Hipersensibilidade ao açúcar, intolerância ao açúcar e resistência à insulina
Hipersensibilidade ao açúcar1
A hipersensibilidade ao açúcar1 é uma espécie de alergia2 alimentar a diferentes tipos de açúcares, desde o açúcar1 de mesa e o açúcar1 mascavo, até os açúcares das frutas. Nas pessoas alérgicas aos açúcares, mesmo pequenas doses deles podem provocar uma gama imediata e às vezes profunda de sintomas3 sugestivos de alergia2. Embora alguns estudos tenham constatado a existência de alergias ao açúcar1, não conseguiram demonstrar evidências de um anticorpo4 específico para o açúcar1. Se a pessoa que tem alergia2 grave ao açúcar1 o ingerir, pode ter uma forma perigosa de reação, chamada anafilaxia5.
Em geral, quando uma pessoa ingere pela primeira vez um alimento ao qual é alérgica, o corpo forma um anticorpo4 específico contra ele (imunoglobulina6 E - IgE). Durante uma dose posterior, o sistema imunológico7 dela responde com uma reação alérgica8 que pode ser muito grave. No caso em foco, o alergeno9 considerado é o açúcar1. Portanto, a alergia2 ao açúcar1 é o resultado de uma resposta negativa do sistema imune10 ao produto. Uma pessoa que é alérgica ao açúcar1 terá seu sistema imunológico7 fortemente impactado pelo consumo mesmo de pequenas quantidades da substância.
Embora a causa para isso não seja inteiramente conhecida, parece haver um fator constitucional envolvido na causação da alergia2 ao açúcar1, porque ela é mais comum de acontecer em pessoas que possuem histórico familiar de alergia2.
Os sintomas3 de qualquer alergia2 alimentícia ao açúcar1, como qualquer outra alergia2 alimentar, podem resultar em choque anafilático11, que se não for prontamente tratado pode resultar em morte. Apesar da alergia2 ao açúcar1 ser uma reação rara, a possibilidade desse sintoma12 não deve ser desconsiderada. Uma pessoa que sofra de choque anafilático11 pode sucumbir e morrer num intervalo de minutos, devido à asfixia13 resultante do fechamento de vias aéreas.
Veja sobre "Intolerância à glicose14", "Intolerância à lactose15" e "Probióticos16 e Prebióticos".
Intolerância ao açúcar1
Na maioria dos casos, contudo, o que há é uma intolerância ao açúcar1, que deve ser diferenciada da alergia2 ao açúcar1 porque, embora os sintomas3 possam ser parecidos, os mecanismos subjacentes são muito diferentes. Uma diferença essencial entre uma reação alérgica8 e uma intolerância é que uma pessoa com intolerância pode ser capaz de consumir pequenas porções de um alimento problemático sem uma resposta negativa, enquanto as reações alérgicas habitualmente são muito intensas mesmo diante de quantidades mínimas do alergeno9. Uma pessoa que tenha intolerância ao açúcar1 manifestará sintomas3 ante toda variedade de produtos que contenham o produto, como doces, bolos, biscoitos e frutas.
A intolerância ao açúcar1 acontece quando uma das enzimas presentes na mucosa17 do intestino delgado18 (lactase, sacarase ou maltase) não é capaz de digerir os açúcares lactose15, sacarose ou maltose, dividindo-os em açúcares mais simples, que são então absorvidos pela corrente sanguínea. Essa dificuldade de digestão19 pode ser devida também à sensibilidade a produtos químicos específicos ou aditivos acrescentados ao alimento.
A intolerância ao açúcar1 se manifesta por diarreia20, cólicas21, erupções cutâneas22 e coceira nos lábios, que são também alguns dos sintomas3 da alergia2 ao açúcar1, que podem ser provocados por açúcares naturais ou artificiais, puros ou adicionados a outros alimentos.
Resistência à insulina23
A resistência à insulina23 ocorre quando as células24 dos músculos25, tecido gorduroso26 e fígado27 não respondem bem à insulina28 e não ajudam a glicose14 a penetrar nas células24 que, então, não podem usá-la como fonte de energia.
Resistência à insulina23 e sensibilidade à insulina28 são duas faces da mesma moeda. Se a pessoa tem resistência à insulina23, tem baixa sensibilidade à insulina28; se tem alta sensibilidade à insulina28, tem baixa resistência à insulina23. Na tentativa de regularizar a questão, o pâncreas29 produz cada vez mais insulina28, mas mesmo assim, com o tempo, os níveis de açúcar1 no sangue30 aumentam, causando um pré-diabetes31.
Embora as causas exatas da resistência à insulina23 ainda não sejam totalmente compreendidas, os fatores que podem levar ao desenvolvimento dela são bem conhecidos. Quanto ao que está acontecendo dentro do corpo que causa resistência à insulina23, os pesquisadores observaram que ela ocorre em pessoas que têm excesso de gordura32 armazenada no fígado27 e pâncreas29 e altos níveis de inflamação33. A resistência à insulina23 pode comumente se desenvolver se a pessoa está com sobrepeso34, se é obesa, se tem uma dieta rica em calorias35, carboidratos e açúcar1, se tem um estilo de vida sedentário, praticando pouca ou nenhuma atividade física, se tomar altas doses de esteroides por um longo período de tempo e se tem estresse crônico36, doença de Cushing ou ovário37 policístico.
Leia também sobre "Adoçantes: prós e contras", "Frutose38 não é só o açúcar1 das frutas" e "Pré-diabetes31".
Referências:
As informações veiculadas neste texto foram extraídas principalmente dos sites da U.S. National Library of Medicine, do Diabetes.co.uk e do The American Journal of Clinical Nutrition.
As notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.