Adoçantes: prós e contras
O que são adoçantes?
Os adoçantes, também chamados edulcorantes, são substâncias químicas obtidas de matérias primas naturais ou artificiais. O poder de adoçamento dos edulcorantes é maior do que o da sacarose (o açúcar1 comum obtido da cana de açúcar1). São substâncias de baixo ou inexistente valor energético que proporcionam a um alimento o gosto doce.
Normalmente, estas substâncias são usadas com o objetivo de substituir total ou parcialmente o açúcar1. Há alguns adoçantes não indicados para diabéticos, formulados para conferir sabor doce aos alimentos e bebidas e que contém edulcorantes e açúcar1. Há também os adoçantes dietéticos, indicados para pessoas diabéticas, formulados para dietas com restrição de sacarose, frutose2 e/ou glicose3.
Segundo os especialistas, os melhores adoçantes para diabéticos são à base de ciclamato, aspartame4, sucralose, sacarina5, acessulfame-k e esteviosídeo. Porém, a maneira mais segura de um diabético usar adoçantes é sempre seguindo a orientação de seu médico.
Por que usar adoçantes?
Inicialmente, os adoçantes foram formulados para substituir o açúcar1 e atender às necessidades de pacientes diabéticos, mas nos dias atuais os adoçantes também são utilizados em dietas alimentares para perda de peso porque possuem baixo ou nenhum valor calórico. Os principais adoçantes são:
- Sacarina5
- Aspartame4
- Acessulfame de potássio (acessulfame K)
- Sucralose
- Frutuose
- Estévia
- Ciclamato
Existem outros tipos menos comuns.
O poder adoçante dessas substâncias edulcorantes é muito maior que o do açúcar1 normal de cana de açúcar1 e por isso eles podem ser utilizados em quantidades muito menores que as do açúcar1.
Veja sobre "Calorias6", "Dieta do jejum", "Cálculo7 do IMC8" e "Comportamento da glicemia9".
Prós e contras do uso de adoçantes
Frequentemente alguns adoçantes são criticados por poderem causar doenças. Entretanto, não existem estudos que comprovem esses malefícios, se usados dentro das recomendações de ingestão diária. A segurança dos adoçantes também tem sido avaliada durante o aquecimento e muitos não têm indicação na culinária quente.
1. A sacarina5 é um adoçante não calórico que possui uma capacidade edulcorante 300 vezes maior que a do açúcar1 comum. Até hoje, não há comprovações de toxicidade10 desse adoçante, mas ele possui sódio em sua composição e por isso deve ser usado com cuidado por pessoas hipertensas. Seu uso não é indicado durante a gestação, pois ele atravessa a placenta e é de difícil excreção pelo feto11.
2. O aspartame4 é um adoçante muito utilizado, principalmente em bebidas dietéticas. Seu poder adoçante é 200 vezes maior que o do açúcar1. O aspartame4 líquido contém 1,3 calorias6 por cada 10 gotas e o aspartame4 em pó contém 4 calorias6 por grama12. Não deve ser utilizado para alimentos que necessitem ser assados, nem por pessoas que tenham fenilcetonúria13, pois um de seus componentes é a fenilalanina14. Há dúvidas quanto aos possíveis malefícios desse adoçante, pois alguns estudos falam do seu potencial carcinogênico, enquanto outros alegam segurança no uso.
3. O acessulfame de potássio (acessulfame K) é um sal não-calórico derivado do potássio, 125 vezes mais adoçante que o açúcar1 comum. Não deve ser consumido por portadores de doenças renais ou outras patologias em que o consumo de potássio deva ser restringido.
4. A sucralose é um adoçante não calórico e não reconhecido pelo organismo como um hidrato de carbono e, por isso, tem zero calorias6. É uma alternativa útil para quem está tentando reduzir a ingestão de calorias6. Muitos produtos diet ou light são adoçados com sucralose, inclusive alguns iogurtes. Ela é cerca de 600 vezes mais doce que o açúcar1. A sucralose possui cloro em sua composição, que compete com a absorção de iodo, sendo contraindicada para pessoas que possuem distúrbios na tireoide15.
5. A frutose2 é extraída de frutas maduras, de alguns vegetais e do mel e pode ser consumida por diabéticos, com orientação médica. Produz quatro calorias6 por grama12, o mesmo valor do açúcar1 comum. Por essa razão, é desaconselhável para regimes de emagrecimento. É uma vez e meia mais doce que o açúcar1. Não possui limite de consumo, mas o excesso de frutose2 pode causar aumento nos triglicerídeos sanguíneos e provocar cáries16.
6. A estévia é um adoçante natural, extraído da planta Estévia rebaudiana. A dose diária recomendada é de 5,5 mg por quilo de peso. Não tem contraindicações e é totalmente atóxica. É um adoçante natural, não calórico, 300 vezes mais doce que o açúcar1 comum. Tanto pode ser levado ao fogo, como ao congelador, sendo muito utilizado na culinária. Possui forte sabor amargo residual. Muitos adoçantes à base de estévia têm o esteviosídeo, associado a outros adoçantes artificiais, ou então associado à lactose17, sendo que os adoçantes industrializados chegam a ter até 95% de lactose17 em sua composição. Uma boa alternativa, 100% natural, são as folhas desidratadas de estévia em pó, que podem ser desidratadas e moídas, não passando por nenhum processo industrializado de extração.
7. Não há marca comercial que utilize apenas o ciclamato na sua composição. Ele está sempre associado a outros adoçantes e, dessa forma, a quantidade de ciclamato presente nos produtos é muito pequena. No Brasil, o uso dessa substância é limitado a 0,04 gramas para cada 100 gramas de alimento ou bebida. O ciclamato adoça 50 vezes mais que o açúcar1. Talvez seja o mais polêmico de todos os adoçantes. A maioria dos estudos relata risco de desenvolvimento de câncer18 do trato urinário19, no entanto, esse efeito só se daria com doses muito altas, superiores ao usual. Porém, até esse momento, nada foi comprovado. O ciclamato é um adoçante não-calórico.
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As notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.