Glicemia de jejum
O que é a glicemia de jejum1?
O exame de glicose2 em jejum é um dos exames de sangue3 mais comumente usados e faz parte de muitos exames de rotina. Ele mede os níveis de glicose2 no sangue3 após um período de jejum de pelo menos oito horas sem alimento ou líquido (exceto água, em pequena quantidade).
Por que dosar a glicemia de jejum1?
A dosagem da glicose2 no sangue3 é feita principalmente para verificar se há diabetes tipo 14, diabetes tipo 25 e diabetes gestacional6, mas o exame também pode ser usado para testar a hipoglicemia7, uma condição que ocorre quando os níveis de glicose2 no sangue3 estão abaixo do normal.
O aumento da glicose2 no sangue3 pode ocorrer de maneira silenciosa e, apesar disso, ser indicativo do diabetes8, quando o corpo não produz insulina9 suficiente ou ela não funciona adequadamente.
Padronizaram-se valores normais para a glicose2, medida após jejum também padronizado. Valores superiores a 125 mg/dL10 (miligramas por decilitros) em dois testes separados, indicam fortemente o diagnóstico11 de diabetes8. Quando alguém já foi diagnosticado com diabetes8, o teste de glicose2 no sangue3 pode ajudar a determinar a eficácia ou a necessidade de ajuste do tratamento.
Veja mais sobre "Diabetes8", "Diabetes gestacional6" e "Hipoglicemia7".
Como é feito o exame da glicemia de jejum1?
Uma pequena quantidade de sangue3 é coletada a partir de uma pequena perfuração em um dedo ou pela punção de uma veia, para ser posteriormente analisado em laboratório.
Em casos de punção venosa, a área deverá ser limpa com um antisséptico12, geralmente álcool. Então, uma faixa elástica será amarrada em torno do braço, para reter a circulação13 e ressaltar as veias14 que, uma vez encontradas, devem ser puncionadas com uma agulha estéril. O sangue3 será então sugado a vácuo para dentro de um tubo apropriado ou puxado para o interior de uma seringa15. A pessoa pode sentir ligeira dor quando picada pela agulha. Após a coleta ter sido feita, a agulha será removida e um curativo será colocado sobre o local da punção.
O paciente deve estar em jejum há pelo menos oito horas, não devendo comer ou beber nada. Apenas pequenas quantidades de água podem ser permitidas, embora idealmente devam também ser evitadas. É aconselhável fazer o exame na parte da manhã, antes do café da manhã, cumprindo à noite o período de jejum exigido. Hoje existe a possibilidade de dosar em casa os níveis de glicose2, por meio de dispositivos especialmente construídos para este objetivo.
Qual o significado dos valores encontrados no exame de glicemia de jejum1?
Valores entre 70 e 100 mg/dL10 são considerados normais. Um valor entre 100 e 125 mg/dL10 indica uma situação pré-diabética, a caminho para o diabetes mellitus16. As pessoas com um resultado neste intervalo devem ser seguidas de perto, com testes de acompanhamento. Se o nível estiver acima de 125 mg/dL10 indica diabetes8. Nesses casos, o teste de glicemia17 em jejum deve ser feito novamente (por exemplo, no dia seguinte) para confirmar o diagnóstico11.
Outras causas de elevação da glicemia17 são hipertireoidismo18 ou outras doenças da tireoide19, problemas renais, pancreatite20 e câncer21 de pâncreas22. Em casos raros, os altos níveis de glicose2 no sangue3 podem ser um sinal23 de insuficiência renal24 ou de síndrome de Cushing25. Níveis baixos de glicose2 no sangue3 não são tão comuns e podem ser causados por uso excessivo de insulina9 em diabéticos, fome, hipopituitarismo, hipotireoidismo26, doença de Addison, abuso de álcool e doença hepática27.
Antes do exame, o paciente deve informar os medicamentos que esteja tomando, porque alguns medicamentos podem afetar os níveis de glicose2 no sangue3 como, por exemplo, os corticoides, diuréticos28, anticoncepcionais, etc. O estresse grave também pode causar um aumento temporário da glicose2 no sangue3.
Leia mais sobre "Hipertireoidismo18", "Pancreatite20", "Câncer21 de Pâncreas22", "Insuficiência renal24", "Hipopituitarismo", "Hipotireoidismo26" e "Corticoides".
Quais são as complicações possíveis do exame da glicemia de jejum1?
Normalmente, não existem riscos para a realização deste teste, mas pode ocorrer um pequeno extravasamento de sangue3 no local da punção venosa e um pequeno incômodo no local de lanceteamento da polpa digital. Pessoas muito obesas podem apresentar muita dificuldade para a punção venosa, o que pode exigir várias picadas e causar múltiplas feridas. Outros acidentes de pequena monta podem ser sangramento excessivo, tontura29 ou desmaio e hematomas30. O aumento dos níveis de açúcar31 no sangue3 é que podem levar a graves danos aos órgãos, se não tratado.
Saiba mais sobre "Obesidade32", "Comportamento da glicemia17", "Hemoglobina glicosilada33" e "Curva glicêmica34".
As notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.