Cetoacidose diabética: o que é isso?
O que é cetoacidose diabética1?
Cetoacidose é o acúmulo de corpos cetônicos (ácidos fracos) no sangue2, deixando-o com o pH mais baixo que o normal. Como quase todas as reações químicas que acontecem nas células3 dependem de um pH estável ou que só permita uma variação muito ligeira, essa acidez é muito desfavorável para o funcionamento celular.
Quais são as causas da cetoacidose diabética1?
A falta de insulina4 causada pelo diabetes5 faz com que o organismo não consiga usar a glicose6 como fonte de energia e as células3 então lançam mão7 da gordura8 em seu lugar. Os subprodutos da decomposição da gordura8, chamados cetonas, se acumulam no corpo, gerando a cetoacidose diabética1. Em quantidades altas, as cetonas prejudicam o organismo.
A cetoacidose diabética1 pode ocorrer em condições especiais em que a necessidade de insulina4 aumente (infecções9, traumas, acidentes vasculares10, uso de certos medicamentos, etc.), na falta de tratamento do diabetes mellitus11 ou se a dose de insulina4 for menor que a necessária para controlar a glicemia12 de maneira satisfatória. Esta condição ocorre especialmente no diabetes tipo 113, porém pode ocorrer também no diabetes tipo 214.
Quais são os principais sinais15 e sintomas16 da cetoacidose diabética1?
A cetoacidose diabética1 muitas vezes é o primeiro sinal17 de diabetes5 em pessoas que ainda não têm outros sintomas16, mas também pode ocorrer mais tardiamente em pessoas que já tenham sido diagnosticadas com diabetes5.
Os sinais15 e sintomas16 principais são:
- Sede intensa e boca18 seca.
- Maior frequência das micções19.
- Hiperglicemia20.
- Níveis altos de corpos cetônicos na urina21.
- Pele22 seca.
- Fadiga23 intensa.
- Respiração rápida.
- Náuseas24, vômitos25, dor abdominal.
- Hálito com odor de acetona. Este é bastante característico e também chamado de hálito cetônico.
- Confusão mental.
Como o médico diagnostica a cetoacidose diabética1?
O diagnóstico26 da cetoacidose diabética1 depende de uma avaliação clínica dos sinais15 e sintomas16 da doença e de exames laboratoriais de sangue2 e de urina21. A taxa de glicose6 sobe no sangue2 porque o fígado27 fabrica glicose6 para tentar combater a condição mórbida. Embora a cetona possa ser medida também no sangue2, a sua mensuração é feita na urina21, de uma forma mais fácil e mais barata. Outros exames mais podem incluir exame de sangue2 para amilase, gases no sangue2 arterial e dosagem do potássio sanguíneo. A cetoacidose pode afetar os níveis sanguíneos de magnésio, fósforo, sódio e o pH da urina21.
Como o médico trata a cetoacidose diabética1?
O tratamento da cetoacidose diabética1 deve ser realizado em hospital, com a administração de insulina4, hidratação venosa, correção dos eletrólitos28 no sangue2 (sódio, potássio e fosfato) e acompanhamento dos níveis de consciência.
Como prevenir a cetoacidose diabética1?
O diabético deve tomar corretamente as doses dos medicamentos prescritas e controlar os níveis de glicemia12 no sangue2 e a cetonúria29 na urina21. Por precaução, deve sempre ter à mão7 um frasco de insulina de ação rápida30 para aplicação emergencial, em caso de uma eventual descompensação do diabetes5.
Quais são as complicações possíveis da cetoacidose diabética1?
A cetoacidose diabética1 é uma complicação aguda grave do diabetes5, potencialmente mortal e deve ser vista como uma emergência31 médica.
As notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.