Parada cardiorrespiratória: o que fazer?
O que é parada cardiorrespiratória?
Parada cardiorrespiratória (PCR1) é o momento em que cessam os batimentos cardíacos e a pessoa para de respirar. Com isso, a circulação2 sanguínea sofre uma parada e o indivíduo perde a consciência dentro de dez a quinze segundos. A parada cardíaca pode também ocorrer sozinha, sem parada respiratória.
Quais são as causas da parada cardiorrespiratória?
Várias causas podem levar à parada cardiorrespiratória, como hemorragias3, acidentes, choque4 séptico, doenças cardíacas ou neurológicas, infecções5 respiratórias, drogas, choques elétricos, asfixia6, afogamento, intoxicação por medicamentos e monóxido de carbono7, sufocamento, etc.
Quais são as consequências da parada cardiorrespiratória?
Em cerca de três minutos da parada cardiorrespiratória começa a haver lesão8 cerebral e após cerca de dez minutos as chances de ressuscitação são praticamente nulas.
Quais são os principais sinais9 e sintomas10 da parada cardiorrespiratória?
Na parada cardiorrespiratória há ausência de pulsação e de movimentos respiratórios e dilatação das pupilas. Nos poucos segundos de consciência, o paciente sentirá dores no peito11, falta de ar, palpitação12, suores frios, tonteira, visão13 turva, etc.
O que fazer na parada cardiorrespiratória?
A parada cardiorrespiratória é sempre uma situação muito grave e de muita urgência14, requerendo manobras imediatas de ressuscitação que devem ser realizadas por uma pessoa da equipe de saúde15 se o paciente encontra-se internado num hospital ou que devem ser iniciadas por um leigo, se ele não está num hospital, até a chegada de socorro especializado. As manobras de ressuscitação incluem respiração boca16-a-boca16 e reanimação cardíaca.
Se a vítima não estiver respirando deve-se iniciar a respiração boca16-a-boca16.
Respiração boca16-a-boca16
Deite a vítima sobre uma superfície rígida, com a cabeça17 ligeiramente voltada para trás, de forma que o pescoço18 fique esticado; abaixe a língua19 da vítima e certifique-se de que as vias respiratórias dela estejam desobstruídas; feche completamente o nariz20 da vítima, pressionando-o com o polegar e o indicador, em forma de pinça; encha os seus pulmões21 de ar; aplique firmemente seus lábios sobre a boca16 da vítima e sopre o ar que você inalou para dentro da boca16 dela. Repita este ato em uma frequência de 10 a 12 vezes por minuto. Faça isso até que a vítima volte a respirar ou que chegue o socorro. As ventilações devem durar dois segundos cada uma.
Se a vítima não voltou a respirar, verifique se há circulação2 (batimentos cardíacos). Se não houver, inicie a reanimação cardíaca.
Reanimação cardíaca
Deite a vítima sobre uma superfície rígida, com as pernas levantadas; coloque uma das mãos22 sobre o peito11 da vítima, mais ou menos sobre o coração23; coloque a outra mão24 sobre a primeira, entrelaçando os dedos; alternativamente, pressione com força e alivie a pressão, fazendo o osso esterno25 rebaixar-se por quatro a cinco centímetros; repita esse ato cerca de oitenta vezes por minuto, até que o coração23 volte a bater ou até que chegue o socorro. Nos casos em que a vítima também não esteja respirando, alterne quinze compressões cardíacas, com duas respirações boca16-a-boca16 (ventilação26). Os braços do socorrista devem ficar em extensão durante a manobra, ou seja, as articulações27 dos cotovelos devem permanecer fixas, sem dobrar, transmitindo o peso dos ombros e do tronco do socorrista para a vítima.
Com um socorrista apenas, a alternância deve ser de quinze compressões para duas ventilações; caso haja dois socorristas, um se encarregará da ventilação26 e o outro da compressão cardíaca, com alternância de cinco compressões cardíacas para cada ventilação26.
Deve-se interromper a reanimação cardiorrespiratória a cada dois ou três minutos, para verificar se a vítima readquiriu a respiração e os batimentos cardíacos espontâneos, caso a vítima não tenha se recuperado, as manobras devem ser mantidas até que chegue o socorro especializado.
Assim que chegar o socorro, transfira a assistência ao paciente para a equipe médica ou paramédica. Pode haver necessidade do uso de desfibriladores pela equipe.
Como prevenir a parada cardiorrespiratória?
A melhor maneira de prevenir a parada cardiorrespiratória e suas consequências é redobrar a atenção com as pessoas que têm fatores de risco para ela, procurando eliminá-los, se possível.
Como evolui a parada cardiorrespiratória?
Se o indivíduo não recuperar suas funções cardiorrespiratórias dentro de dez minutos, sua chance de sobreviver é muito reduzida.
Quais são as complicações da parada cardiorrespiratória?
Se as funções cardiorrespiratórias do indivíduo não forem restabelecidas em curto prazo deixarão sequelas28 neurológicas graves e irreversíveis e depois de três a cinco minutos, as atividades cerebrais cessarão totalmente, ocasionando a seguir a morte do paciente.
Referências:
As informações veiculadas neste texto foram extraídas em parte dos sites da Mayo Clinic, American Heart Association e National Center for Biotechnology Information (NCBI).
As notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.