A glândula da felicidade ou Timo
O que é timo1?
O timo1 (do grego: thýmos = energia vital) é um órgão piramidal2 formado por dois lóbulos, localizado no interior da cavidade torácica e do pescoço3. Numa outra versão, a palavra timo1 tem origem do grego thúmon, que significa alma, espírito, coração4, emoção, afetividade. Sua cor é variável: vermelha no feto5, branco-acinzentado nos primeiros anos de vida e amarelada depois.
Juntamente com as tonsilas e o baço6, o timo1 é considerado um órgão linfoide7. Apesar de não possuírem associação direta com a circulação linfática8, estas estruturas fazem parte do sistema imune9 do organismo. Embriologicamente, o timo1 deriva da terceira bolsa faríngea, juntamente com as glândulas10 paratireoides.
Leia sobre "Timoma", "Hemograma" e "Composição do sangue11".
Quais são as funções do timo1?
Apesar de conter tecido12 glandular e produzir vários hormônios, o timo1 está muito mais intimamente associado ao sistema imunológico13 do que ao sistema endócrino14. Ora é chamado de glândula15, ora de órgão linfático16, embora predomine nele essa última função.
O principal trabalho do timo1 é realizar a maturação dos linfócitos jovens, transformando-os em linfócitos T (de Timo1). Os linfócitos imaturos são produzidos na medula óssea17 e transportados por intermédio da corrente sanguínea até o timo1, onde amadurecem e acabam de cumprir suas metas. Do timo1, eles entram novamente na corrente sanguínea e chegam aos tecidos linfoides18. O timo1 só libera os linfócitos T após reconhecer que estes não irão reagir contra proteínas19 ou antígenos20 naturais do organismo e, portanto, não irão atacar o próprio corpo. Essa função do timo1 garante o funcionamento correto do sistema imunológico13.
Quando existem poucos linfócitos T no organismo, aumentam as chances de a pessoa adquirir doenças. No entanto, de todos os linfócitos que chegam ao Timo1, somente cerca de 3-5% saem de volta para a circulação21 para combater agentes infecciosos estranhos ao organismo, enquanto 95-97% têm morte no interior do próprio órgão. Quaisquer alterações na função do timo1 fazem os linfócitos passarem a atacar células22 do próprio organismo, gerando as chamadas enfermidades autoimunes23.
A função do Timo1 começa ainda no oitavo mês de gestação do feto5 e continua tendo papel importante durante a infância. Por ocasião do nascimento do bebê, o Timo1 pesa entre 10 e 35g e continua crescendo até a puberdade, quando alcança 20 a 50g. Daí para frente, o Timo1 sofre atrofia24 progressiva, chegando a pesar apenas pouco mais de 5 a 15g no idoso.
Na infância e adolescência, o timo1 está ativamente envolvido no desenvolvimento do sistema imunológico13, produzindo células22 de memória imunológica que vão defender o organismo para o resto da vida. Após a puberdade, diminui progressivamente de tamanho, mas não chega a desaparecer completamente, embora a partir dos 65 anos a pessoa se torne basicamente incapaz de produzir novas células22 T. Nos adultos e idosos, o timo1 continua a exercer sua função protetora de produção de anticorpos25, embora nesse período seu desempenho já não seja tão vital quanto antes, pois há uma proteção imunológica também conferida pelo baço6 e gânglios linfáticos26, que ainda estavam imaturos nos recém-nascidos.
O timo1 e suas emoções
A sensação de bem-estar sempre foi atribuída ao equilíbrio da cabeça27 e do coração4. Quando alguém está triste ou com medo, tende a sentir o coração4 apertado; na alegria ele se acelera e bate mais forte. Em momentos como euforia ou paixão, ele dispara. O que poucos sabem é que o corpo humano28 possui uma glândula15 (?) localizada dentro do peito29, bem na projeção daquele lugar mostrado quando dizemos “eu”, apontada como a responsável por esses sentimentos. Essa glândula15 é o Timo1, chamada às vezes de “glândula da felicidade”.
Embora continue sendo um tanto desconhecida, estudos apontam essa glândula15 como a verdadeira responsável pelos nossos sentimentos. De acordo com pesquisas, ela cresce quando estamos contentes e encolhe pela metade quando nos estressamos ou adoecemos. Além de produzir células22 de defesa, o timo1 é muito sensível a imagens, cores, cheiros, sons, palavras ou sentimentos. Pensamentos positivos agem profundamente sobre ele, então, quando estamos felizes somos menos suscetíveis a ficar doentes e, ao contrário, quando estamos tristes ficamos mais suscetíveis a ficar doente. Pensamentos negativos são tão deletérios sobre o timo1 quanto os vírus30.
O detalhe curioso é que o timo1 fica encostado no coração4, que acaba ganhando todos os créditos em relação a sentimentos, emoções, decisões, jeito de falar, jeito de escutar, estado de espírito, etc. “Fiquei de coração4 apertadinho", por exemplo, revela uma situação real do timo1, que só por reflexo envolve o coração4.
Mas provavelmente sempre houve um reconhecimento intuitivo das relações entre o Timo1 e as emoções. Sempre se pensou que as emoções estavam localizadas no peito29. Palavras como tímido, timidez, temor parecem ter algo a ver com o Timo1.
Veja também sobre "Esplenectomia", "Amígdalas31 hipertrofiadas", "Amigdalectomia" e "Leucopenia32".
Referências:
As informações veiculadas neste texto foram em parte extraídas dos sites da Mayo Clinic e do Instituto Oncoguia.
As notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.