Queda de cabelos - o que acontece? Por que eles caem?
O que é a queda de cabelos?
A queda de cabelos acontece quando os fios de cabelo1 se soltam de seus respectivos folículos pilosos de maneira espontânea ou mediante pequenos esforços. Em primeiro lugar, deve-se fazer distinção entre queda de cabelo1 e calvície2 que é, na verdade, uma falta congênita3 de cabelos.
Muitas pessoas “assumem” a sua calvície2 e ela passa a ser uma questão normal e não mais um motivo para desconforto e tratamentos. A queda de cabelo1, por outro lado, se constitui num problema angustiante para muitas pessoas, principalmente para as mulheres. Ela pode ser localizada ou generalizada, progressiva ou repentina, temporária ou permanente e pode acometer somente no couro cabeludo ou em quaisquer outras áreas do corpo.
Leia sobre "Calvície2 masculina" e "Calvície2 feminina".
Quais são as causas mais comuns da queda de cabelos?
A perda diária de 50 a 100 fios de cabelo1 é normal e fisiológica4, sendo que esses fios são rapidamente repostos pelo organismo. Conforme se envelhece, essa queda aumenta e a reposição já não mais a compensa integralmente. Os fios de cabelo1 vão se tornando cada vez mais finos e rarefeitos. No entanto, se a perda de cabelo1 for mais acentuada, isso pode ter alguma coisa a ver com um problema de saúde5.
A queda aumentada de cabelos é mais comum entre as mulheres e, em geral, preocupa mais a elas que aos homens. Afinal, os cabelos têm uma participação maior na estética feminina que na masculina. Além disso, as mudanças hormonais nelas podem levar mais facilmente à queda capilar6. Essas mudanças podem ocorrer durante a gravidez7, o parto ou na menopausa8.
A causa exata da perda de cabelo1 vai determinar a quantidade de cabelos perdida, a velocidade com que isso acontece e que locais do corpo sofrerão mais com a perda de fios. Isso, no entanto, não deve ser motivo para pânico, pois todos os cabelos que caem serão repostos por novos fios! Além dos problemas hormonais femininos, outros problemas médicos também podem levar à queda de cabelo1, como problemas na tireoide9, alopecia10, infecções11 no escalpe cabeludo, estresse, dietas mal balanceadas, flutuações hormonais e doenças da pele12.
Alguns medicamentos também podem causar queda do cabelo1 como principalmente os usados em quimioterapias ou em artrite13, depressão, problemas cardíacos, pressão alta e dengue14. O estresse físico ou emocional pode deflagrar o quadro de alopecia areata15, uma queda localizada de cabelo1.
Por fim, a tricotilomania, transtorno psicológico em que a pessoa arranca compulsivamente os fios com as mãos16, pode ser responsável por falhas no couro cabeludo e na barba.
Saiba mais sobre "Maneiras de lidar com o estresse", "Perigo das dietas", "Quimioterapia17", "Depressão", "Tricotilomania" e "Alopecia areata15".
Qual é o mecanismo fisiológico18 da queda de cabelos?
No total, o couro cabeludo tem mais de 100 mil fios de cabelo1. Existe uma queda e uma reposição naturais de cerca de 50 a 100 fios por dia. Certas condições genéticas ou fisiológicas19 e o envelhecimento podem acelerar essa queda e lentificar a reposição, fazendo com que os cabelos se tornem mais ralos. Algumas doenças da pele12 ou doenças sistêmicas podem fazer o mesmo efeito. Em alguns casos, a queda de cabelos é um efeito secundário de medicações.
Quais são as principais características clínicas da queda de cabelos?
A queda de cabelo1 difusa costuma ocorrer quando o corpo ou a mente estão debilitados. Os fios se soltam aleatoriamente de forma espontânea ou mediante pequenos esforços, como passar a mão20 pelos cabelos. Seja qual for a verdadeira causa dessa queda, o padrão é sempre o mesmo: a atividade da raiz do cabelo1 sofre uma perturbação que a faz degradar-se paulatinamente.
Entre os medicamentos que podem provocar queda de cabelo1 nenhum o faz tão marcantemente como alguns usados na quimioterapia17 para tratamentos de câncer21. Nestes casos, a queda de cabelo1 só se torna visível algumas semanas após o início do tratamento, mas é reversível, e pode assumir proporções devastadoras e mesmo totais. Enquanto dura, as pessoas (principalmente as mulheres) costumam encobrir a queda de cabelos com perucas e/ou uso de chapéus ou bonés.
Outra causa comum de queda localizada dos cabelos é a alopecia10 androgênica. Nesses casos, os fios da linha da testa são preservados e a mulher não ganha entradas, mas o cabelo1 da parte de trás e do alto da cabeça22 vai ficando mais ralo. Raramente, penteados, escovas, chapinhas e tinturas fazem o cabelo1 cair, se não houver outro fator contribuinte, embora possam provocar a quebra do cabelo1.
Outra situação em que os cabelos normalmente caem é logo após um parto. Algum tempo depois que o bebê nasce, os hormônios voltam ao normal e todo o cabelo1 que então não caiu, começa a cair.
Uma forma de queda localizada é a alopecia areata15. Nesse caso, a perda dos pelos é rápida e pode progredir para a alopecia10 universal. Algumas pessoas podem sentir também queimação e/ou coceira na região afetada. Embora a alopecia10 seja mais frequente no couro cabeludo, também pode ocorrer na barba, sobrancelhas23, braços e pernas.
Como o médico diagnostica a queda de cabelos?
A queda de cabelos é informada pelo próprio paciente, mas o especialista também dispõe de alguns testes que ajudam a constatá-la. Por outro lado, a observação dos cabelos ralos ou da falta de cabelos em regiões localizadas não deixa dúvidas sobre a questão.
Como o médico trata a queda de cabelos?
Como a queda de cabelo1 pode ter diversas causas, o tratamento varia de acordo com cada uma. Portanto, somente um especialista (geralmente um dermatologista) pode dizer qual a causa e o melhor tratamento em cada caso, bem como indicar a dose correta dos medicamentos e a duração do tratamento.
As notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.