Nevos cutâneos
O que são nevos1 cutâneos?
Nevo2 é um termo médico inespecífico para uma lesão3 circunscrita e crônica da pele4 ou da mucosa5. O termo procede da palavra nævus, que em latim significa “marca de nascença”. Entretanto, um nevo2 pode ser congênito6 (presente desde o nascimento) ou adquirido posteriormente.
De maneira geral e mais popular, eles são referidos como manchas na pele4, sem distinção dos tipos específicos delas. Tecnicamente, os nevos1 são pequenos tumores cutâneos, geralmente escuros, que se desenvolvem a partir das células7 produtoras de pigmento da pele4, os melanócitos8.
Tipos de nevos1 cutâneos
Três dos nevos1 cutâneos mais frequentes são:
- Nevos1 melanocíticos, também chamados de nevos1 comuns, que são pequenas manchas marrons regulares na pele4, salientes ou não, popularmente conhecidos por pintas ou sinais9.
- Nevos1 atípicos ou displásicos, que são nevos1 não usuais, maiores e de formatos mais irregulares, podendo possuir vários tons de cores.
- Nevo2 rubi, que é um tipo de angioma10 de pele4 que aparece na vida adulta como uma pinta vermelha e que pode aumentar de tamanho e quantidade com o envelhecimento.
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Quais são as causas dos nevos1 cutâneos?
A maioria dos nevos1 melanocíticos surge em decorrência da genética e da exposição solar. Os nevos1 atípicos também são hereditários e pessoas com histórico familiar de melanoma12 são mais propensas a desenvolvê-lo. O nevo2 rubi também possui origem genética e se relaciona a fatores como envelhecimento e exposição ao sol.
Quais são as características clínicas dos nevos1 cutâneos?
Praticamente todas as pessoas adultas têm entre 10 e 40 pintas comuns, localizadas acima da cintura, em áreas expostas ao sol. Raramente esses nevos1 são encontrados no couro cabeludo, nos seios13 ou nas nádegas14. Não provocam dor nem coceira, costumam ser menores de 5 milímetros de largura, de forma redonda ou oval, e tem uma superfície lisa com bordas bem demarcadas. Às vezes, são salientes e têm forma de cúpula.
Geralmente têm uma cor uniforme, rosa, castanho ou castanho escuro. Pessoas de pele4 ou cabelo15 escuro tendem a ter manchas mais escuras do que pessoas com pele4 clara e cabelo15 loiro. Embora essas manchas possam estar presentes no nascimento, costumam aparecer mais tarde na infância. A maioria das pessoas continua a desenvolver novas pintas até os 40 anos de idade. Em pessoas mais velhas, as manchas comuns tendem a desaparecer.
Os nevos1 displásicos são maiores do que os nevos1 comuns e podem apresentar irregularidade do formato ou coloração, muito parecidos com um melanoma12 inicial.
Os nevos1 rubis são bastante frequentes e não representam riscos para a saúde16, no entanto, se houver sangramento, deve-se procurar um dermatologista para fazer um diagnóstico17 mais preciso. Normalmente ele surge em locais de pouca visualização, como couro cabeludo e costas18, mas também pode estar presente no tronco e rosto, embora com menos frequência. É a principal doença de pele4 do idoso e não apresenta sintomas19.
A transformação dos nevos1 em melanoma12 inicial não apresenta sintomas19, por isso, qualquer mudança em pintas suspeitas é sinal20 para procurar o dermatologista. São sinais9 de aviso o sangramento nas pintas, a formação de “casquinhas” ou pequenas úlceras21, inchaços e mudança de cor para vermelho, preto ou azulado.
Como o médico diagnostica os nevos1 cutâneos?
Os nevos1 podem ser facilmente reconhecidos por simples inspeção22 devido ao seu aspecto característico. Porém, os nevos1 às vezes podem crescer e se tornar ou se parecer com melanomas. Em casos de dúvidas quanto à natureza benigna ou maligna deles, o nevo2 suspeito deve ser removido e encaminhado para biópsia23.
Para tentar estabelecer uma distinção clínica com o melanoma12, o médico pode se valer do ABCDE do melanoma12, que o recorda das seguintes características do tumor24 maligno:
- Assimetria do tumor24: uma metade não se parece com a outra.
- Bordas irregulares, borradas, não bem definidas e lisas.
- Cores atípicas, mais escuras que os outros nevos1 da pessoa.
- Diâmetro maior que 6 milímetros.
- Evolução: um nevo2 novo em pessoa acima de 30 anos ou um nevo2 com alterações.
A própria pessoa deve ficar atenta aos seguintes detalhes e procurar o médico tão logo observe qualquer deles:
- Mudança de cor.
- Mudança de tamanho - o tumor24 fica menor ou maior.
- Mudança de forma, textura ou altura.
- A pele4 na superfície se torna seca e/ou escamosa25.
- O tumor24 se torna duro e de aparência irregular.
- A lesão3 começa a coçar.
- A lesão3 sangra ou goteja.
Como o médico trata os nevos1 cutâneos?
A maioria dos nevos1 são benignos e não exige tratamento, a não ser que causem alguma insatisfação estética, quando podem ser removidos com um procedimento cirúrgico simples, feito no próprio consultório.
No entanto, os nevos1 que mudam significativamente suas características devem ser analisados por meio de biópsia23 para verificar-se a possível presença de malignidade. Quando o nevo2 se torna maligno, pode ser necessário realizar mais uma cirurgia para extrair a pele4 que o circunda.
Veja também sobre "Lesões26 pré-cancerosas da pele4", "Câncer11 de pele4 não-melanoma12", "Melanomas" e "Câncer11 de pele4".
Referências:
As informações veiculadas neste texto foram extraídas principalmente dos sites do National Cancer Institute e da SBD – Sociedade Brasileira de Dermatologia.
As notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.