Dermatofibromas - o que são?
O que são dermatofibromas?
Os dermatofibromas, também chamados de histiocitomas fibrosos benignos superficiais, são pequenos crescimentos não cancerosos arredondados e salientes na pele1.
Quais são as causas dos dermatofibromas?
Os dermatofibromas resultam de um crescimento excessivo de células2 da derme3, geralmente em reação a uma pequena lesão4 na pele1, como algum tipo de pequeno trauma, um corte, farpa ou picada de inseto. A razão por que isso acontece ainda não é conhecida.
Esses crescimentos excessivos ocorrem mais comumente em pessoas com o sistema imune5 comprometido e podem estar associados a doenças autoimunes6 ou estados imunológicos alterados, como em pacientes com infecção7 por HIV8, lúpus9, leucemia10 mieloide crônica ou que passaram por transplante de órgãos, por exemplo.
Qual é o substrato fisiológico11 dos dermatofibromas?
Os dermatofibromas são o resultado do acúmulo de colágeno12, uma proteína produzida pelos fibroblastos13, células2 que residem no tecido14 mole sob a pele1. Alguns autores sugerem que essas lesões15 sejam desencadeadas por um processo inflamatório reativo, com proliferação de fibroblastos13, desencadeada por pequenos traumas, picada de inseto ou mesmo por um pelo encravado.
Quais são as características clínicas dos dermatofibromas?
Os dermatofibromas são pequenas tumorações benignas de 0,5 a 1,0 centímetro de diâmetro, de consistência firme, bem delimitadas, ligeiramente escamosas e de coloração róseo-avermelhada ou cinza ou marrom, podendo mudar de cor ao longo do tempo. Essas lesões15 podem ser únicas ou várias ao longo do corpo.
Quase sempre são assintomáticas, embora possa haver alguma dor, prurido16 e hipersensibilidade. Esses nódulos cutâneos são comuns em adultos e raros em crianças. Ocorrem mais frequentemente em mulheres entre os 20 e os 50 anos, nas extremidades do corpo, como braços, antebraços e pernas, embora possam acontecer em qualquer lugar do corpo.
Por terem coloração acastanhada, em sua maioria, são motivo de consulta com o dermatologista, na qual os pacientes buscam saber se são pintas ou sinais17.
Há descrição de subtipos raros de dermatofibroma (celular, aneurismal, atípico ou profundo) que podem recorrer localmente em até 20% dos casos, mas que raramente causam metástases18, embora devam ser consideradas lesões15 potencialmente malignas. O tipo variante eruptivo, com a ocorrência de múltiplas lesões15, está presente em 0,3% dos casos.
Como o médico diagnostica os dermatofibromas?
O diagnóstico19 é feito durante um exame físico. Um dermatologista treinado pode identificar o crescimento por meio de um exame visual, que pode incluir dermatoscopia. Uma manobra simples ajuda a fazer o diagnóstico19: quando comprimido, um dermatofibroma vai ceder para dentro de si mesmo e não empurrar a superfície da pele1. Isso pode ajudar a fazer a diferenciação entre um dermatofibroma e outro tipo de crescimento.
Uma biópsia20 adicional pode ser solicitada para descartar outras condições, como câncer21 de pele1. O principal diagnóstico19 diferencial deve ser feito com o dermatofibrossarcoma protuberans, tumor22 maligno agressivo, que deve ser sempre excluído.
Como o médico trata os dermatofibromas?
Normalmente, os dermatofibromas não se resolvem espontaneamente. Por serem inofensivos, o tratamento é feito apenas por motivos cosméticos. As opções de tratamento incluem congelamento com nitrogênio líquido, injeção23 localizada de corticosteroide, terapia a laser e raspagem da parte superior para nivelar o crescimento com o restante da pele1. Em qualquer dos casos, ele pode voltar a crescer até que retorne ao tamanho anterior à terapia.
Um dermatofibroma pode ser removido com uma excisão cirúrgica ampliada, mas também há uma alta probabilidade de formação de cicatriz24 que pode ser considerada mais antiestética do que a própria lesão4 removida. Essa remoção não é usualmente requerida, a menos que haja alguma incerteza quanto ao diagnóstico19 ou decorrências muito perturbadoras.
Como evoluem os dermatofibromas?
O prognóstico25 é excelente se não houver presença de algum subtipo agressivo.
Leia também sobre "Câncer21 de pele1 não-melanoma26", "Melanoma26", "Pintas na pele1" e "Lesões15 pré-cancerosas da pele1".
Referências:
As informações veiculadas neste texto foram extraídas principalmente dos sites da SBD – Sociedade Brasileira de Dermatologia e da U.S. National Library of Medicine.
As notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.