Graus de consciência: quais são e como são classificados
O que são os graus de consciência?
Os graus de consciência indicam diferentes níveis de alerta e percepção de uma pessoa em relação ao ambiente. Eles variam desde o estado máximo de alerta e responsividade até a completa inconsciência1, como no coma2. Quando alguém está completamente alerta, dizemos que está em plena consciência ou consciência vígil. Por outro lado, o grau mais profundo de inconsciência1 é chamado de coma2 profundo.
Como os graus de consciência são classificados?
Os graus de consciência descrevem diferentes níveis de redução da consciência, que podem ser classificados da seguinte forma:
- Consciência plena: a pessoa está completamente alerta, acordada e capaz de perceber e responder a estímulos ao seu redor. Ela tem plena consciência de si mesma e do ambiente.
- Sonolência: a pessoa ainda está consciente, mas tende a adormecer se não for estimulada. É facilmente despertada por estímulos leves, como um toque ou um som baixo.
- Letargia3: a pessoa está menos alerta, pode estar confusa ou desorientada. Pode ser acordada, mas geralmente necessita de estímulos mais fortes ou repetidos.
- Obnubilação: A consciência está significativamente comprometida. A pessoa responde lentamente a estímulos e pode ter dificuldade em manter a atenção, parecendo sonolenta e desorientada.
- Estupor: a pessoa só responde a estímulos vigorosos e repetidos. Está em um estado de quase inconsciência1 e não reage a estímulos leves. As respostas são limitadas a movimentos básicos ou murmúrios.
- Coma2: a pessoa está completamente inconsciente e não responde a nenhum estímulo, nem mesmo à dor. Não há respostas verbais, movimentos ou abertura dos olhos4. O coma2 pode ser dividido em vários graus, dependendo da gravidade.
Em alguns casos, os graus mais leves de alteração da consciência podem ocorrer em indivíduos saudáveis, enquanto os mais graves geralmente resultam de condições neurológicas.
Veja também sobre "Alterações da consciência", "Estado crepuscular", "Mindfulness".
Quais são as causas das alterações nos graus de consciência?
As alterações nos graus de consciência podem ser provocadas por diversos fatores, incluindo:
- Causas metabólicas: como níveis anormais de glicose5 (hipo ou hiperglicemia6) e de sódio (hipo ou hipernatremia7) e problemas hepáticos ou renais.
- Alterações estruturais no cérebro8: como lesões9 traumáticas, hemorragias10, tumores e edema11 cerebral.
- Causas tóxicas: intoxicações por álcool, drogas ou substâncias químicas.
- Causas infecciosas: como meningite12, encefalite13 e sepse14.
- Causas cardiovasculares: incluindo acidente vascular cerebral15 (AVC), infarto do miocárdio16 e hipotensão17.
- Causas psiquiátricas: como transtornos dissociativos e episódios psicóticos graves.
Além desses fatores, a desidratação18 severa e o choque19 também podem afetar os graus de consciência.
Como as alterações nos graus de consciência ocorrem?
As diferentes causas de alterações na consciência podem estar relacionadas a várias mudanças no cérebro8, como:
- Hipóxia20: falta de oxigênio no cérebro8.
- Hematomas21 e edema11 cerebral: acúmulo de sangue22 ou inchaço23 no cérebro8.
- Disfunção metabólica: problemas no metabolismo24 das células25 cerebrais.
- Desequilíbrios eletrolíticos: níveis anormais de sódio, potássio, cálcio, entre outros.
- Substâncias depressoras do sistema nervoso central26: como álcool, drogas e certos medicamentos.
- Envenenamento por substâncias químicas tóxicas.
- Aumento da pressão intracraniana: como em casos de meningite12 ou encefalite13.
Essas alterações podem causar danos e até a morte de células25 cerebrais, resultando em diferentes níveis de rebaixamento da consciência.
Como o médico diagnostica as alterações nos graus de consciência?
O diagnóstico27 é feito por meio de:
- Histórico clínico: incluindo o início e a progressão dos sintomas28.
- Exame neurológico: avaliação das respostas a estímulos, reflexos e outros indicadores neurológicos.
- Exames de imagem cerebral: como tomografia computadorizada29 ou ressonância magnética30.
- Exames laboratoriais: para avaliar níveis de glicose5, eletrólitos31 e outras substâncias no sangue22.
Existem várias escalas para medir o grau de alteração da consciência e guiar o tratamento. As principais são:
- Escala de Coma2 de Glasgow: a mais utilizada.
- Escala de Ramsay: usada para avaliar o nível de sedação32.
- Escala de Coma2 de Jouvet: usada principalmente em crianças.
- Escala de FOUR (Full Outline of UnResponsiveness): uma alternativa à Escala de Glasgow, com uma avaliação mais detalhada de aspectos neurológicos específicos.
Como o médico trata as alterações nos graus de consciência?
O tratamento das alterações nos graus de consciência depende da causa subjacente. Por exemplo:
- Traumas cranianos: podem necessitar de cirurgia ou outras intervenções para aliviar a pressão dentro do crânio33.
- Alterações metabólicas: como desequilíbrios de eletrólitos31 ou níveis de glicose5, devem ser corrigidos com tratamentos específicos.
- Intoxicações: podem exigir a administração de antídotos ou outras medidas de suporte para neutralizar as substâncias tóxicas.
- Infecções34: devem ser tratadas com antibióticos ou antivirais, conforme a natureza da infecção35.
Como evoluem as alterações nos graus de consciência?
O prognóstico36 das alterações nos graus de consciência varia muito, dependendo da causa e da gravidade da condição. Intervenções rápidas e adequadas podem melhorar significativamente as perspectivas de recuperação.
Leia sobre "Alucinose orgânica", "Anestesia37, analgesia e sedação32" e "Amnésia38 global transitória".
Referências:
As informações veiculadas neste texto foram extraídas principalmente do site da U.S. National Library of Medicine.
As notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.