Ablação cardíaca
O que é ablação1 cardíaca?
A ablação1 cardíaca, também conhecida por ablação1 por cateter ou ablação1 por radiofrequência, é um procedimento utilizado para corrigir problemas de ritmo cardíaco (arritmias2). Com vistas a esse fim, usa o calor ou o frio para destruir pequenas áreas de tecido3 cardíaco e criar pequenas cicatrizes4 no coração5 para bloquear sinais6 elétricos irregulares e restaurar o batimento cardíaco típico.
Existem dois tipos distintos de ablação1: (1) por radiofrequência e (2) por crioablação. A indicação de uma ou outra cabe ao especialista no tratamento de arritmias2, com base no quadro clínico do paciente.
A técnica de aplicação de ambas é mais ou menos a mesma. A diferença entre elas é que a ablação1 por radiofrequência cauteriza com calor os focos de arritmia7, enquanto a crioablação congela esses focos com uma temperatura de 50 graus Celsius negativos.
Por que fazer ablação1 cardíaca?
A ablação1 cardíaca é um procedimento usado para corrigir problemas de ritmo cardíaco (arritmias2), mas nem todas as pessoas com arritmia7 necessitam dela. Em geral, ela só é aconselhada para as pessoas que não conseguem controlar a arritmia7 com medicações. Há pacientes com arritmias2 que não são bons candidatos para a ablação1 e outros que devem ser tratados preferentemente por ela, em virtude dos bons resultados obtidos em certos tipos de arritmias2.
Normalmente, os sinais6 elétricos que fazem com que o coração5 se contraia seguem um caminho específico através do coração5. Qualquer interrupção nessa via de condução do impulso pode desencadear uma contração (batimento) cardíaca irregular. Como dito, certos tipos de arritmias2 respondem muito bem à ablação1, mas o médico pode também recomendá-la em outros casos: se o paciente já tentou o tratamento medicamentoso sem sucesso, se teve efeitos colaterais8 graves de medicamentos ou se tem um alto risco de complicações das arritmias2, como parada cardíaca súbita, por exemplo.
Em bebês9 diagnosticados com arritmias2 congênitas10, a ablação1 cardíaca, se houver indicação, pode ser feita logo após o nascimento, em especial em bebês9 que possam apresentar complicações para o bom funcionamento do seu coração5 e do seu desenvolvimento.
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Como é feita a ablação1 cardíaca?
O procedimento é uma técnica minimamente invasiva e deve ser feito num departamento de eletrofisiologia onde o paciente receba uma sedação12 leve ou uma anestesia13 geral, conforme o caso, e possa ser monitorado de modo ininterrupto. É considerada uma opção de tratamento eficaz para pessoas com arritmias2 cardíacas que não respondem a medicamentos ou outros tipos de terapia.
Alguns dias antes do procedimento, o paciente não deve tomar nenhuma medicação que dificulte a coagulação14 sanguínea, devendo interromper o uso do anticoagulante15 que eventualmente esteja tomando. É importante que o paciente ouça seu médico a respeito disso. O paciente também deve manter-se em jejum de pelo menos 8-10 horas antes do procedimento.
Durante a ablação1 cardíaca, um cateter é inserido em uma veia da perna (geralmente na virilha) ou do braço e guiado até o coração5. O cateter é equipado com um eletrodo na ponta, que emite uma corrente de radiofrequência que destrói as células16 do tecido3 cardíaco que estão gerando os sinais6 elétricos anormais responsáveis pela arritmia7. Uma outra técnica de ablação1 é a crioablação. Essa ablação1 cardíaca a frio é um procedimento médico que envolve o uso de um cateter para aplicar um frio extremo em áreas do coração5 que estão causando arritmias2 cardíacas. Menos comumente, a ablação1 pode ser realizada também durante uma cirurgia cardíaca.
Nos procedimentos mais comuns de ablação1, os cateteres (longos tubos finos e flexíveis) introduzidos através das veias17 chegam ao coração5 guiados de fora pelo médico com a utilização de imagens de raios-X em tempo real. De lá, é dirigido para os pontos específicos onde devem ser realizadas as intervenções. Então, é disparada uma carga de energia de radiofrequência ou frio que produz a morte de uma pequena fração do tecido3 mal funcionante. A maioria das pessoas não sente dor durante o procedimento e apenas pode sentir um pequeno desconforto no tórax18.
A recuperação da ablação1 por cateter geralmente é rápida e completa. Após a ablação1, o paciente deve permanecer internado por 48 horas, em média, caso não haja intercorrências. Devem ser observados cuidados com o local da punção para minimizar o risco de complicações. O uso de medicamentos específicos é aconselhado para reduzir o risco de recorrência19 da arritmia7, prevenir os tromboembolismos, proteger o esôfago20, etc.
No caso de ter sido usada radiofrequência, é aconselhável proceder-se a uma endoscopia21 no dia seguinte ao procedimento, devido ao aquecimento esofágico e risco de queimadura da sua mucosa22. Nos dias seguintes ao procedimento, o paciente pode sentir sintomas23 como desconforto ou dor leve no peito24 ou hematomas25 na área onde o cateter foi inserido. Podem ocorrer também alguns batimentos cardíacos irregulares, mas quase sempre a maioria das pessoas está apta para retornar às suas atividades normais dentro de uns 7 dias.
Quais são os riscos e complicações possíveis com a ablação1 cardíaca?
Em geral, os riscos com a ablação1 cardíaca são muito baixos. Contudo, como todo procedimento médico, existem potenciais complicações, que no caso incluem sangramentos, infecções26, arritmias2 e danos às valvas cardíacas. Existe ainda o risco, embora pequeno, de acidente vascular cerebral27 ou ataque cardíaco.
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Referências:
As informações veiculadas neste texto foram extraídas principalmente dos sites da Mayo Clinic, da Johns Hopkins Medicine e da Cleveland Clinic.
As notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.