Dengue: sintomas e cuidados gerais
O que é dengue1?
A dengue1 é uma enfermidade causada por um arbovírus que pode hospedar-se no homem e que tem quatro tipos imunológicos, DEN-1, DEN-2, DEN-3 e DEN-4, os quais podem produzir viremias (derramamentos de vírus2 no sangue3) de cerca de 7 dias de duração. A infecção4 por cada um desses vírus2 confere imunidade5 total e permanente para o mesmo tipo e imunidade5 parcial e temporária contra os outros três.
A dengue1 parece ter sido trazida para as Américas com a colonização europeia, no final do século XVIII. Ela é a arbovirose mais comum entre os humanos, atingindo cerca de 100 milhões de pessoas/ano, no mundo.
Uma forma grave da doença é a dengue1 que produz hemorragias6 generalizadas pelo corpo. A forma hemorrágica7 apresenta taxa de mortalidade8 de até 10% dos acometidos, em pacientes hospitalizados.
Como se pega a dengue1?
A transmissão da dengue1 se faz pela picada da fêmea contaminada do mosquito Aedes aegypti, que se alimenta de sangue3 (o macho se alimenta apenas de seiva de plantas e, portanto, não transmite a doença). Durante seu período de vida, de cerca de 45 dias, uma única fêmea do mosquito pode contaminar algumas centenas de pessoas.
A dengue1 não se transmite por contato direto de uma pessoa a outra, nem por meio do uso comum de vasilhas e utensílios. A média anual da doença no Brasil é de cerca de 78 mil casos, com grandes variações de ano para ano e nas diferentes regiões do país.
Como se evita a dengue1?
- Combate ao mosquito vetor, evitando acumular água em locais de desova. Embora as larvas dos insetos se desenvolvam na água parada e limpa, a fêmea deposita seus ovos nas paredes dos recipientes, aguardando a subida do nível da água para eclodirem.
- A borra de café aplicada nos locais de proliferação das larvas ajuda na aniquilação do mosquito.
- Uso de janelas teladas.
- Aplicação de repelentes.
- Uso de larvicidas e inseticidas, embora se tenha detectado resistência do mosquito a essas substâncias.
Ainda não há vacinas disponíveis para a dengue1, embora algumas tentativas estejam sendo feitas nesse sentido.
Quais são os sintomas9 da dengue1?
Durante o período de incubação10, de três a quinze dias após a picada, a pessoa é assintomática. Depois que o vírus2 se dissemina pelo sangue3, os sintomas9 iniciais são inespecíficos, como febre11 alta de início súbito, mal-estar, falta de apetite, dores de cabeça12, dores musculares e dores nos olhos13.
No caso da dengue1 hemorrágica7, após a febre11 baixar pode provocar sangramentos das gengivas e do nariz14, hemorragias6 internas e coagulação15 do sangue3 no interior dos vasos, provocando enfartes potencialmente mortais. Pode ocorrer ainda hepatite16, choque17 mortal, petéquias18 (manchas vermelhas na pele19) e dores agudas nas costas20. A forma hemorrágica7 pode ocorrer quando a pessoa, já imune a um determinado tipo da dengue1, é infectada por um outro tipo diferente.
Qual o tratamento da dengue1?
Ainda não há um tratamento específico para a dengue1 e o que deve-se adotar são cuidados gerais. O paciente deve manter-se em repouso e tomar muito líquido, evitando café, refrigerante e leite, pela possibilidade de irritarem o estômago21.
Não existem medicamentos efetivos contra o vírus2 da dengue1 até o momento. A terapêutica22 é de reposição e sintomática23, tendo por base uma hidratação oral abundante com soro24 oral e líquidos caseiros (chá, água de coco, sucos, etc) e a manutenção da alimentação. Além de repouso e o uso de medicamentos para aliviar as dores e a febre11, sempre com a indicação de um médico.
Não podem ser usados remédios à base de ácido acetilsalicílico, como a aspirina e o AAS. Devem ser evitados os antiinflamatórios não hormonais e drogas com potencial hemorrágico25. Os antitérmicos26 e analgésicos27 geralmente usados são a dipirona ou o paracetamol.
Segundo o Manual Técnico sobre Dengue1 do Ministério da Saúde28, de 2007, podem ser usados analgésicos27 como a dipirona ou o paracetamol para alívio dos sintomas9 de dor ou febre11 na doença. Mas alguns médicos recomendam que o paracetamol não deve ser usado nestes pacientes, pois pode causar danos hepáticos graves.
As notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.