Câncer de pele não-melanoma: o que saber sobre ele?
Algumas considerações sobre o câncer1 de pele2 não-melanoma3
As alterações malignas da pele2 constituem o tipo de câncer1 mais comum na espécie humana e representa mais da metade dos diagnósticos de câncer1. Basicamente, há dois tipos de câncer1 de pele2, os melanomas e os não-melanomas. O melanoma3 é sempre maligno e apesar de ser o tipo mais agressivo e mais grave, é pouco frequente (5% dos tipos de câncer1 da pele2). Origina-se nos melanócitos4, células5 responsáveis pelas pintas pretas na pele2. No Brasil, o câncer1 de pele2 não-melanoma3 é a condição maligna mais frequente, correspondendo a 25% de todos as ocorrências malignas. Desde que detectado precocemente apresenta altos percentuais de cura, devido à facilidade com que pode ser feito um diagnóstico6 precoce. Entre os tumores de pele2, o tipo não-melanoma3 é o de maior incidência7 e de mais baixa mortalidade8. O câncer1 de pele2 não-melanoma3 pode apresentar tumores de diferentes linhagens, sendo os mais frequentes o carcinoma9 basocelular (70% dos diagnósticos) e o carcinoma9 epidermoide (25% dos casos). O carcinoma9 basocelular, apesar de mais incidente10, é também o menos agressivo dos dois.
Quais são os tipos de câncer1 de pele2 não-melanoma3?
Há vários tipos de câncer1 de pele2 não-melanoma3, mas os dois principais são:
- Carcinoma9 basocelular: degeneração11 maligna das células5 basais da epiderme12. Constitui 75% dos casos de câncer1 de pele2 e incide mais nas pessoas idosas, embora possa acontecer em jovens que se expõe muito fortemente ao sol.
- Carcinoma9 espinocelular: origina-se na camada externa da epiderme12 e constitui 20% do total de casos. Geralmente aparece no rosto, orelha13, lábios, pescoço14 e no dorso15 da mão16.
- Outros tipos: representam apenas 1% do total de casos de câncer1 da pele2. Entre eles estão o sarcoma de Kaposi17, o carcinoma9 de células5 de Merkel e o linfoma18 cutâneo19.
Quais são as causas do câncer1 de pele2 não-melanoma3?
Entre as causas do câncer1 de pele2 não-melanoma3 a genética desempenha um papel importante. O câncer1 de pele2 não-melanoma3 incide mais em pessoas acima dos 40 anos. A exposição ao sol parece induzir fortemente a ele. As pessoas de pele2 clara, mais sensíveis, ou aquelas com doenças cutâneas20 prévias são as principais vítimas. Uma atenção especial deve ser dedicada às seguintes pessoas:
- Albinas ou de pele2 clara.
- Com histórico de câncer1 de pele2.
- Com história de câncer1 de pele2 entre seus familiares.
- Imunodeprimidas.
- Que se expõem ao sol excessivamente ou sem a devida proteção.
- Que apresentam várias pintas na pele2.
- Que possuem cicatrizes21 que apresentam ulcerações22 frequentes.
O câncer1 de pele2 pode surgir em qualquer pessoa. Mesmo pessoas jovens, saudáveis e de pele2 escura podem ser acometidas por ele, embora isso seja menos frequente. A doença costuma manifestar-se mesmo muitos anos após a exposição aos fatores de risco ter cessado.
Quais são os principais sinais23 e sintomas24 do câncer1 de pele2 não-melanoma3?
Toda lesão25 na pele2 que não cicatriza em prazo razoável e que apresenta sangramento, deve ser considerada suspeita. No entanto, devem ser vistas com especial cuidado lesões26 que apresentem assimetria, bordas irregulares, cor variando entre bronzeada, marrom ou preta (mais raramente branca, vermelha e azul), de diâmetro maior que seis milímetros. Os sinais23 cutâneos do câncer1 de pele2, na dependência do seu tipo e localização, podem ser pequenos; brilhantes; lisos; escamosos e ásperos; firmes e avermelhados; com crostas ou sangramentos ou, ainda, possuir outros aspectos.
O carcinoma9 basocelular afeta principalmente o rosto e o pescoço14. Desenvolve-se lentamente e dificilmente se espalha para outras áreas do corpo, mas exige tratamento mesmo assim.
O carcinoma9 espinocelular pode também surgir de cicatrizes21 antigas ou feridas crônicas da pele2 em qualquer parte do corpo e até nos órgãos genitais. Ele encerra um risco maior que o carcinoma9 basocelular de se espalhar.
Como o médico diagnostica o câncer1 de pele2 não-melanoma3?
É importante uma história médica cuidadosa e um exame físico minucioso. As primeiras suspeitas de câncer1 de pele2 são visuais e surgem da inspeção27 das lesões26:
- Surgimento de nódulo28 de crescimento lento, porém progressivo.
- Pinta na pele2 de crescimento progressivo, que mude de coloração, tamanho, consistência, etc.
- Ferida que não cicatriza espontaneamente em prazo razoável.
- Mancha, mesmo antiga, que mude de cor, espessura ou tamanho.
Uma dermatoscopia (exame realizado pelo dermatologista com o auxílio de um aparelho chamado dermatoscópio) e biópsia29 de pele2 devem ser realizadas, se necessário. O dermatoscópio é um aparelho que amplia a lesão25 cutânea30 em até dez vezes, permitindo uma melhor visualização dela.
Como o médico trata o câncer1 de pele2 não-melanoma3?
Os diferentes tipos de câncer1 de pele2 exigem abordagens terapêuticas diferentes, mas a remoção cirúrgica deles quase sempre está incluída. Como se trata de lesões26 localizadas na superfície do corpo o procedimento costuma ser simples. Associadamente podem ser usadas medicações tópicas e radioterapia31.
Como evolui o câncer1 de pele2 não-melanoma3?
O resultado do tratamento do câncer1 de pele2 não-melanoma3 depende de diversos fatores, inclusive do tipo do tumor32 e do estágio em que se encontra no momento do diagnóstico6.
O carcinoma9 basocelular dificilmente se espalha, ficando in situ33 mesmo que cresça muito.
Pessoas que tiveram um câncer1 de pele2, de qualquer tipo, podem voltar a ter um novo tumor32 nos próximos anos e por isso devem fazer um acompanhamento permanente com um dermatologista.
Como prevenir o câncer1 de pele2 não-melanoma3?
A melhor maneira de evitar o câncer1 de pele2 é reduzir a exposição ao sol, principalmente entre as 10 e 16 horas ou, se isso for impossível, aplicar protetor solar de grau adequado a cada 30 minutos, mesmo fora desse período.
As notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.