Dengue hemorrágica - Sinais, sintomas, causas, diagnóstico, tratamento, evolução
O que é dengue1?
A dengue1 é uma enfermidade causada por um arbovírus que pode se hospedar no homem e que tem quatro tipos imunológicos (DEN-1, DEN-2, DEN-3 e DEN-4), os quais decorrem de viremias (derramamentos de vírus2 no sangue3), de cerca de 7 dias de duração, desses diferentes tipos de vírus2.
Ela é a arbovirose mais comum entre os humanos, atingindo cerca de 100 milhões de pessoas/ano no mundo. A infecção4 por cada um desses vírus2 confere imunidade5 total e permanente para o mesmo tipo e imunidade5 parcial e temporária contra os outros três tipos. Assim, teoricamente, pelo menos, o indivíduo pode ter dengue1 por até quatro vezes, sendo que um segundo episódio de dengue1 é sempre mais grave que o primeiro, podendo assumir a forma hemorrágica6.
O que é dengue1 hemorrágica6?
A dengue1 hemorrágica6 é uma forma grave da doença, transmitida também a partir da picada do mosquito Aedes aegypti. Ela se caracteriza por sintomas7 mais intensos do que a dengue1 clássica e pode levar a complicações sérias, incluindo sangramento, extravasamento de plasma8 e choque9 circulatório.
Os sintomas7 iniciais da dengue1 hemorrágica6 são semelhantes aos da dengue1 comum. No entanto, à medida que a doença progride, podem ocorrer complicações graves e até mesmo letais, se não for tratada adequadamente. Por isso, ela requer cuidados médicos urgentes.
Quais são as causas da dengue1 hemorrágica6?
A dengue1 comum é transmitida através da picada da fêmea do mosquito Aedes aegypti infectado. Em geral, os sintomas7 são leves a moderados; contudo, aproximadamente 5% dos infectados podem evoluir para dengue1 hemorrágica6, uma condição mais severa. Essa complicação é particularmente mais provável se a pessoa for infectada pela segunda vez por um vírus2 de subtipo distinto do que causou a primeira infecção4. Outros fatores, como a natureza do vírus2, as características genéticas do hospedeiro e a resposta imunológica também podem desencadear essa forma grave.
A dengue1 hemorrágica6 geralmente se associa a uma reação imune intensificada que pode prejudicar os vasos sanguíneos10 e provocar sangramento, principalmente em uma reinfecção, em que o novo vírus2 desencadeia um desbalanço imunológico, resultando em inflamação11 e dano vascular12. Ademais, a susceptibilidade13 a formas graves pode variar conforme tipos sanguíneos específicos e predisposições genéticas individuais.
Qual é o substrato fisiopatológico da dengue1 hemorrágica6?
A fisiopatologia14 da dengue1 hemorrágica6 envolve disfunção vascular12, ativação do sistema imunológico15 e complicações hemorrágicas16. Uma vez inoculado, o vírus2 se replica principalmente em células17 do sangue3. O sistema imunológico15 responde à infecção4 viral, desencadeando uma resposta inflamatória.
Durante essa resposta, as citocinas18 contribuem para a inflamação11 sistêmica e aumento da permeabilidade19 vascular12, resultando em extravasamento de fluidos e proteínas20 para os tecidos circundantes. Aumenta também o risco de formação de coágulos sanguíneos. Ao mesmo tempo, ocorre uma diminuição dos fatores anticoagulantes21, predispondo o paciente a complicações hemorrágicas16.
Quais são as características clínicas da dengue1 hemorrágica6?
Durante o período de incubação22 do vírus2 da dengue1, de três a quinze dias após a picada, a pessoa é assintomática. Depois que o vírus2 se dissemina pelo sangue3, os sintomas7 iniciais são inespecíficos, como febre23 alta de início súbito, mal-estar, falta de apetite, dores de cabeça24, dores musculares e dores nos olhos25.
No caso da dengue1 hemorrágica6, após a febre23 baixar, depois de três a sete dias, podem surgir os sinais26 da dengue1 grave:
- dor abdominal intensa;
- vômitos27 persistentes, às vezes com sangue3;
- sangramento nas gengivas ou nariz28;
- dificuldade respiratória;
- confusão mental;
- fadiga29;
- aumento de tamanho do fígado30;
- queda da pressão arterial31;
- e sangue3 nas fezes.
Como o médico diagnostica a dengue1 hemorrágica6?
O diagnóstico32 da dengue1 hemorrágica6 é feito com base em uma combinação de sinais26 clínicos, exames laboratoriais e histórico médico do paciente. O médico fará perguntas sobre os sintomas7 do paciente e levantará qualquer histórico recente de viagem para áreas onde a dengue1 é endêmica. Durante o exame físico, ele procurará por sinais26 específicos da dengue1 hemorrágica6, como petéquias33 (pequenas manchas vermelhas ou roxas na pele34), sangramento nas gengivas ou nariz28, aumento do fígado30 e baço35, entre outros.
Os exames laboratoriais são essenciais para confirmar o diagnóstico32 de dengue1 hemorrágica6. O teste de NS1 detecta uma proteína específica do vírus2 da dengue1 chamada NS1. É geralmente positivo durante os primeiros dias da infecção4. O teste de PCR36 (Reação em Cadeia da Polimerase) pode detectar o material genético do vírus2 da dengue1 em amostras de sangue3. É particularmente útil nos estágios iniciais da infecção4. Os testes de anticorpos37, como o ELISA (Enzyme-Linked Immunosorbent Assay), podem detectar anticorpos37 produzidos pelo sistema imunológico15 em resposta à infecção4 pelo vírus2 da dengue1. A contagem de plaquetas38 é outro indicador, pois a dengue1 hemorrágica6 é caracterizada por uma diminuição significativa no número de plaquetas38 sanguíneas.
Como o médico trata a dengue1 hemorrágica6?
Não existem medicamentos efetivos contra o vírus2 da dengue1 até o momento. A terapêutica39 para a dengue1 comum é de reposição e sintomática40, tendo por base uma hidratação oral abundante com soro41 oral e líquidos caseiros (chá, água de coco, sucos, etc.) e a manutenção da alimentação. Além disso, é recomendado repouso e o uso de medicamentos para aliviar as dores e a febre23, sempre com a indicação de um médico. Não podem ser usados remédios à base de ácido acetilsalicílico, como a aspirina e AAS. Devem ser evitados os anti-inflamatórios não hormonais e medicamentos com potencial hemorrágico42. Os antitérmicos43 e analgésicos44 geralmente usados são a dipirona ou o paracetamol.
O tratamento da dengue1 hemorrágica6 é geralmente feito em ambiente hospitalar, devido à gravidade da condição. A hidratação intravenosa é fundamental, pois a dengue1 hemorrágica6 pode causar grandes perdas de líquidos devido à febre23 e à hemorragia45. Os sinais vitais46 do paciente (pressão arterial31, frequência cardíaca e respiratória, etc.) devem ser monitorados de perto, para detectar qualquer alteração deles. A transfusão47 de plaquetas38 pode ser administrada se os níveis de plaquetas38 do paciente estiverem muito baixos. Isso ajudará na coagulação48 do sangue3 e em prevenir hemorragias49 graves. A dor e a febre23 podem ser controladas com analgésicos44 e antitérmicos43 adequados. Os sintomas7 também devem ser monitorados de perto para serem tratados prontamente. Os pacientes devem manter repouso para permitir que o corpo se recupere da infecção4.
Como evolui a dengue1 hemorrágica6?
A forma hemorrágica6 apresenta taxa de mortalidade50 de até 10% dos acometidos, em pacientes hospitalizados.
Como prevenir a dengue1 hemorrágica6?
A prevenção eficaz da dengue1 hemorrágica6 abrange uma série de estratégias destinadas a reduzir a população de mosquitos Aedes aegypti, vetores da doença. As ações incluem a eliminação de águas paradas, que servem como criadouros para os mosquitos, além do uso regular de repelentes e a instalação de mosquiteiros, que protegem contra picadas. Outra medida importante é o manejo ambiental, como o descarte apropriado de resíduos e a limpeza de calhas para evitar acúmulo de água.
Além disso, avanços significativos foram alcançados no campo da imunização51, com o desenvolvimento de uma vacina52 contra a dengue1. Esta representa um grande passo na luta contra a doença, especialmente em áreas endêmicas. No entanto, a distribuição desta vacina52 ainda enfrenta desafios, como a limitação no número de doses disponíveis em comparação à demanda da população global. Atualmente, a vacina52 é recomendada principalmente para pessoas que já foram infectadas pelo vírus2 da dengue1 anteriormente, em regiões onde o vírus2 é endêmico, visando diminuir o risco de formas graves da doença, como a dengue1 hemorrágica6.
Saiba mais sobre "Dengue1", "Zika vírus2", "Chikungunya", "Febre23 Mayaro" e "Febre amarela53".
Referências:
As informações veiculadas neste texto foram extraídas principalmente dos sites da Mayo Clinic, da U.S. National Library of Medicine e do Hospital Israelita Albert Einstein.
As notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.