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Traumatismos cranianos: conceito, causas, sinais e sintomas, diagnóstico, tratamento, evolução e complicações possíveis

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O que são traumatismos cranianos?

O crânio1 é uma caixa óssea não distensível, de grande resistência, no interior da qual fica o cérebro2. Ele apenas se comunica com o exterior através do forame3 magno, situado na base do crânio4 e que liga o cérebro2 com a medula espinhal5. Embora protegido por membranas que o envolvem, o cérebro2 é constituído por um tecido6 frágil, que sofre lesão7 com facilidade quando atingido por algum agente agressor. Chama-se traumatismo8 craniano a toda pancada ou abalo violento sobre essa caixa óssea, com repercussões no cérebro2, quer os ossos que a constituem sejam ou não fraturados ou perfurados. O cérebro2 pode ser afetado mesmo que o impacto ocasionado não frature ossos e não penetre dentro do crânio1. Muitas lesões9 podem ser causadas por um simples impacto violento que faça o cérebro2 chocar-se contra as paredes cranianas como, por exemplo, nas acelerações ou desacelerações bruscas. O cérebro2 pode ser afetado tanto no ponto do impacto do trauma quanto no polo oposto, que se choca contra a parede craniana contralateral. Além disso, um traumatismo8 craniano pode também produzir ruptura de nervos e de vasos sanguíneos10, agravando suas consequências.

Os traumatismos cranianos podem ser de três tipos:

1. Traumatismo8 craniano fechado.

2. Fratura11 com afundamento do crânio1.

3. Fratura11 exposta do crânio1.

Quais são as causas dos traumatismos cranianos?

As causas mais comuns de traumatismos cranianos são todas aquelas condições que implicam num choque12 mecânico (pancada) com a caixa craniana, como os acidentes automobilísticos, atropelamentos, quedas, lesões9 cortocontusas, perfurações, fraturas de crânio1, movimentos bruscos de aceleração e desaceleração, etc.

Quais são os principais sinais13 e sintomas14 dos traumatismos cranianos?

Mais comumente, os sinais13 e sintomas14 dos traumatismos cranianos são desmaio, perda da consciência, dor de cabeça15 intensa, sangramento pela boca16, nariz17 ou ouvido, diminuição da força muscular, sonolência, dificuldade da fala, alterações da visão18 e da audição, perda da memória, coma19. Estes sintomas14 podem demorar até vinte e quatro horas para aparecer e, por isso, o indivíduo deve ser observado atentamente dentro deste período, de preferência em um hospital. Mesmo que a caixa craniana não seja rompida, os abalos intensos podem ocasionar interrupção das vias nervosas, hemorragia20 ou edema21 de graves consequências. O edema21 e o sangue22 aumentam a pressão intracraniana e isso pode forçar o cérebro2 a se herniar através do forame3 magno, o que compromete o tronco cerebral23, parte do cérebro2 que controla funções vitais como a frequência cardíaca e a função respiratória, podendo levar à morte.

Os traumatismos cranianos fechados em que não há lesão7 estrutural do encéfalo24 são chamados de concussão cerebral25. Neles pode ocorrer contusão26, laceração, hemorragias27 e/ou edema21, com lesão7 do parênquima28 cerebral. Nos afundamentos, o fragmento29 ósseo fraturado e afundado comprime e lesa o tecido6 cerebral adjacente e a gravidade do quadro dependerá do grau de lesão7 do tecido6 encefálico. Nos traumatismos abertos ocorre laceração dos tecidos cranianos e lesão7 da massa encefálica30 por fragmentos31 ósseos. Neste tipo de lesão7 há grande possibilidade de complicações infecciosas intracranianas.

Como o médico diagnostica os traumatismos cranianos?

O diagnóstico32 das características e da extensão dos traumatismos cranianos pode ser feito por meio de radiografia de crânio1, tomografia computadorizada33 e ressonância magnética34. A angiografia35 cerebral é reservada para avaliar lesões9 vasculares36 no pescoço37 ou na base do crânio4.

Como o médico trata os traumatismos cranianos?

A primeira providência a ser tomada com um paciente com traumatismo8 craniano consiste em verificar suas funções vitais: frequência cardíaca, pressão arterial38 e respiração. Pode ser necessário promover uma ventilação39 por aparelhos para pessoas que não possam respirar por si mesmas. Em seguida, o médico deve proceder à avaliação do estado de consciência e de memória do paciente, o tamanho e reatividade das pupilas, a sensibilidade ao calor e às picadas e a capacidade de movimentos. Uma tomografia computadorizada33 ou uma ressonância magnética34 podem ajudar a avaliar possíveis lesões9 cerebrais. As radiografias simples podem identificar se há ou não fraturas no crânio1, mas nada revelam acerca da lesão7 cerebral.

Se depois de um traumatismo8 craniano observa-se sonolência crescente, aumento da pressão arterial38 e uma pulsação cada vez mais lenta, com confusão mental e coma19, isso pode ser indicativo de que está havendo um crescimento do volume do cérebro2 com aumento da pressão intracraniana. Nestes casos, o cérebro2 pode ser rapidamente lesado e devem ser prontamente administrados medicamentos destinados a reduzir o inchaço40 cerebral.

Como evoluem os traumatismos cranianos?

A evolução de um traumatismo8 craniano pode variar desde a recuperação total até a morte. Quase sempre ele lesa o cérebro2 de maneira importante, deixando sequelas41 sobre o movimento, a sensibilidade, o equilíbrio, a memória, a fala, os olhos42 ou os ouvidos, na dependência da área afetada e da extensão da lesão7, podendo levar à morte em cerca de 50% dos pacientes.

Algumas vezes, mesmo pacientes que tenham sofrido um traumatismo8 craniano leve desenvolvem uma síndrome43 pós-concussão e podem continuar a sentir dores de cabeça15 e a apresentar problemas de memória durante muito tempo depois do trauma.

Quais são as complicações possíveis dos traumatismos cranianos?

A complicação mais grave de um traumatismo8 craniano não mortal é o estabelecimento de um estado vegetativo persistente, podendo o indivíduo manter-se vivo por muitos anos, embora tenham sido destruídas as funções intelectuais mais sofisticadas.

Outras complicações, por vezes irreversíveis, podem ser: crises epilépticas, alterações motoras, hidrocefalia44 (aumento do volume de líquor45 nas cavidades cerebrais), disfunções autonômicas, lesão7 de nervos cranianos, alterações cognitivas e neuropsicológicas, alterações de comportamento, etc.

ABCMED, 2014. Traumatismos cranianos: conceito, causas, sinais e sintomas, diagnóstico, tratamento, evolução e complicações possíveis. Disponível em: <https://www.abc.med.br/p/sinais.-sintomas-e-doencas/567092/traumatismos-cranianos-conceito-causas-sinais-e-sintomas-diagnostico-tratamento-evolucao-e-complicacoes-possiveis.htm>. Acesso em: 8 out. 2024.
Nota ao leitor:
As notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.

Complementos

1 Crânio: O ESQUELETO da CABEÇA; compreende também os OSSOS FACIAIS e os que recobrem o CÉREBRO. Sinônimos: Calvaria; Calota Craniana
2 Cérebro: Derivado do TELENCÉFALO, o cérebro é composto dos hemisférios direito e esquerdo. Cada hemisfério contém um córtex cerebral exterior e gânglios basais subcorticais. O cérebro inclui todas as partes dentro do crânio exceto MEDULA OBLONGA, PONTE e CEREBELO. As funções cerebrais incluem as atividades sensório-motora, emocional e intelectual.
3 Forame: Mesmo que forâmen. Abertura, buraco, furo, cova. Na anatomia geral, é um orifício, abertura ou perfuração através de um osso ou estrutura membranosa.
4 Base do Crânio: Região inferior do crânio consistindo de uma superfície interna (cerebral) e uma superfície externa (basal).
5 Medula Espinhal:
6 Tecido: Conjunto de células de características semelhantes, organizadas em estruturas complexas para cumprir uma determinada função. Exemplo de tecido: o tecido ósseo encontra-se formado por osteócitos dispostos em uma matriz mineral para cumprir funções de sustentação.
7 Lesão: 1. Ato ou efeito de lesar (-se). 2. Em medicina, ferimento ou traumatismo. 3. Em patologia, qualquer alteração patológica ou traumática de um tecido, especialmente quando acarreta perda de função de uma parte do corpo. Ou também, um dos pontos de manifestação de uma doença sistêmica. 4. Em termos jurídicos, prejuízo sofrido por uma das partes contratantes que dá mais do que recebe, em virtude de erros de apreciação ou devido a elementos circunstanciais. Ou também, em direito penal, ofensa, dano à integridade física de alguém.
8 Traumatismo: Lesão produzida pela ação de um agente vulnerante físico, químico ou biológico e etc. sobre uma ou várias partes do organismo.
9 Lesões: 1. Ato ou efeito de lesar (-se). 2. Em medicina, ferimento ou traumatismo. 3. Em patologia, qualquer alteração patológica ou traumática de um tecido, especialmente quando acarreta perda de função de uma parte do corpo. Ou também, um dos pontos de manifestação de uma doença sistêmica. 4. Em termos jurídicos, prejuízo sofrido por uma das partes contratantes que dá mais do que recebe, em virtude de erros de apreciação ou devido a elementos circunstanciais. Ou também, em direito penal, ofensa, dano à integridade física de alguém.
10 Vasos Sanguíneos: Qualquer vaso tubular que transporta o sangue (artérias, arteríolas, capilares, vênulas e veias).
11 Fratura: Solução de continuidade de um osso. Em geral é produzida por um traumatismo, mesmo que possa ser produzida na ausência do mesmo (fratura patológica). Produz como sintomas dor, mobilidade anormal e ruídos (crepitação) na região afetada.
12 Choque: 1. Estado de insuficiência circulatória a nível celular, produzido por hemorragias graves, sepse, reações alérgicas graves, etc. Pode ocasionar lesão celular irreversível se a hipóxia persistir por tempo suficiente. 2. Encontro violento, com impacto ou abalo brusco, entre dois corpos. Colisão ou concussão. 3. Perturbação brusca no equilíbrio mental ou emocional. Abalo psíquico devido a uma causa externa.
13 Sinais: São alterações percebidas ou medidas por outra pessoa, geralmente um profissional de saúde, sem o relato ou comunicação do paciente. Por exemplo, uma ferida.
14 Sintomas: Alterações da percepção normal que uma pessoa tem de seu próprio corpo, do seu metabolismo, de suas sensações, podendo ou não ser um indício de doença. Os sintomas são as queixas relatadas pelo paciente mas que só ele consegue perceber. Sintomas são subjetivos, sujeitos à interpretação pessoal. A variabilidade descritiva dos sintomas varia em função da cultura do indivíduo, assim como da valorização que cada pessoa dá às suas próprias percepções.
15 Cabeça:
16 Boca: Cavidade oral ovalada (localizada no ápice do trato digestivo) composta de duas partes
17 Nariz: Estrutura especializada que funciona como um órgão do sentido do olfato e que também pertence ao sistema respiratório; o termo inclui tanto o nariz externo como a cavidade nasal.
18 Visão: 1. Ato ou efeito de ver. 2. Percepção do mundo exterior pelos órgãos da vista; sentido da vista. 3. Algo visto, percebido. 4. Imagem ou representação que aparece aos olhos ou ao espírito, causada por delírio, ilusão, sonho; fantasma, visagem. 5. No sentido figurado, concepção ou representação, em espírito, de situações, questões etc.; interpretação, ponto de vista. 6. Percepção de fatos futuros ou distantes, como profecia ou advertência divina.
19 Coma: 1. Alteração do estado normal de consciência caracterizado pela falta de abertura ocular e diminuição ou ausência de resposta a estímulos externos. Pode ser reversível ou evoluir para a morte. 2. Presente do subjuntivo ou imperativo do verbo “comer.“
20 Hemorragia: Saída de sangue dos vasos sanguíneos ou do coração para o exterior, para o interstício ou para cavidades pré-formadas do organismo.
21 Edema: 1. Inchaço causado pelo excesso de fluidos no organismo. 2. Acúmulo anormal de líquido nos tecidos do organismo, especialmente no tecido conjuntivo.
22 Sangue: O sangue é uma substância líquida que circula pelas artérias e veias do organismo. Em um adulto sadio, cerca de 45% do volume de seu sangue é composto por células (a maioria glóbulos vermelhos, glóbulos brancos e plaquetas). O sangue é vermelho brilhante, quando oxigenado nos pulmões (nos alvéolos pulmonares). Ele adquire uma tonalidade mais azulada, quando perde seu oxigênio, através das veias e dos pequenos vasos denominados capilares.
23 Tronco Cerebral: Parte do encéfalo que conecta os hemisférios cerebrais à medula espinhal. É formado por MESENCÉFALO, PONTE e MEDULA OBLONGA.
24 Encéfalo: A parte do SISTEMA NERVOSO CENTRAL contida no CRÂNIO. O encéfalo embrionário surge do TUBO NEURAL, sendo composto de três partes principais, incluindo o PROSENCÉFALO (cérebro anterior), o MESENCÉFALO (cérebro médio) e o ROMBENCÉFALO (cérebro posterior). O encéfalo desenvolvido consiste em CÉREBRO, CEREBELO e outras estruturas do TRONCO ENCEFÁLICO (MeSH). Conjunto de órgãos do sistema nervoso central que compreende o cérebro, o cerebelo, a protuberância anular (ou ponte de Varólio) e a medula oblonga, estando todos contidos na caixa craniana e protegidos pela meninges e pelo líquido cefalorraquidiano. É a maior massa de tecido nervoso do organismo e contém bilhões de células nervosas. Seu peso médio, em um adulto, é da ordem de 1.360 g, nos homens e 1.250 g nas mulheres. Embriologicamente, corresponde ao conjunto de prosencéfalo, mesencéfalo e rombencéfalo. Seu crescimento é rápido entre o quinto ano de vida e os vinte anos. Na velhice diminui de peso. Inglês
25 Concussão cerebral: Perda imediata da consciência no momento de um trauma, mas recuperável em 24 horas ou menos e sem seqüelas. Acompanha-se de amnésia retrógrada e pós-traumática, isto é, o paciente não se recorda do trauma, dos momentos que o antecederam, nem de eventos imediatamente posteriores. Hoje a tendência é considerar a concussão como resultante de um grau leve de lesão axonal difusa.
26 Contusão: Lesão associada a um traumatismo que pode produzir desvitalização de tecidos profundos.
27 Hemorragias: Saída de sangue dos vasos sanguíneos ou do coração para o exterior, para o interstício ou para cavidades pré-formadas do organismo.
28 Parênquima: 1. Célula específica de uma glândula ou de um órgão, contida no tecido conjuntivo. 2. Na anatomia botânica, é o tecido vegetal fundamental, que constitui a maior parte da massa dos vegetais, formado por células poliédricas, quase isodiamétricas e com paredes não lignificadas, a partir das quais os outros tecidos se desenvolvem. 3. Na anatomia zoológica, é a substância celular mole que preenche o espaço entre os órgãos.
29 Fragmento: 1. Pedaço de coisa que se quebrou, cortou, rasgou etc. É parte de um todo; fração. 2. No sentido figurado, é o resto de uma obra literária ou artística cuja maior parte se perdeu ou foi destruída. Ou um trecho extraído de uma obra.
30 Encefálica: Referente a encéfalo.
31 Fragmentos: 1. Pedaço de coisa que se quebrou, cortou, rasgou etc. É parte de um todo; fração. 2. No sentido figurado, é o resto de uma obra literária ou artística cuja maior parte se perdeu ou foi destruída. Ou um trecho extraído de uma obra.
32 Diagnóstico: Determinação de uma doença a partir dos seus sinais e sintomas.
33 Tomografia computadorizada: Exame capaz de obter imagens em tons de cinza de “fatias†de partes do corpo ou de órgãos selecionados, as quais são geradas pelo processamento por um computador de uma sucessão de imagens de raios X de alta resolução em diversos segmentos sucessivos de partes do corpo ou de órgãos.
34 Ressonância magnética: Exame que fornece imagens em alta definição dos órgãos internos do corpo através da utilização de um campo magnético.
35 Angiografia: Método diagnóstico que, através do uso de uma substância de contraste, permite observar a morfologia dos vasos sangüíneos. O contraste é injetado dentro do vaso sangüíneo e o trajeto deste é acompanhado através de radiografias seriadas da área a ser estudada.
36 Vasculares: Relativo aos vasos sanguíneos do organismo.
37 Pescoço:
38 Pressão arterial: A relação que define a pressão arterial é o produto do fluxo sanguíneo pela resistência. Considerando-se a circulação como um todo, o fluxo total é denominado débito cardíaco, enquanto a resistência é denominada de resistência vascular periférica total.
39 Ventilação: 1. Ação ou efeito de ventilar, passagem contínua de ar fresco e renovado, num espaço ou recinto. 2. Agitação ou movimentação do ar, natural ou provocada para estabelecer sua circulação dentro de um ambiente. 3. Em fisiologia, é o movimento de ar nos pulmões. Perfusão Em medicina, é a introdução de substância líquida nos tecidos por meio de injeção em vasos sanguíneos.
40 Inchaço: Inchação, edema.
41 Sequelas: 1. Na medicina, é a anomalia consequente a uma moléstia, da qual deriva direta ou indiretamente. 2. Ato ou efeito de seguir. 3. Grupo de pessoas que seguem o interesse de alguém; bando. 4. Efeito de uma causa; consequência, resultado. 5. Ato ou efeito de dar seguimento a algo que foi iniciado; sequência, continuação. 6. Sequência ou cadeia de fatos, coisas, objetos; série, sucessão. 7. Possibilidade de acompanhar a coisa onerada nas mãos de qualquer detentor e exercer sobre ela as prerrogativas de seu direito.
42 Olhos:
43 Síndrome: Conjunto de sinais e sintomas que se encontram associados a uma entidade conhecida ou não.
44 Hidrocefalia: Doença produzida pelo aumento do conteúdo de Líquido Cefalorraquidiano. Nas crianças pequenas, manifesta-se pelo aumento da cabeça, e nos adultos, pelo aumento da pressão interna do cérebro, causando dores de cabeça e outros sintomas neurológicos, a depender da gravidade. Pode ser devido a um defeito de escoamento natural do líquido ou por um aumento primário na sua produção.
45 Líquor: Líquido cefalorraquidiano (LCR), também conhecido como líquor ou fluido cérebro espinhal, é definido como um fluido corporal estéril, incolor, encontrado no espaço subaracnoideo no cérebro e na medula espinhal (entre as meninges aracnoide e pia-máter). Caracteriza-se por ser uma solução salina pura, com baixo teor de proteínas e células, atuando como um amortecedor para o córtex cerebral e a medula espinhal. Possui também a função de fornecer nutrientes para o tecido nervoso e remover resíduos metabólicos do mesmo. É sintetizado pelos plexos coroidais, epitélio ventricular e espaço subaracnoideo em uma taxa de aproximadamente 20 mL/hora. Em recém-nascidos, este líquido é encontrado em um volume que varia entre 10 a 60 mL, enquanto que no adulto fica entre 100 a 150 mL.
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