3, algumas delas muito mais simples e ágeis.
Além do método tradicional, usa-se também a curva glicêmica8, a glicemia pós-prandial9, a hemoglobina glicosilada10 ou glicada e a glicemia3 capilar11, todos já descritos em outros textos desse site. Recentemente, surgiu uma nova metodologia de medir de modo caseiro e com precisão a glicemia3 em tempo real.
Leia sobre "Como medir os níveis de glicose1 no sangue2", "O que afeta o comportamento da sua glicemia3" e "Glicemia3 média estimada".
Nova tecnologia para medir a glicose1
A glicemia3 chamada capilar11 já havia libertado os diabéticos da dependência dos laboratórios. Ela pode ser consultada em casa, por meio de um aparelho chamado glicosímetro12, mediante uma picada na polpa do dedo com uma lanceta que faz parte do aparelho e que fornece uma gota13 de sangue2 para avaliação da glicose1 no sangue2 capilar11. Essa gota13, colocada sobre o local apropriado de uma pequena fita introduzida no local correto do aparelho, fornece a leitura do valor da glicemia3 em um visor.
A nova tecnologia para medir a taxa de glicose1 no sangue2, que pode ser usada por qualquer pessoa, mas é de interesse especial para os diabéticos (já que necessitam dessa medição diariamente ou até mesmo várias vezes por dia) consta de um sensor e um leitor e dispensa a obtenção de sangue2 externamente.
O sensor é redondo, tem o tamanho aproximado de uma moeda de um real e é aplicado de forma indolor na parte traseira superior do braço, onde fica fortemente aderido. Em um dos lados é ligado a uma finíssima agulha (de espessura menor que a de um fio de cabelo14) que deve ser inserida na parte posterior do braço, onde fica em contato com o líquido intersticial15, medindo de forma contínua a glicose1 presente na corrente sanguínea. Esse sensor fica aderido à pele16 e perdura por 14 dias, permitindo que o paciente tome banho e mesmo nade com ele.
Para fazer o monitoramento da glicose1, o paciente deve passar o leitor sobre o sensor. As taxas de glicose1 aparecerão no visor. Além de fornecer o valor da glicemia3 em tempo real, sem ter que picar a polpa do dedo, o aparelho pode oferecer uma maior quantidade de informações. Para se ter ideia, o aparelho é capaz de mostrar como andava o nível de glicose1, como está no momento e ainda apresentar uma estimativa de como se comportará proximamente.
O ato de medir com facilidade a glicemia3, a qualquer momento, permite um melhor controle do diabetes7, sem os incômodos de uma picada no dedo a cada vez. Isso permite uma maior aderência dos pacientes aos procedimentos de controle da doença.
Essa maior facilidade de medir a glicemia3, além de tornar mais simples a monitorização do controle e tratamento do diabetes7, permite identificar as tendências de oscilação da glicemia3, conhecer os fatores que podem causar hipoglicemia17 ou hiperglicemia18, avaliar o impacto da alimentação, das atividades físicas e dos medicamentos sobre o diabetes7, identificar necessidade de mudanças no tratamento, saber agir em caso da presença de outras doenças e confirmar se determinados sintomas19 estão relacionados com algum tipo de descontrole glicêmico. Isso porque a glicemia3 pode ser facilmente obtida a qualquer momento e quantas vezes a pessoa desejar.
Mas certamente essa não será a última inovação. Novas tecnologias, que dispensam qualquer forma de agulhas, mesmo ultrafinas, estão sendo desenvolvidas.
Hoje em dia, a velocidade com que se produz as inovações é muito grande. Antigamente, muitos anos se passavam para que uma nova tecnologia fosse anunciada para o tratamento do diabetes7, mas atualmente elas surgem em profusão. A título de exemplo, podemos citar:
(1) Protótipo desenvolvido pela Faculdade de Engenharia da Universidade de Leeds na Inglaterra utiliza um pequeno dispositivo com lasers que medem os níveis de glicose1 sem penetrar na pele16;
(2) O Massachusetts Institute of Technology (MIT) está criando uma forma absolutamente não invasiva de medir a glicemia3 através de raios infravermelhos, que penetrariam na pele16 detectando os níveis de glicose1 no sangue2;
(3) O Google está desenvolvendo um projeto que promete medir os níveis de glicose1 no sangue2 através das lágrimas usando lentes de contato especiais. Essa tecnologia hoje se encontra em fase de teste de protótipos.
Veja também sobre as complicações do diabetes20: "Retinopatia diabética21", "Cetoacidose diabética22", "Nefropatia23 diabética" e "Pé Diabético".
Referências:
As informações veiculadas neste texto foram extraídas principalmente dos sites da SBD – Sociedade Brasileira de Diabetes e do Laboratório Cortes Villela – Juiz de Fora.
As notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.