Gostou do artigo? Compartilhe!

Intoxicação por medicamentos do sistema nervoso central: da avaliação à recuperação

A+ A- Alterar tamanho da letra
Avalie este artigo

O que é intoxicação por medicamentos que agem no sistema nervoso central1 (SNC2)?

A intoxicação por fármacos que atuam no sistema nervoso central1 é uma condição potencialmente grave, caracterizada pela ingestão ou administração (acidental ou intencional) de doses excessivas de medicamentos capazes de alterar o funcionamento do cérebro3 e da medula espinhal4.

Esses fármacos incluem benzodiazepínicos, opioides, antidepressivos, antipsicóticos, anticonvulsivantes, barbitúricos e outros sedativos-hipnóticos. A intoxicação pode causar uma ampla gama de manifestações clínicas, dependendo da classe farmacológica, da dose, da via de administração e do estado clínico prévio do paciente.

Trata-se de uma emergência5 médica que requer diagnóstico6 rápido e intervenção adequada para prevenir complicações graves ou óbito7.

Quais são as causas da intoxicação por medicamentos que agem no SNC2?

As causas podem ser classificadas em:

  • Uso acidental – erros de dosagem, troca de medicamentos (especialmente em idosos ou crianças), prescrições inadequadas ou administração incorreta por cuidadores.
  • Uso intencional – tentativas de suicídio ou abuso recreativo, como o consumo de opioides ou benzodiazepínicos para induzir euforia.
  • Interações medicamentosas perigosas – combinação de fármacos que potencializam os efeitos depressores ou estimulantes do SNC2, como opioides, benzodiazepínicos e álcool.
  • Fatores iatrogênicos8 – prescrição de doses inadequadas ou ausência de monitoramento em pacientes com insuficiência hepática9 ou renal10, que alteram o metabolismo11 e a excreção dos fármacos.
  • Uso crônico12 inadequado – desenvolvimento de dependência de benzodiazepínicos ou opioides, levando à necessidade de doses progressivamente maiores.

Fatores de risco para a intoxicação por esse tipo de medicamento incluem histórico de transtornos psiquiátricos, dependência química, acesso facilitado a medicamentos controlados e polifarmácia.

Leia sobre "Usos e abusos dos tranquilizantes", "Síndrome13 neuroléptica maligna" e "Alterações da consciência".

Quais são as características clínicas e sintomas14?

A apresentação clínica varia conforme o tipo e a quantidade do fármaco15, podendo incluir:

  • Depressores do SNC2 (benzodiazepínicos, opioides, barbitúricos): sonolência, confusão mental, fala arrastada, ataxia16, depressão respiratória, hipotensão17, bradicardia18 e, em casos graves, coma19. Nos opioides, observa-se miose20 (pupilas puntiformes).
  • Estimulantes do SNC2 (antidepressivos tricíclicos, inibidores seletivos da recaptação de serotonina): agitação, tremores, hipertermia, taquicardia21, hipertensão22, alucinações23, convulsões e, na síndrome serotoninérgica24, rigidez muscular e hiperreflexia25.
  • Antipsicóticos: distonia26, rigidez, confusão, hipotensão17 ortostática e, em casos graves, síndrome13 neuroléptica maligna (hipertermia, rigidez muscular, alteração do estado mental).
  • Anticonvulsivantes: ataxia16, nistagmo27, confusão mental, letargia28 e, em doses elevadas, depressão respiratória ou arritmias29.

Importante notar que, em intoxicações mistas, os sintomas14 podem se sobrepor e evoluir rapidamente, exigindo avaliação médica imediata.

Como o médico trata a intoxicação por medicamentos que agem no SNC2?

O tratamento da intoxicação por medicamentos que agem no sistema nervoso central1 envolve suporte clínico, descontaminação, uso de antídotos específicos e monitoramento intensivo. Inicialmente, deve-se realizar uma avaliação rápida das condições vitais, estabilizando as vias aéreas, a respiração e a circulação30, com intubação endotraqueal quando houver risco de falência respiratória. É fundamental o monitoramento contínuo dos sinais vitais31, do traçado eletrocardiográfico e da oximetria de pulso.

A descontaminação pode ser indicada em situações específicas: a lavagem gástrica32 deve ser realizada apenas em ingestões muito recentes, geralmente nas primeiras 1 a 2 horas, e somente quando as vias aéreas estiverem protegidas; o carvão ativado, por via oral, pode ser administrado nesse mesmo intervalo, desde que o paciente esteja consciente e não haja risco de aspiração; e, nos casos de ingestão de medicamentos de liberação prolongada, pode-se recorrer à irrigação intestinal.

Quando disponíveis, os antídotos específicos devem ser administrados conforme a classe do fármaco15 envolvido. Na intoxicação por benzodiazepínicos, pode-se utilizar o flumazenil, com cautela devido ao risco de precipitar convulsões em pacientes dependentes. Na intoxicação por opioides, a naloxona é indicada para reverter rapidamente a depressão respiratória. Nos casos de intoxicação por antidepressivos tricíclicos, o bicarbonato de sódio é empregado para tratar arritmias29 e acidose33. Em situações de síndrome serotoninérgica24 grave, pode-se administrar ciproheptadina.

Além disso, medidas de suporte como hidratação intravenosa para manter a perfusão e favorecer a eliminação das toxinas34, controle de convulsões com benzodiazepínicos ou anticonvulsivantes, e internação em unidade de terapia intensiva35 para monitoramento de casos graves são recomendadas.

Em situações selecionadas, pode ser necessária a remoção acelerada do fármaco15 por diálise36 ou hemodiálise37, especialmente na intoxicação por medicamentos como carbamazepina ou barbitúricos, sobretudo em pacientes com insuficiência renal38.

Como evolui a intoxicação por medicamentos que agem no SNC2?

O prognóstico39 depende do fármaco15, da dose, do tempo até o início do tratamento e das condições clínicas do paciente. Casos leves (p. ex., intoxicação moderada por benzodiazepínicos) geralmente evoluem bem com suporte, resolvendo-se em 24–48h. Casos graves (opioides, antidepressivos tricíclicos) podem levar a complicações prolongadas ou morte se não tratados prontamente. Intoxicações mistas ou por fármacos de ação prolongada exigem monitoramento por vários dias e apresentam maior risco de complicações como lesão40 cerebral hipóxica.

Quais são as complicações possíveis?

As complicações decorrentes da intoxicação por medicamentos que agem no SNC2 podem ser agudas ou tardias, variando de acordo com a substância envolvida, a dose, o tempo de intervenção e as condições clínicas do paciente.

Entre as complicações respiratórias, destacam-se a depressão respiratória grave, a hipóxia41, o edema pulmonar42 e a pneumonia43 por aspiração. No sistema cardiovascular44, podem ocorrer arritmias29, hipotensão17 severa e choque45. As complicações neurológicas incluem convulsões, coma19 prolongado, lesão40 cerebral anóxica, síndrome13 neuroléptica maligna e síndrome serotoninérgica24. Em relação ao sistema renal10 e ao fígado46, pode haver insuficiência renal38 aguda e lesão40 hepática47. As complicações infecciosas, como pneumonia43, são comuns em pacientes que necessitam de ventilação48 mecânica prolongada.

Além disso, em casos de intoxicação intencional, existe o risco de recorrência49 de tentativas de suicídio ou agravamento de transtornos psiquiátricos preexistentes, o que exige abordagem multiprofissional e acompanhamento a longo prazo.

Veja também "Transtornos devidos ao abuso de drogas", "Ácido lisérgico e seus efeitos no organismo" e "Alucinógenos".

 

Referências:

As informações veiculadas neste texto foram extraídas principalmente dos sites da Secretaria de Saúde do estado do Paraná e do TOXCEN – Centro de Atendimento Toxicológico.

ABCMED, 2025. Intoxicação por medicamentos do sistema nervoso central: da avaliação à recuperação. Disponível em: <https://www.abc.med.br/p/vida-saudavel/1493980/intoxicacao-por-medicamentos-do-sistema-nervoso-central-da-avaliacao-a-recuperacao.htm>. Acesso em: 9 set. 2025.
Nota ao leitor:
As notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.

Complementos

1 Sistema Nervoso Central: Principais órgãos processadores de informação do sistema nervoso, compreendendo cérebro, medula espinhal e meninges.
2 SNC: Principais órgãos processadores de informação do sistema nervoso, compreendendo cérebro, medula espinhal e meninges.
3 Cérebro: Derivado do TELENCÉFALO, o cérebro é composto dos hemisférios direito e esquerdo. Cada hemisfério contém um córtex cerebral exterior e gânglios basais subcorticais. O cérebro inclui todas as partes dentro do crânio exceto MEDULA OBLONGA, PONTE e CEREBELO. As funções cerebrais incluem as atividades sensório-motora, emocional e intelectual.
4 Medula Espinhal:
5 Emergência: 1. Ato ou efeito de emergir. 2. Situação grave, perigosa, momento crítico ou fortuito. 3. Setor de uma instituição hospitalar onde são atendidos pacientes que requerem tratamento imediato; pronto-socorro. 4. Eclosão. 5. Qualquer excrescência especializada ou parcial em um ramo ou outro órgão, formada por tecido epidérmico (ou da camada cortical) e um ou mais estratos de tecido subepidérmico, e que pode originar nectários, acúleos, etc. ou não se desenvolver em um órgão definido.
6 Diagnóstico: Determinação de uma doença a partir dos seus sinais e sintomas.
7 Óbito: Morte de pessoa; passamento, falecimento.
8 Iatrogênicos: Relativo à ou próprio da iatrogenia, que significa geração de atos ou pensamentos a partir da prática médica.
9 Insuficiência hepática: Deterioração grave da função hepática. Pode ser decorrente de hepatite viral, cirrose e hepatopatia alcoólica (lesão hepática devido ao consumo de álcool) ou medicamentosa (causada por medicamentos como, por exemplo, o acetaminofeno). Para que uma insuficiência hepática ocorra, deve haver uma lesão de grande porção do fígado.
10 Renal: Relacionado aos rins. Uma doença renal é uma doença dos rins. Insuficiência renal significa que os rins pararam de funcionar.
11 Metabolismo: É o conjunto de transformações que as substâncias químicas sofrem no interior dos organismos vivos. São essas reações que permitem a uma célula ou um sistema transformar os alimentos em energia, que será ultilizada pelas células para que as mesmas se multipliquem, cresçam e movimentem-se. O metabolismo divide-se em duas etapas: catabolismo e anabolismo.
12 Crônico: Descreve algo que existe por longo período de tempo. O oposto de agudo.
13 Síndrome: Conjunto de sinais e sintomas que se encontram associados a uma entidade conhecida ou não.
14 Sintomas: Alterações da percepção normal que uma pessoa tem de seu próprio corpo, do seu metabolismo, de suas sensações, podendo ou não ser um indício de doença. Os sintomas são as queixas relatadas pelo paciente mas que só ele consegue perceber. Sintomas são subjetivos, sujeitos à interpretação pessoal. A variabilidade descritiva dos sintomas varia em função da cultura do indivíduo, assim como da valorização que cada pessoa dá às suas próprias percepções.
15 Fármaco: Qualquer produto ou preparado farmacêutico; medicamento.
16 Ataxia: Reflete uma condição de falta de coordenação dos movimentos musculares voluntários podendo afetar a força muscular e o equilíbrio de uma pessoa. É normalmente associada a uma degeneração ou bloqueio de áreas específicas do cérebro e cerebelo. É um sintoma, não uma doença específica ou um diagnóstico.
17 Hipotensão: Pressão sanguínea baixa ou queda repentina na pressão sanguínea. A hipotensão pode ocorrer quando uma pessoa muda rapidamente de uma posição sentada ou deitada para a posição de pé, causando vertigem ou desmaio.
18 Bradicardia: Diminuição da freqüência cardíaca a menos de 60 batimentos por minuto. Pode estar associada a distúrbios da condução cardíaca, ao efeito de alguns medicamentos ou a causas fisiológicas (bradicardia do desportista).
19 Coma: 1. Alteração do estado normal de consciência caracterizado pela falta de abertura ocular e diminuição ou ausência de resposta a estímulos externos. Pode ser reversível ou evoluir para a morte. 2. Presente do subjuntivo ou imperativo do verbo “comer.“
20 Miose: Contração da pupila, que pode ser fisiológica, patológica ou terapêutica.
21 Taquicardia: Aumento da frequência cardíaca. Pode ser devido a causas fisiológicas (durante o exercício físico ou gravidez) ou por diversas doenças como sepse, hipertireoidismo e anemia. Pode ser assintomática ou provocar palpitações.
22 Hipertensão: Condição presente quando o sangue flui através dos vasos com força maior que a normal. Também chamada de pressão alta. Hipertensão pode causar esforço cardíaco, dano aos vasos sangüíneos e aumento do risco de um ataque cardíaco, derrame ou acidente vascular cerebral, além de problemas renais e morte.
23 Alucinações: Perturbações mentais que se caracterizam pelo aparecimento de sensações (visuais, auditivas, etc.) atribuídas a causas objetivas que, na realidade, inexistem; sensações sem objeto. Impressões ou noções falsas, sem fundamento na realidade; devaneios, delírios, enganos, ilusões.
24 Síndrome serotoninérgica: Síndrome serotoninérgica ou síndrome da serotonina é caracterizada por uma tríade de alterações do estado mental (ansiedade, agitação, confusão mental, hipomania, alucinações e coma), das funções motoras (englobando tremores, mioclonias, hipertonia, hiperreflexia e incoordenação) e do sistema nervoso autônomo (febre, sudorese, náuseas, vômitos, diarreia e hipertensão). Ela pode ter causas diversas, mas na maioria das vezes ocorre por uma má interação medicamentosa, quando dois ou mais medicamentos que elevam a neurotransmissão serotoninérgica por meio de distintos mecanismos são utilizados concomitantemente ou em overdose.
25 Hiperreflexia: Definida como reflexos muito ativos ou responsivos em excesso. Suas causas mais comuns são lesão na medula espinal e casos de hipocalcemia.
26 Distonia: Contração muscular involuntária causando distúrbios funcionais, dolorosos e estéticos.
27 Nistagmo: Movimento involuntário, rápido e repetitivo do globo ocular. É normal dentro de certos limites diante da mudança de direção do olhar horizontal. Porém, pode expressar doenças neurológicas ou do sistema de equilíbrio.
28 Letargia: Em psicopatologia, é o estado de profunda e prolongada inconsciência, semelhante ao sono profundo, do qual a pessoa pode ser despertada, mas ao qual retorna logo a seguir. Por extensão de sentido, é a incapacidade de reagir e de expressar emoções; apatia, inércia e/ou desinteresse.
29 Arritmias: Arritmia cardíaca é o nome dado a diversas perturbações que alteram a frequência ou o ritmo dos batimentos cardíacos.
30 Circulação: 1. Ato ou efeito de circular. 2. Facilidade de se mover usando as vias de comunicação; giro, curso, trânsito. 3. Movimento do sangue, fluxo de sangue através dos vasos sanguíneos do corpo e do coração.
31 Sinais vitais: Conjunto de variáveis fisiológicas que são pressão arterial, freqüência cardíaca, freqüência respiratória e temperatura corporal.
32 Lavagem gástrica: É a introdução, através de sonda nasogástrica, de líquido na cavidade gástrica, seguida de sua remoção.
33 Acidose: Desequilíbrio do meio interno caracterizado por uma maior concentração de íons hidrogênio no organismo. Pode ser produzida pelo ganho de substâncias ácidas ou perda de substâncias alcalinas (básicas).
34 Toxinas: Substâncias tóxicas, especialmente uma proteína, produzidas durante o metabolismo e o crescimento de certos microrganismos, animais e plantas, capazes de provocar a formação de anticorpos ou antitoxinas.
35 Terapia intensiva: Tratamento para diabetes no qual os níveis de glicose são mantidos o mais próximo do normal possível através de injeções freqüentes ou uso de bomba de insulina, planejamento das refeições, ajuste em medicamentos hipoglicemiantes e exercícios baseados nos resultados de testes de glicose além de contatos freqüentes entre o diabético e o profissional de saúde.
36 Diálise: Quando os rins estão muito doentes, eles deixam de realizar suas funções, o que pode levar a risco de vida. Nesta situação, é preciso substituir as funções dos rins de alguma maneira, o que pode ser feito realizando-se um transplante renal, ou através da diálise. A diálise é um tipo de tratamento que visa repor as funções dos rins, retirando as substâncias tóxicas e o excesso de água e sais minerais do organismo, estabelecendo assim uma nova situação de equilíbrio. Existem dois tipos de diálise: a hemodiálise e a diálise peritoneal.
37 Hemodiálise: Tipo de diálise que vai promover a retirada das substâncias tóxicas, água e sais minerais do organismo através da passagem do sangue por um filtro. A hemodiálise, em geral, é realizada 3 vezes por semana, em sessões com duração média de 3 a 4 horas, com o auxílio de uma máquina, dentro de clínicas especializadas neste tratamento. Para que o sangue passe pela máquina, é necessária a colocação de um catéter ou a confecção de uma fístula, que é um procedimento realizado mais comumente nas veias do braço, para permitir que estas fiquem mais calibrosas e, desta forma, forneçam o fluxo de sangue adequado para ser filtrado.
38 Insuficiência renal: Condição crônica na qual o corpo retém líquido e excretas pois os rins não são mais capazes de trabalhar apropriadamente. Uma pessoa com insuficiência renal necessita de diálise ou transplante renal.
39 Prognóstico: 1. Juízo médico, baseado no diagnóstico e nas possibilidades terapêuticas, em relação à duração, à evolução e ao termo de uma doença. Em medicina, predição do curso ou do resultado provável de uma doença; prognose. 2. Predição, presságio, profecia relativos a qualquer assunto. 3. Relativo a prognose. 4. Que traça o provável desenvolvimento futuro ou o resultado de um processo. 5. Que pode indicar acontecimentos futuros (diz-se de sinal, sintoma, indício, etc.). 6. No uso pejorativo, pernóstico, doutoral, professoral; prognóstico.
40 Lesão: 1. Ato ou efeito de lesar (-se). 2. Em medicina, ferimento ou traumatismo. 3. Em patologia, qualquer alteração patológica ou traumática de um tecido, especialmente quando acarreta perda de função de uma parte do corpo. Ou também, um dos pontos de manifestação de uma doença sistêmica. 4. Em termos jurídicos, prejuízo sofrido por uma das partes contratantes que dá mais do que recebe, em virtude de erros de apreciação ou devido a elementos circunstanciais. Ou também, em direito penal, ofensa, dano à integridade física de alguém.
41 Hipóxia: Estado de baixo teor de oxigênio nos tecidos orgânicos que pode ocorrer por diversos fatores, tais como mudança repentina para um ambiente com ar rarefeito (locais de grande altitude) ou por uma alteração em qualquer mecanismo de transporte de oxigênio, desde as vias respiratórias superiores até os tecidos orgânicos.
42 Edema pulmonar: Acúmulo anormal de líquidos nos pulmões. Pode levar a dificuldades nas trocas gasosas e dificuldade respiratória.
43 Pneumonia: Inflamação do parênquima pulmonar. Sua causa mais freqüente é a infecção bacteriana, apesar de que pode ser produzida por outros microorganismos. Manifesta-se por febre, tosse, expectoração e dor torácica. Em pacientes idosos ou imunodeprimidos pode ser uma doença fatal.
44 Sistema cardiovascular: O sistema cardiovascular ou sistema circulatório sanguíneo é formado por um circuito fechado de tubos (artérias, veias e capilares) dentro dos quais circula o sangue e por um órgão central, o coração, que atua como bomba. Ele move o sangue através dos vasos sanguíneos e distribui substâncias por todo o organismo.
45 Choque: 1. Estado de insuficiência circulatória a nível celular, produzido por hemorragias graves, sepse, reações alérgicas graves, etc. Pode ocasionar lesão celular irreversível se a hipóxia persistir por tempo suficiente. 2. Encontro violento, com impacto ou abalo brusco, entre dois corpos. Colisão ou concussão. 3. Perturbação brusca no equilíbrio mental ou emocional. Abalo psíquico devido a uma causa externa.
46 Fígado: Órgão que transforma alimento em energia, remove álcool e toxinas do sangue e fabrica bile. A bile, produzida pelo fígado, é importante na digestão, especialmente das gorduras. Após secretada pelas células hepáticas ela é recolhida por canalículos progressivamente maiores que a levam para dois canais que se juntam na saída do fígado e a conduzem intermitentemente até o duodeno, que é a primeira porção do intestino delgado. Com esse canal biliar comum, chamado ducto hepático, comunica-se a vesícula biliar através de um canal sinuoso, chamado ducto cístico. Quando recebe esse canal de drenagem da vesícula biliar, o canal hepático comum muda de nome para colédoco. Este, ao entrar na parede do duodeno, tem um músculo circular, designado esfíncter de Oddi, que controla o seu esvaziamento para o intestino.
47 Hepática: Relativa a ou que forma, constitui ou faz parte do fígado.
48 Ventilação: 1. Ação ou efeito de ventilar, passagem contínua de ar fresco e renovado, num espaço ou recinto. 2. Agitação ou movimentação do ar, natural ou provocada para estabelecer sua circulação dentro de um ambiente. 3. Em fisiologia, é o movimento de ar nos pulmões. Perfusão Em medicina, é a introdução de substância líquida nos tecidos por meio de injeção em vasos sanguíneos.
49 Recorrência: 1. Retorno, repetição. 2. Em medicina, é o reaparecimento dos sintomas característicos de uma doença, após a sua completa remissão. 3. Em informática, é a repetição continuada da mesma operação ou grupo de operações. 4. Em psicologia, é a volta à memória.

Resultados de busca relacionada no catalogo.med.br:

José Roberto Pereira Mendonça

Psiquiatra

Petrópolis/RJ

Você pode marcar online Ver horários disponíveis

Yumara Siqueira de Castro

Psiquiatra

Belo Horizonte/MG

Ricardo Valentim Cascão Araujo

Psiquiatra

Uberlândia/MG

Você pode marcar online Ver horários disponíveis
Gostou do artigo? Compartilhe!

Pergunte diretamente a um especialista

Sua pergunta será enviada aos especialistas do CatalogoMed, veja as dúvidas já respondidas.