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Hemangioma hepático

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O que é hemangioma hepático?

O hemangioma hepático, também chamado hemangioma cavernoso, é um tumor1 benigno no fígado2 constituído por um emaranhado de vasos sanguíneos3 alimentado pela artéria hepática4. Em geral, o paciente tem apenas um hemangioma, mas em alguns raros casos pode apresentar mais de um.

Embora possa ser preocupante para uma pessoa saber que tem uma massa no fígado2, não há evidências de que um hemangioma hepático não tratado possa levar ao câncer5 de fígado2.

Quais são as causas do hemangioma hepático?

As causas de um hemangioma hepático ainda não estão claras. Acredita-se que a maioria seja congênito6, ou seja, a pessoa já nasce com eles; mas também podem se desenvolver em qualquer momento da vida de uma pessoa. O mais comum é ser uma lesão7 única e medir cerca de 4 centímetros de largura. Ocasionalmente, os hemangiomas podem ser maiores e múltiplos, mas isso é muito raro.

Leia sobre "Tumores benignos do fígado2", "Hepatomegalia8", "Insuficiência hepática9" e "Hepatectomia".

Qual é o mecanismo fisiológico10 do hemangioma hepático?

Embora não se comprove uma genética definida, já foi constatada uma incidência11 familiar, predominante no sexo feminino. Postula-se que esta predominância no sexo feminino seja explicada por diferenças da penetrância12 genética dependentes do sexo. Vários agentes têm sido postulados como capazes de promover o crescimento do hemangioma: os esteroides, o estrogênio e até mesmo a gravidez13 podem aumentar o tamanho de um hemangioma já existente.

Quais são as principais características clínicas do hemangioma hepático?

Em algumas pessoas, um hemangioma hepático nunca cresce, mas em um pequeno número de pessoas ele crescerá e exigirá tratamento. Não está claro porque isso acontece. Na maioria dos casos, ele não causa sinais14 ou sintomas15 e, quando chega a causá-los, eles são inespecíficos e podem incluir dor no abdome16 superior direito, sensação de plenitude depois de ter comido apenas uma pequena quantidade de comida, náusea17 e vômito18.

Como o médico diagnostica o hemangioma hepático?

Pessoas que têm um hemangioma hepático raramente apresentam sinais14 e sintomas15 e por isso a maioria deles é descoberta durante um teste ou procedimento para alguma outra condição. No entanto, se um hemangioma for grande o suficiente para causar sintomas15, o médico poderá solicitar exames de imagem para detectar anormalidades no fígado2. Esses exames podem incluir ultrassonografia19, tomografia computadorizada20 e/ou ressonância magnética21.

Como o médico trata o hemangioma hepático?

Normalmente, o hemangioma hepático não apresenta sinais14 e sintomas15 e não requer tratamento. No entanto, dependendo da localização, tamanho e número, alguns hemangiomas podem ser problemáticos. Geralmente, é recomendado tratá-lo se ele for grande e causar sintomas15.

Os possíveis tratamentos incluem medicação como corticosteroides, bloqueio do suprimento sanguíneo do hemangioma (embolização22), cirurgia para remover o hemangioma e, eventualmente, transplante de fígado2. No entanto, raramente os médicos realizam esse procedimento, exceto no caso de hemangiomas grandes ou múltiplos que não são possíveis de tratar de outras maneiras.

Quais são as complicações possíveis do hemangioma hepático?

A maioria dos hemangiomas hepáticos não causa complicações. A gravidez13 implica num risco de complicações porque o estrogênio aumenta durante a gravidez13 e faz alguns hemangiomas crescerem. Contudo, ter um hemangioma hepático não significa que a mulher não possa engravidar. A mulher deve discutir as possíveis complicações com o seu médico para fazer uma escolha mais informada.

Medicamentos que afetam os níveis hormonais do corpo, como pílulas anticoncepcionais, também podem causar complicações se a mulher tiver um hemangioma hepático.

Leia mais sobre "Esteatose hepática23" e "Provas de função hepática24".

 

Referências:

As informações veiculadas neste texto foram extraídas dos sites da Mayo Clinic e da Cleveland Clinic.

ABCMED, 2019. Hemangioma hepático. Disponível em: <https://www.abc.med.br/p/sinais.-sintomas-e-doencas/1348038/hemangioma-hepatico.htm>. Acesso em: 28 mar. 2024.
Nota ao leitor:
As notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.

Complementos

1 Tumor: Termo que literalmente significa massa ou formação de tecido. É utilizado em geral para referir-se a uma formação neoplásica.
2 Fígado: Órgão que transforma alimento em energia, remove álcool e toxinas do sangue e fabrica bile. A bile, produzida pelo fígado, é importante na digestão, especialmente das gorduras. Após secretada pelas células hepáticas ela é recolhida por canalículos progressivamente maiores que a levam para dois canais que se juntam na saída do fígado e a conduzem intermitentemente até o duodeno, que é a primeira porção do intestino delgado. Com esse canal biliar comum, chamado ducto hepático, comunica-se a vesícula biliar através de um canal sinuoso, chamado ducto cístico. Quando recebe esse canal de drenagem da vesícula biliar, o canal hepático comum muda de nome para colédoco. Este, ao entrar na parede do duodeno, tem um músculo circular, designado esfíncter de Oddi, que controla o seu esvaziamento para o intestino.
3 Vasos Sanguíneos: Qualquer vaso tubular que transporta o sangue (artérias, arteríolas, capilares, vênulas e veias).
4 Artéria Hepática: Ramo da artéria celíaca que se distribui para o estômago, pâncreas, duodeno, fígado, vesícula biliar e omento maior. Circulação Hepática;
5 Câncer: Crescimento anormal de um tecido celular capaz de invadir outros órgãos localmente ou à distância (metástases).
6 Congênito: 1. Em biologia, o que é característico do indivíduo desde o nascimento ou antes do nascimento; conato. 2. Que se manifesta espontaneamente; inato, natural, infuso. 3. Que combina bem com; apropriado, adequado. 4. Em termos jurídicos, é o que foi adquirido durante a vida fetal ou embrionária; nascido com o indivíduo. Por exemplo, um defeito congênito.
7 Lesão: 1. Ato ou efeito de lesar (-se). 2. Em medicina, ferimento ou traumatismo. 3. Em patologia, qualquer alteração patológica ou traumática de um tecido, especialmente quando acarreta perda de função de uma parte do corpo. Ou também, um dos pontos de manifestação de uma doença sistêmica. 4. Em termos jurídicos, prejuízo sofrido por uma das partes contratantes que dá mais do que recebe, em virtude de erros de apreciação ou devido a elementos circunstanciais. Ou também, em direito penal, ofensa, dano à integridade física de alguém.
8 Hepatomegalia: Aumento anormal do tamanho do fígado.
9 Insuficiência hepática: Deterioração grave da função hepática. Pode ser decorrente de hepatite viral, cirrose e hepatopatia alcoólica (lesão hepática devido ao consumo de álcool) ou medicamentosa (causada por medicamentos como, por exemplo, o acetaminofeno). Para que uma insuficiência hepática ocorra, deve haver uma lesão de grande porção do fígado.
10 Fisiológico: Relativo à fisiologia. A fisiologia é estudo das funções e do funcionamento normal dos seres vivos, especialmente dos processos físico-químicos que ocorrem nas células, tecidos, órgãos e sistemas dos seres vivos sadios.
11 Incidência: Medida da freqüência em que uma doença ocorre. Número de casos novos de uma doença em um certo grupo de pessoas por um certo período de tempo.
12 Penetrância: Penetrância é a porcentagem de indivíduos com determinado alelo (dominante ou recessivo) que exibem o fenótipo associado a ele. A expressividade mede o quanto determinado alelo é expresso em um fenótipo. Havendo penetrância variável, a variação genética é mascarada.
13 Gravidez: Condição de ter um embrião ou feto em desenvolvimento no trato reprodutivo feminino após a união de ovo e espermatozóide.
14 Sinais: São alterações percebidas ou medidas por outra pessoa, geralmente um profissional de saúde, sem o relato ou comunicação do paciente. Por exemplo, uma ferida.
15 Sintomas: Alterações da percepção normal que uma pessoa tem de seu próprio corpo, do seu metabolismo, de suas sensações, podendo ou não ser um indício de doença. Os sintomas são as queixas relatadas pelo paciente mas que só ele consegue perceber. Sintomas são subjetivos, sujeitos à interpretação pessoal. A variabilidade descritiva dos sintomas varia em função da cultura do indivíduo, assim como da valorização que cada pessoa dá às suas próprias percepções.
16 Abdome: Região do corpo que se localiza entre o TÓRAX e a PELVE.
17 Náusea: Vontade de vomitar. Forma parte do mecanismo complexo do vômito e pode ser acompanhada de sudorese, sialorréia (salivação excessiva), vertigem, etc.
18 Vômito: É a expulsão ativa do conteúdo gástrico pela boca. Pode ser classificado como: alimentar, fecalóide, biliar, em jato, pós-prandial. Sinônimo de êmese. Os medicamentos que agem neste sintoma são chamados de antieméticos.
19 Ultrassonografia: Ultrassonografia ou ecografia é um exame complementar que usa o eco produzido pelo som para observar em tempo real as reflexões produzidas pelas estruturas internas do organismo (órgãos internos). Os aparelhos de ultrassonografia utilizam uma frequência variada, indo de 2 até 14 MHz, emitindo através de uma fonte de cristal que fica em contato com a pele e recebendo os ecos gerados, os quais são interpretados através de computação gráfica.
20 Tomografia computadorizada: Exame capaz de obter imagens em tons de cinza de “fatias†de partes do corpo ou de órgãos selecionados, as quais são geradas pelo processamento por um computador de uma sucessão de imagens de raios X de alta resolução em diversos segmentos sucessivos de partes do corpo ou de órgãos.
21 Ressonância magnética: Exame que fornece imagens em alta definição dos órgãos internos do corpo através da utilização de um campo magnético.
22 Embolização: Técnica que consiste em injetar, em uma artéria, material capaz de obstrui-la completamente.
23 Esteatose hepática: Esteatose hepática ou “fígado gorduroso“ é o acúmulo de gorduras nas células do fígado.
24 Hepática: Relativa a ou que forma, constitui ou faz parte do fígado.
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