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Conheça melhor o melanoma

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O que é melanoma1?

O melanoma1 é uma alteração maligna dos melanócitos2, células3 responsáveis pela produção de melanina4 e, portanto, pela coloração da pele5. É o mais grave dos tumores de pele5, pela facilidade que tem de gerar metástases6, mas felizmente representa apenas 5% deles. Além da pele5, o melanoma1 pode surgir nas membranas mucosas7, nos olhos8 e no sistema nervoso central9.

Quais são as causas do melanoma1?

O melanoma1 obedece a uma suscetibilidade genética ou a estímulos ambientais cancerígenos. Pode começar a partir da pele5 normal ou de lesões10 pigmentadas, mais frequentemente em pessoas de pele5 clara e em regiões expostas ao sol, embora possa aparecer em regiões protegidas. A pele5 clara, a exposição exagerada ao sol, história anterior de câncer11 de pele5 na pessoa ou em algum membro da família e “pintas” congênitas12 estão entre os principais fatores de risco para a doença. Outros fatores de risco são: parentes próximos com histórico da doença; exposição a produtos químicos cancerígenos, presença de pintas atípicas; sistema imunológico13 enfraquecido.

Quais são os sinais14 e sintomas15 do melanoma1?

Em geral (mas nem sempre), o melanoma1 surge a partir de uma pinta antiga que passa a assumir características malignas. No início, pode não apresentar outros sinais14 ou sintomas15, mas com a evolução podem ocorrer aparecimento de dor, coceiras, ulcerações16, sangramentos e inflamações17 e, além de manchas, eles podem apresentar-se sob a forma de nódulos.

O sinal18 ABCD é uma importante ajuda no diagnóstico19:

A – assimetria das lesões10.

B – bordas irregulares.

C – coloração variada.

D – diâmetro superior a seis milímetros.

Quando a lesão20 deixa de ser plana e começa a fazer elevação sobre a pele5, significa que ela também está se aprofundando, o que é um sinal18 de gravidade.

Como o médico diagnostica o melanoma1?

O diagnóstico19 começa por uma detalhada história clínica e pela observação direta das lesões10. As lesões10 inicialmente são restritas à camada superficial da pele5 e à medida que progridem vão se aprofundando, aumentando de tamanho, apresentando mudança de cores, formação de feridas e crostas, sangramento e coceira. Quanto mais profundo, mais aumentam os riscos de metástases6.

As lesões10 dos melanomas vão aumentando gradativamente, costumam ter formatos irregulares, bordas borradas e colorações que variam do preto ao vermelho. A biópsia21 direta da lesão20 ou de um gânglio22 sentinela é um exame importante para confirmar o diagnóstico19.

Qualquer “pinta” na pele5, principalmente em pessoas de pele5 clara, deve ser examinada por um dermatologista.

Como o médico trata o melanoma1?

Dependendo de fatores como o estágio em que se encontra a doença, a idade do paciente e seu estado geral de saúde23, o tratamento do melanoma1 pode ser feito por meio de cirurgia, quimioterapia24 ou radioterapia25, isoladamente ou em combinação.

Como prevenir o melanoma1?

  • Examine periodicamente a sua pele5, à busca de qualquer alteração. O paciente é a pessoa mais indicada para perceber o que modificou em sua pele5. O dermatologista é o médico que deve ser procurado para avaliar tais alterações.
  • Evite expor-se ao sol entre as 10 horas e às 16 horas. Quando for necessário expor-se, em qualquer horário, use sempre filtro solar.
  • Em situações cotidianas, use blusa de manga comprida, chapéu, guarda-sol e óculos de sol para se proteger.
  • Evite utilizar câmaras de ultravioleta para se bronzear.

Se o melanoma1 não puder ser prevenido, algumas medidas podem evitar o seu agravamento: ficar atento para o aparecimento de sinais14 novos na pele5 ou para modificações de sinais14 antigos, como mudanças de cor ou de tamanho, sangramento, coceira e inflamação26.

Como evolui o melanoma1?

Quando diagnosticado no início, o melanoma1 pode ser curado. Lesões10 de até quatro milímetros apresentam boas chances de cura. Se for descoberto quando já estiver profundo, a doença geralmente já está disseminada.

Quem já apresentou o melanoma1 uma vez, têm mais riscos de apresentá-lo de novo.

ABCMED, 2012. Conheça melhor o melanoma. Disponível em: <https://www.abc.med.br/p/pele-saudavel/319540/conheca-melhor-o-melanoma.htm>. Acesso em: 15 out. 2024.
Nota ao leitor:
As notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.

Complementos

1 Melanoma: Neoplasia maligna que deriva dos melanócitos (as células responsáveis pela produção do principal pigmento cutâneo). Mais freqüente em pessoas de pele clara e exposta ao sol.Podem derivar de manchas prévias que mudam de cor ou sangram por traumatismos mínimos, ou instalar-se em pele previamente sã.
2 Melanócitos: Células da pele que produzem o pigmento melanina.
3 Células: Unidades (ou subunidades) funcionais e estruturais fundamentais dos organismos vivos. São compostas de CITOPLASMA (com várias ORGANELAS) e limitadas por uma MEMBRANA CELULAR.
4 Melanina: Cada uma das diversas proteínas de cor marrom ou preta, encontrada como pigmento em vegetais e animais.
5 Pele: Camada externa do corpo, que o protege do meio ambiente. Composta por DERME e EPIDERME.
6 Metástases: Formação de tecido tumoral, localizada em um lugar distante do sítio de origem. Por exemplo, pode se formar uma metástase no cérebro originário de um câncer no pulmão. Sua gravidade depende da localização e da resposta ao tratamento instaurado.
7 Mucosas: Tipo de membranas, umidificadas por secreções glandulares, que recobrem cavidades orgânicas em contato direto ou indireto com o meio exterior.
8 Olhos:
9 Sistema Nervoso Central: Principais órgãos processadores de informação do sistema nervoso, compreendendo cérebro, medula espinhal e meninges.
10 Lesões: 1. Ato ou efeito de lesar (-se). 2. Em medicina, ferimento ou traumatismo. 3. Em patologia, qualquer alteração patológica ou traumática de um tecido, especialmente quando acarreta perda de função de uma parte do corpo. Ou também, um dos pontos de manifestação de uma doença sistêmica. 4. Em termos jurídicos, prejuízo sofrido por uma das partes contratantes que dá mais do que recebe, em virtude de erros de apreciação ou devido a elementos circunstanciais. Ou também, em direito penal, ofensa, dano à integridade física de alguém.
11 Câncer: Crescimento anormal de um tecido celular capaz de invadir outros órgãos localmente ou à distância (metástases).
12 Congênitas: 1. Em biologia, o que é característico do indivíduo desde o nascimento ou antes do nascimento; conato. 2. Que se manifesta espontaneamente; inato, natural, infuso. 3. Que combina bem com; apropriado, adequado. 4. Em termos jurídicos, é o que foi adquirido durante a vida fetal ou embrionária; nascido com o indivíduo. Por exemplo, um defeito congênito.
13 Sistema imunológico: Sistema de defesa do organismo contra infecções e outros ataques de micro-organismos que enfraquecem o nosso corpo.
14 Sinais: São alterações percebidas ou medidas por outra pessoa, geralmente um profissional de saúde, sem o relato ou comunicação do paciente. Por exemplo, uma ferida.
15 Sintomas: Alterações da percepção normal que uma pessoa tem de seu próprio corpo, do seu metabolismo, de suas sensações, podendo ou não ser um indício de doença. Os sintomas são as queixas relatadas pelo paciente mas que só ele consegue perceber. Sintomas são subjetivos, sujeitos à interpretação pessoal. A variabilidade descritiva dos sintomas varia em função da cultura do indivíduo, assim como da valorização que cada pessoa dá às suas próprias percepções.
16 Ulcerações: 1. Processo patológico de formação de uma úlcera. 2. A úlcera ou um grupo de úlceras.
17 Inflamações: Conjunto de processos que se desenvolvem em um tecido em resposta a uma agressão externa. Incluem fenômenos vasculares como vasodilatação, edema, desencadeamento da resposta imunológica, ativação do sistema de coagulação, etc. Quando se produz em um tecido superficial (pele, tecido celular subcutâneo) pode apresentar tumefação, aumento da temperatura local, coloração avermelhada e dor (tétrade de Celso, o cientista que primeiro descreveu as características clínicas da inflamação).
18 Sinal: 1. É uma alteração percebida ou medida por outra pessoa, geralmente um profissional de saúde, sem o relato ou comunicação do paciente. Por exemplo, uma ferida. 2. Som ou gesto que indica algo, indício. 3. Dinheiro que se dá para garantir um contrato.
19 Diagnóstico: Determinação de uma doença a partir dos seus sinais e sintomas.
20 Lesão: 1. Ato ou efeito de lesar (-se). 2. Em medicina, ferimento ou traumatismo. 3. Em patologia, qualquer alteração patológica ou traumática de um tecido, especialmente quando acarreta perda de função de uma parte do corpo. Ou também, um dos pontos de manifestação de uma doença sistêmica. 4. Em termos jurídicos, prejuízo sofrido por uma das partes contratantes que dá mais do que recebe, em virtude de erros de apreciação ou devido a elementos circunstanciais. Ou também, em direito penal, ofensa, dano à integridade física de alguém.
21 Biópsia: 1. Retirada de material celular ou de um fragmento de tecido de um ser vivo para determinação de um diagnóstico. 2. Exame histológico e histoquímico. 3. Por metonímia, é o próprio material retirado para exame.
22 Gânglio: 1. Na anatomia geral, é um corpo arredondado de tamanho e estrutura variável; nodo, nódulo. 2. Em patologia, é um pequeno tumor cístico localizado em uma bainha tendinosa ou em uma cápsula articular, especialmente nas mãos, punhos e pés.
23 Saúde: 1. Estado de equilíbrio dinâmico entre o organismo e o seu ambiente, o qual mantém as características estruturais e funcionais do organismo dentro dos limites normais para sua forma de vida e para a sua fase do ciclo vital. 2. Estado de boa disposição física e psíquica; bem-estar. 3. Brinde, saudação que se faz bebendo à saúde de alguém. 4. Força física; robustez, vigor, energia.
24 Quimioterapia: Método que utiliza compostos químicos, chamados quimioterápicos, no tratamento de doenças causadas por agentes biológicos. Quando aplicada ao câncer, a quimioterapia é chamada de quimioterapia antineoplásica ou quimioterapia antiblástica.
25 Radioterapia: Método que utiliza diversos tipos de radiação ionizante para tratamento de doenças oncológicas.
26 Inflamação: Conjunto de processos que se desenvolvem em um tecido em resposta a uma agressão externa. Incluem fenômenos vasculares como vasodilatação, edema, desencadeamento da resposta imunológica, ativação do sistema de coagulação, etc.Quando se produz em um tecido superficial (pele, tecido celular subcutâneo) pode apresentar tumefação, aumento da temperatura local, coloração avermelhada e dor (tétrade de Celso, o cientista que primeiro descreveu as características clínicas da inflamação).
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