Amígdalas grandes e vermelhas? Elas podem estar hipertrofiadas!
O que é hipertrofia1 das amígdalas2?
Hipertrofia1 das amígdalas2 é um tamanho exagerado delas o que, em geral, ocorre em conjunto com um excessivo crescimento das adenoides. As amígdalas2 e as adenoides normalmente crescem até os 5-6 anos de idade e a partir daí ocorre uma diminuição natural do tecido linfoide3 que as forma, até que, próximo à adolescência, há apenas uma quantidade residual delas na maioria das pessoas.
Em algumas crianças, o tamanho exagerado das amígdalas2 e sua infecção4 frequente torna aconselhável retirá-las por cirurgia, em virtude dos problemas que ocasionam e das complicações que podem gerar.
Veja mais sobre "Hipertrofia1 de adenoides".
Quais são as causas da hipertrofia1 das amígdalas2?
As amígdalas2 se hipertrofiam em razão de infecções5 bacterianas, virais ou fúngicas6. Uma causa comum de amigdalites é a amigdalite estreptocócica. Entre os vírus7, se incluem o adenovírus, os vírus7 da gripe8, os enterovírus9, os vírus7 do herpes simples e outros. Entre os fungos, destaca-se a candidíase10 oral. Também a faringite11 afeta as amígdalas2 e pode provocar o seu crescimento.
Qual é o mecanismo fisiológico12 da hipertrofia1 das amígdalas2?
As amígdalas2 são constituídas de tecido linfoide3, responsável por ajudar o organismo a produzir anticorpos13 e células14 de defesa. Quando infectadas, elas crescem exageradamente e podem causar dores e dificuldades respiratórias. Note-se que tanto as amígdalas2 quanto as adenoides se situam nas principais portas de entrada do organismo, a boca15 e o nariz16.
Quais são as principais características clínicas da hipertrofia1 das amígdalas2?
As amígdalas2 (e adenoides) crescidas e obstrutivas são mais frequentes entre os 3 e 11 anos de idade. Os principais sintomas17 dessas hipertrofias são o ronco noturno e a respiração pela boca15.
A respiração crônica pela boca15 pode causar alterações no crescimento da face18 e predispor a inflamações19 frequentes da garganta20. Além disso, a hipertrofia1 das amígdalas2 (e adenoides) pode causar a síndrome21 da apneia obstrutiva do sono22, trazendo prejuízos para a criança, como: qualidade ruim do sono, déficit de atenção, hiperatividade e risco aumentado de doenças cardiovasculares23, entre outros. Quando hipertrofiadas, as amígdalas2 podem também:
- Causar obstrução da respiração nasal, levando o indivíduo a respirar pela boca15, trazendo vários prejuízos para a pessoa.
- Causar vermelhidão e dor.
- Muitas vezes pode haver pus24, o que é um sinal25 de emergência26 da amigdalite.
- A hipertrofia1 pode ocorrer também como resultado de um abscesso27. Às vezes, a hipertrofia1 das amígdalas2 leva a uma alteração na voz do paciente, sem que haja o mau hálito que ocorre quando há danos ao tecido28.
- Os pacientes também podem ter o apetite reduzido e uma fadiga29 excessiva.
Saiba mais sobre "Apneia30 do sono", "Amigdalite", "Abscesso27" e "Mau hálito".
Como o médico diagnostica a hipertrofia1 das amígdalas2?
A hipertrofia1 das amígdalas2 é tão ostensiva que pode ser diagnosticada por sua visão31 direta. Quando for necessário determinar o fator etiológico32 que causa uma infecção4 nas amígdalas2, pode-se fazer cultura do material colhido nelas.
Como o médico trata a hipertrofia1 das amígdalas2?
O tratamento depende do tamanho que tenham adquirido e da intensidade dos sintomas17 que causem. Em alguns casos, a inflamação33 das amígdalas2 pode ser tratada com medicamentos anti-inflamatórios e nos casos de infecções5 bacterianas, com antibióticos. A terapia medicamentosa costuma ser suficiente para o alívio dos sintomas17 e da hipertrofia1.
Quando o tratamento falha, pode ser aplicada a amigdalectomia (retirada cirúrgica das amígdalas2) às vezes conjuntamente com as adenoides.
Quais são as complicações possíveis da hipertrofia1 das amígdalas2?
Na ausência de tratamento da hipertrofia1 das amígdalas2, pode haver frequentes infecções5 do ouvido e sinusite34, devido ao fato de que a hipertrofia1 pode interferir com a expectoração35 de seios nasais36 e das tubas de Eustáquio.
A infecção4 das amígdalas2 pode espalhar para outras partes do pescoço37 e da garganta20 e, à distância, causar danos aos rins38, válvulas cardíacas e pneumonia39.
Leia também sobre "Dor de garganta20" e "Amigdalectomia".
Referências:
As informações veiculadas neste texto foram extraídas em parte dos sites da Disciplina de Otorrinolaringologia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, da Fundação Otorrinolaringologia, do International Archives of Otorhinolaryngology e do Brazilian Journal of Otorhinolaryngology.
As notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.