Fratura exposta - o que é? Quais os primeiros socorros? Como tratar? O que esperar na evolução?
O que é fratura1 exposta?
As fraturas expostas, também chamadas fraturas abertas, são aquelas em que o osso quebrado rompe os músculos2 e a pele3 e fica exposto. Nestes casos, mais complexos e graves, o ferimento no local da fratura1 está em contato direto com o meio ambiente e, se não for rapidamente tratado, pode dar origem a infecções4 e deficiências.
Quais são as causas da fratura1 exposta?
Na maioria das vezes, esta ferida aberta é causada por um fragmento5 de osso que rompe a pele3 (e, eventualmente, os músculos2) no momento da lesão6. Em geral, é causada por algum tipo de evento de alta energia como, por exemplo, um tiro ou um acidente de automóvel. Esses pacientes, na maioria das vezes, apresentam outras lesões7 em outras partes do corpo. Uma fratura1 aberta também pode resultar de um incidente8 de baixa energia, como uma queda simples em casa ou uma lesão6 em esportes.
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Quais são as principais características clínicas da fratura1 exposta?
A gravidade das fraturas abertas varia amplamente, podendo ir desde uma perda óbvia de pele3 e músculos2 com o osso da ferida ficando à mostra, até casos em que a ferida não é maior que uma punção. A gravidade de uma fratura1 aberta depende de fatores como o tamanho e número dos fragmentos9 ósseos da fratura1, os danos aos tecidos moles circundantes, a localização da ferida e se os tecidos moles da área têm ou não um bom suprimento de sangue10.
Até certo ponto, o cenário em que ocorre uma fratura1 aberta afetará o grau de contaminação que ela terá. Conhecer a situação em que ocorreu a lesão6 pode ajudar o médico a determinar o tratamento mais adequado. Em qualquer caso, fraturas expostas representam um risco iminente de infecção11. E a infecção11 óssea pode ser difícil de tratar! O paciente pode requerer antibióticos por longo prazo e vários procedimentos cirúrgicos.
Como o médico diagnostica a fratura1 exposta?
O médico deverá pedir radiografias para ajudar a determinar a extensão da fratura1. As radiografias mostrarão o número de rupturas no osso, bem como a posição e grau de separação e deslocamento dos fragmentos9 ósseos. Se mais informações forem necessárias, uma tomografia computadorizada12 ou outro tipo de estudo por imagem também podem ser solicitados.
Primeiros socorros em casos de fratura1 exposta
Os primeiros socorros em caso de fratura1 exposta são prestados por pessoas leigas, antes de qualquer assistência médica, e os seguintes procedimentos devem ser adotados:
- Dizer à vítima para procurar permanecer quieta, sem se mexer.
- Não tocar ou permitir que se toque no ferimento.
- Não tentar colocar o osso no lugar.
- Procurar estancar qualquer hemorragia13 fazendo um torniquete antecedendo o ferimento ou aplicando uma bandagem.
- Se o ferimento estiver muito contaminado com sujeira, limpá-lo usando apenas água e soro14 fisiológico15.
- Cobrir o local da fratura1 exposta com uma gaze ou qualquer outro pano limpo, de preferência estéril, com cuidado para não mover o osso fraturado.
- Fixar o curativo firmemente com uma cinta ou uma faixa de pano.
- Manter o membro fraturado estabilizado e num nível mais elevado que o resto do corpo.
- Providenciar assistência médica de urgência16.
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Como o médico trata a fratura1 exposta?
A fratura1 exposta deve ser tratada o mais imediatamente possível pelo médico ortopedista, para evitar uma infecção11 no osso ou no ferimento e prevenir possíveis sequelas17. Por esta razão, o tratamento precoce de uma fratura1 aberta se concentra na prevenção da infecção11 no local da lesão6. De início, o médico fará uma avaliação para verificar se há outras lesões7, se há danos nos tecidos moles, nos nervos e na circulação18. Ele vai querer saber como ocorreu a lesão6 e perguntará sobre o histórico médico do paciente.
É importante fazer a cirurgia o mais rápido possível para que a ferida aberta possa ser limpa para ajudar a prevenir a infecção11. Dependendo da lesão6 específica, o paciente receberá anestesia19 regional ou geral durante este procedimento. A ferida então deverá ser lavada ou irrigada com vários litros de solução salina. Uma vez que a ferida tenha sido limpa, o médico avaliará a fratura1 e estabilizará os ossos.
Com uma fixação interna, o médico coloca implantes de metal (placas20, hastes ou parafusos) na superfície ou dentro do osso fraturado. Esses implantes manterão a posição do osso e manterão juntos os seus fragmentos9 enquanto a fratura1 se cura. Após a fixação interna, o membro lesionado será imobilizado até a cura da fratura1.
O paciente receberá antibióticos para ajudar a prevenir infecções4. Se a ferida e ossos quebrados ainda não estiverem prontos para um implante21 permanente, o médico poderá aplicar fixação externa ao membro lesionado. Nesta operação, o médico insere parafusos de metal ou pinos no osso acima e abaixo do local da fratura1. Os pinos e parafusos projetam-se para fora da pele3, onde estão presos a barras de metal ou de fibra de carbono. Na maioria dos casos, um fixador externo é mantido apenas até que seja seguro executar a fixação interna.
Como geralmente evolui uma fratura1 exposta?
Pacientes com condições médicas especiais, como diabetes22 ou doença vascular periférica23, podem experimentar uma recuperação mais lenta. É comum ter rigidez, desconforto e fraqueza por vários meses após uma lesão6. O médico discutirá com o paciente suas relações entre a evolução de sua lesão6 e suas atividades da vida diária, incluindo seu trabalho, responsabilidades familiares e atividades recreativas.
O sucesso do tratamento de uma fratura1 aberta depende muito da fisioterapia24 para ajudar a restaurar a força muscular, o movimento articular e a flexibilidade. Em casos extremos em que a infecção11 não pode ser curada e a vida do paciente está ameaçada, a amputação25 pode ser necessária.
Quais são as complicações possíveis da fratura1 exposta?
A infecção11 é a complicação mais comum das fraturas expostas. Ela pode ocorrer precocemente durante a cicatrização ou muito mais tarde, após a cicatrização da ferida e da fratura1. Uma infecção11 óssea pode se tornar crônica (osteomielite26) e levar a novas cirurgias. Algumas fraturas expostas podem ter dificuldade de cicatrização devido a danos no suprimento de sangue10 ao redor do osso no momento da lesão6. Se o osso não cicatrizar, uma nova cirurgia, incluindo enxerto27 ósseo no local da fratura1 e repetição da fixação interna, pode ser necessária.
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Referências:
As informações veiculadas neste texto foram extraídas em parte dos sites da Cleveland Clinic, da Stanford Health Care e do National Health Service do Reino Unido.
As notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.