Gostou do artigo? Compartilhe!

Hiperamonemia: conheça essa doença metabólica

A+ A- Alterar tamanho da letra
Avalie este artigo

O que é hiperamonemia?

Hiperamonemias são um grupo de desordens metabólicas que levam ao aumento dos níveis de amônia no sangue1. A amônia é um subproduto tóxico do metabolismo2 das proteínas3, cujo acúmulo pode ser prejudicial ao sistema nervoso central4. A hiperamonemia é uma condição clínica que, em casos graves, pode resultar em lesão5 cerebral e até mesmo morte.

Existem dois tipos principais de hiperamonemias: (1) hiperamonemias primárias, causadas por um erro no metabolismo2 do ciclo da ureia6; e (2) hiperamonemias secundárias, causadas por defeitos metabólicos de outras origens.

Quais são as causas da hiperamonemia?

As causas variam conforme o tipo de hiperamonemia. As hiperamonemias primárias (ou hiperamonemias hereditárias) resultam de defeitos genéticos ou congênitos7 que afetam a produção de enzimas essenciais para o metabolismo2 do ciclo da ureia6 ou devido a malformações8 do fígado9 ou rins10, que reduzem a atividade enzimática. A deficiência enzimática no ciclo da ureia6 pode envolver várias enzimas, sendo a deficiência de N-acetil glutamato sintetase (NAG) uma das mais graves.

Já nas hiperamonemias secundárias, o aumento de amônia no sangue1 ocorre como resultado de lesões11 hepáticas12, que podem ser causadas por diversos fatores, incluindo medicamentos. Essa disfunção pode levar à diminuição da produção de albumina13, causando edemas14, e de outras proteínas3 hepáticas12, o que pode resultar em distúrbios de coagulação15, hemorragias16 e encefalopatia17 hepática18.

Qual é o substrato fisiopatológico da hiperamonemia?

A amônia, uma substância contendo nitrogênio, é um subproduto do catabolismo19 das proteínas3. A hiperamonemia ocorre devido ao desequilíbrio entre a formação (anabolismo20) e a degradação (catabolismo19) das proteínas3. Em humanos, antes de ser eliminada pelos rins10, a amônia é convertida em ureia6, um subproduto menos tóxico. A síntese de ureia6 envolve reações bioquímicas que se iniciam na mitocôndria21 e continuam no citosol celular, compondo o ciclo da ureia6.

A hiperamonemia pode se agravar em casos de deficiência de zinco, pois a falta desse elemento eleva os níveis de amônia.

Quais são as características clínicas da hiperamonemia?

As manifestações clínicas variam conforme a gravidade do defeito enzimático e a idade de início. Em recém-nascidos, os sintomas22 incluem letargia23, sonolência extrema, vômitos24, hipotonia25 (diminuição do tônus muscular26), convulsões e coma27, que pode ser fatal se não tratado rapidamente.

Em crianças e adultos, são comuns vômitos24 recorrentes, ataxia28 (perda de coordenação muscular), confusão mental, encefalopatia17 (disfunção cerebral), irritabilidade, comportamento agressivo, falta de apetite, aversão a proteínas3, atraso no crescimento e desenvolvimento, além de sintomas22 psiquiátricos, como alterações de humor e distúrbios comportamentais.

Em geral, todos os indivíduos com hiperamonemia apresentam níveis anormais de aminoácidos no sangue1 e urina29 e, em alguns casos, acidose30 metabólica.

Como o médico diagnostica a hiperamonemia?

O diagnóstico31 envolve uma investigação detalhada, incluindo histórico familiar, identificação dos sintomas22 específicos e exames laboratoriais. Medições de níveis de amônia no sangue1, gasometria arterial (para detectar acidose metabólica32) e testes para avaliar a função hepática18 são realizados.

Exames bioquímicos, como a análise dos níveis de aminoácidos no sangue1, urina29 para ácidos orgânicos específicos e teste de ácido orótico na urina29, que pode estar elevado em certos distúrbios do ciclo da ureia6, também são utilizados.

Além disso, o sequenciamento de genes associados ao ciclo da ureia6 e a medição da atividade das enzimas do ciclo da ureia6 em células33 do sangue1, fígado9 ou pele34 podem ser necessários. Exames de imagem, como ressonância magnética35 ou tomografia computadorizada36 do cérebro37, ajudam a avaliar danos neurológicos.

Em alguns casos, pode ser necessária uma biópsia38 do fígado9 para uma avaliação mais detalhada.

Como o médico trata a hiperamonemia?

Em neonatos39 com erros inatos do metabolismo2, o coma27 hiperamonêmico é uma condição grave que exige intervenção imediata. A ingestão de proteínas3 deve ser interrompida, e calorias40 devem ser fornecidas por meio de soluções de glicose41. A hemodiálise42 é preferida à diálise peritoneal43 para a rápida remoção de amônia. A hemofiltração arteriovenosa ou venovenosa contínua também pode ser considerada. À medida que os níveis de amônia diminuem, podem ser administrados benzoato de sódio, fenilacetato e arginina intravenosa.

Pacientes com defeitos do ciclo da ureia6 menos evidentes devem receber calorias40 intravenosas por soluções de glicose41, interromper a ingestão de nitrogênio e utilizar benzoato de sódio e fenilacetato intravenosos. A diálise44 é indicada apenas se os níveis de amônia não diminuírem após 8 horas de tratamento contínuo.

No caso de encefalopatia17 hepática18, o tratamento inicial inclui dissacarídeos45 orais não absorvíveis. O antibiótico rifaximina, também não absorvível, é utilizado como terapia de primeira linha, geralmente em conjunto com os dissacarídeos45 não absorvíveis. Para controlar o aumento da pressão intracraniana devido ao edema46 cerebral, a solução salina hipertônica47 é preferida ao manitol.

A sedação48 com propofol e o uso de agentes hiperosmolares são eficazes para o manejo da hiperamonemia decorrente de insuficiência hepática49 fulminante, que resulta em edema46 cerebral e aumento da pressão intracraniana. Corticosteroides, que induzem um balanço negativo de nitrogênio, devem ser evitados no tratamento da hiperamonemia neonatal. O ácido valproico não deve ser utilizado para tratar convulsões.

A ingestão de proteínas3 deve ser restringida em pacientes com hiperamonemia, exceto em casos de doença hepática18 crônica, onde a desnutrição50 é comum e uma ingestão normal de proteínas3 deve ser mantida. Compostos como L-ornitina e L-aspartato podem ajudar a reduzir os níveis de amônia e a tratar a encefalopatia17 hepática18, promovendo o metabolismo2 da amônia no músculo. A arginina deve ser suplementada na dieta de pacientes com defeitos do ciclo da ureia6, pois torna-se um aminoácido essencial para eles.

Leia sobre "Insuficiência hepática49", "Insuficiência renal51" e "Ataxia28".

 

Referências:

As informações veiculadas neste texto foram extraídas principalmente do site da U.S. National Library of Medicine.

ABCMED, 2024. Hiperamonemia: conheça essa doença metabólica. Disponível em: <https://www.abc.med.br/p/sinais.-sintomas-e-doencas/1477115/hiperamonemia-conheca-essa-doenca-metabolica.htm>. Acesso em: 12 out. 2024.
Nota ao leitor:
As notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.

Complementos

1 Sangue: O sangue é uma substância líquida que circula pelas artérias e veias do organismo. Em um adulto sadio, cerca de 45% do volume de seu sangue é composto por células (a maioria glóbulos vermelhos, glóbulos brancos e plaquetas). O sangue é vermelho brilhante, quando oxigenado nos pulmões (nos alvéolos pulmonares). Ele adquire uma tonalidade mais azulada, quando perde seu oxigênio, através das veias e dos pequenos vasos denominados capilares.
2 Metabolismo: É o conjunto de transformações que as substâncias químicas sofrem no interior dos organismos vivos. São essas reações que permitem a uma célula ou um sistema transformar os alimentos em energia, que será ultilizada pelas células para que as mesmas se multipliquem, cresçam e movimentem-se. O metabolismo divide-se em duas etapas: catabolismo e anabolismo.
3 Proteínas: Um dos três principais nutrientes dos alimentos. Alimentos que fornecem proteína incluem carne vermelha, frango, peixe, queijos, leite, derivados do leite, ovos.
4 Sistema Nervoso Central: Principais órgãos processadores de informação do sistema nervoso, compreendendo cérebro, medula espinhal e meninges.
5 Lesão: 1. Ato ou efeito de lesar (-se). 2. Em medicina, ferimento ou traumatismo. 3. Em patologia, qualquer alteração patológica ou traumática de um tecido, especialmente quando acarreta perda de função de uma parte do corpo. Ou também, um dos pontos de manifestação de uma doença sistêmica. 4. Em termos jurídicos, prejuízo sofrido por uma das partes contratantes que dá mais do que recebe, em virtude de erros de apreciação ou devido a elementos circunstanciais. Ou também, em direito penal, ofensa, dano à integridade física de alguém.
6 Ureia: 1. Resíduo tóxico produzido pelo organismo, resulta da quebra de proteínas pelo fígado. É normalmente removida do organismo pelos rins e excretada na urina. 2. Substância azotada. Composto orgânico cristalino, incolor, de fórmula CO(NH2)2 (ou CH4N2O), com um ponto de fusão de 132,7 °C.
7 Congênitos: 1. Em biologia, o que é característico do indivíduo desde o nascimento ou antes do nascimento; conato. 2. Que se manifesta espontaneamente; inato, natural, infuso. 3. Que combina bem com; apropriado, adequado. 4. Em termos jurídicos, é o que foi adquirido durante a vida fetal ou embrionária; nascido com o indivíduo. Por exemplo, um defeito congênito.
8 Malformações: 1. Defeito na forma ou na formação; anomalia, aberração, deformação. 2. Em patologia, é vício de conformação de uma parte do corpo, de origem congênita ou hereditária, geralmente curável por cirurgia. Ela é diferente da deformação (que é adquirida) e da monstruosidade (que é incurável).
9 Fígado: Órgão que transforma alimento em energia, remove álcool e toxinas do sangue e fabrica bile. A bile, produzida pelo fígado, é importante na digestão, especialmente das gorduras. Após secretada pelas células hepáticas ela é recolhida por canalículos progressivamente maiores que a levam para dois canais que se juntam na saída do fígado e a conduzem intermitentemente até o duodeno, que é a primeira porção do intestino delgado. Com esse canal biliar comum, chamado ducto hepático, comunica-se a vesícula biliar através de um canal sinuoso, chamado ducto cístico. Quando recebe esse canal de drenagem da vesícula biliar, o canal hepático comum muda de nome para colédoco. Este, ao entrar na parede do duodeno, tem um músculo circular, designado esfíncter de Oddi, que controla o seu esvaziamento para o intestino.
10 Rins: Órgãos em forma de feijão que filtram o sangue e formam a urina. Os rins são localizados na região posterior do abdômen, um de cada lado da coluna vertebral.
11 Lesões: 1. Ato ou efeito de lesar (-se). 2. Em medicina, ferimento ou traumatismo. 3. Em patologia, qualquer alteração patológica ou traumática de um tecido, especialmente quando acarreta perda de função de uma parte do corpo. Ou também, um dos pontos de manifestação de uma doença sistêmica. 4. Em termos jurídicos, prejuízo sofrido por uma das partes contratantes que dá mais do que recebe, em virtude de erros de apreciação ou devido a elementos circunstanciais. Ou também, em direito penal, ofensa, dano à integridade física de alguém.
12 Hepáticas: Relativas a ou que forma, constitui ou faz parte do fígado.
13 Albumina: Proteína encontrada no plasma, com importantes funções, como equilíbrio osmótico, transporte de substâncias, etc.
14 Edemas: 1. Inchaço causado pelo excesso de fluidos no organismo. 2. Acúmulo anormal de líquido nos tecidos do organismo, especialmente no tecido conjuntivo.
15 Coagulação: Ato ou efeito de coagular(-se), passando do estado líquido ao sólido.
16 Hemorragias: Saída de sangue dos vasos sanguíneos ou do coração para o exterior, para o interstício ou para cavidades pré-formadas do organismo.
17 Encefalopatia: Qualquer patologia do encéfalo. O encéfalo é um conjunto que engloba o tronco cerebral, o cerebelo e o cérebro.
18 Hepática: Relativa a ou que forma, constitui ou faz parte do fígado.
19 Catabolismo: Parte do metabolismo que se refere à assimilação ou processamento da matéria adquirida para fins de obtenção de energia. Diz respeito às vias de degradação, ou seja, de quebra das substâncias. Parte sempre de moléculas grandes, que contêm quantidades importantes de energia (glicose, triclicerídeos, etc). Estas substâncias são transformadas de modo a que restem, no final, moléculas pequenas, pobres em energia ( H2O, CO2, NH3 ), aproveitando o organismo a libertação de energia resultante deste processo. É o contrário de anabolismo.
20 Anabolismo: Parte do metabolismo que se refere à incorporação de substâncias no organismo do indivíduo. Diz respeito à síntese de moléculas complexas a partir de outras mais elementares ou menos complexas. Para isso é necessário um certo dispêndio de energia, (ATP). Exemplo: Formação de proteínas a partir de aminoácidos.
21 Mitocôndria: Organelas semi-autônomas que se auto-reproduzem, encontradas na maioria do citoplasma de todas as células, mas não de todos os eucariotos. Cada mitocôndria é envolvida por uma membrana dupla limitante. A membrana interna é altamente invaginada e suas projeções são denominadas cristas. As mitocôndrias são os locais das reações de fosforilação oxidativa, que resultam na formação de ATP. Elas contêm RIBOSSOMOS característicos, RNA DE TRANSFERÊNCIA, AMINOACIL-T RNA SINTASES e fatores de alongação e terminação. A mitocôndria depende dos genes contidos no núcleo das células no qual se encontram muitos RNAs mensageiros essenciais (RNA MENSAGEIRO). Acredita-se que a mitocôndria tenha se originado a partir de bactérias aeróbicas que estabeleceram uma relação simbiótica com os protoeucariotos primitivos.
22 Sintomas: Alterações da percepção normal que uma pessoa tem de seu próprio corpo, do seu metabolismo, de suas sensações, podendo ou não ser um indício de doença. Os sintomas são as queixas relatadas pelo paciente mas que só ele consegue perceber. Sintomas são subjetivos, sujeitos à interpretação pessoal. A variabilidade descritiva dos sintomas varia em função da cultura do indivíduo, assim como da valorização que cada pessoa dá às suas próprias percepções.
23 Letargia: Em psicopatologia, é o estado de profunda e prolongada inconsciência, semelhante ao sono profundo, do qual a pessoa pode ser despertada, mas ao qual retorna logo a seguir. Por extensão de sentido, é a incapacidade de reagir e de expressar emoções; apatia, inércia e/ou desinteresse.
24 Vômitos: São a expulsão ativa do conteúdo gástrico pela boca. Podem ser classificados em: alimentar, fecalóide, biliar, em jato, pós-prandial. Sinônimo de êmese. Os medicamentos que agem neste sintoma são chamados de antieméticos.
25 Hipotonia: 1. Em biologia, é a condição da solução que apresenta menor concentração de solutos do que outra. 2. Em fisiologia, é a redução ou perda do tono muscular ou a redução da tensão em qualquer parte do corpo (por exemplo, no globo ocular, nas artérias, etc.)
26 Tônus muscular: Estado de tensão elástica (contração ligeira) que o músculo apresenta em repouso e que lhe permite iniciar a contração imediatamente depois de receber o impulso dos centros nervosos. Num estado de relaxamento completo (sem tônus), o músculo levaria mais tempo para iniciar a contração.
27 Coma: 1. Alteração do estado normal de consciência caracterizado pela falta de abertura ocular e diminuição ou ausência de resposta a estímulos externos. Pode ser reversível ou evoluir para a morte. 2. Presente do subjuntivo ou imperativo do verbo “comer.“
28 Ataxia: Reflete uma condição de falta de coordenação dos movimentos musculares voluntários podendo afetar a força muscular e o equilíbrio de uma pessoa. É normalmente associada a uma degeneração ou bloqueio de áreas específicas do cérebro e cerebelo. É um sintoma, não uma doença específica ou um diagnóstico.
29 Urina: Resíduo líquido produzido pela filtração renal no organismo, estocado na bexiga e expelido pelo ato de urinar.
30 Acidose: Desequilíbrio do meio interno caracterizado por uma maior concentração de íons hidrogênio no organismo. Pode ser produzida pelo ganho de substâncias ácidas ou perda de substâncias alcalinas (básicas).
31 Diagnóstico: Determinação de uma doença a partir dos seus sinais e sintomas.
32 Acidose metabólica: A acidose metabólica é uma acidez excessiva do sangue caracterizada por uma concentração anormalmente baixa de bicarbonato no sangue. Quando um aumento do ácido ultrapassa o sistema tampão de amortecimento do pH do organismo, o sangue pode acidificar-se. Quando o pH do sangue diminui, a respiração torna-se mais profunda e mais rápida, porque o corpo tenta liberar o excesso de ácido diminuindo o volume do anidrido carbônico. Os rins também tentam compensá-lo por meio da excreção de uma maior quantidade de ácido na urina. Contudo, ambos os mecanismos podem ser ultrapassados se o corpo continuar a produzir excesso de ácido, o que conduz a uma acidose grave e ao coma. A gasometria arterial é essencial para o seu diagnóstico. O pH está baixo (menor que 7,35) e os níveis de bicarbonato estão diminuídos (<24 mmol/l). Devido à compensação respiratória (hiperventilação), o dióxido de carbono está diminuído e o oxigênio está aumentado.
33 Células: Unidades (ou subunidades) funcionais e estruturais fundamentais dos organismos vivos. São compostas de CITOPLASMA (com várias ORGANELAS) e limitadas por uma MEMBRANA CELULAR.
34 Pele: Camada externa do corpo, que o protege do meio ambiente. Composta por DERME e EPIDERME.
35 Ressonância magnética: Exame que fornece imagens em alta definição dos órgãos internos do corpo através da utilização de um campo magnético.
36 Tomografia computadorizada: Exame capaz de obter imagens em tons de cinza de “fatias†de partes do corpo ou de órgãos selecionados, as quais são geradas pelo processamento por um computador de uma sucessão de imagens de raios X de alta resolução em diversos segmentos sucessivos de partes do corpo ou de órgãos.
37 Cérebro: Derivado do TELENCÉFALO, o cérebro é composto dos hemisférios direito e esquerdo. Cada hemisfério contém um córtex cerebral exterior e gânglios basais subcorticais. O cérebro inclui todas as partes dentro do crânio exceto MEDULA OBLONGA, PONTE e CEREBELO. As funções cerebrais incluem as atividades sensório-motora, emocional e intelectual.
38 Biópsia: 1. Retirada de material celular ou de um fragmento de tecido de um ser vivo para determinação de um diagnóstico. 2. Exame histológico e histoquímico. 3. Por metonímia, é o próprio material retirado para exame.
39 Neonatos: Refere-se a bebês nos seus primeiros 28 dias (mês) de vida. O termo “recentemente-nascido“ refere-se especificamente aos primeiros minutos ou horas que se seguem ao nascimento. Esse termo é utilizado para enfocar os conhecimentos e treinamento da ressuscitação imediatamente após o nascimento e durante as primeiras horas de vida.
40 Calorias: Dizemos que um alimento tem “x“ calorias, para nos referirmos à quantidade de energia que ele pode fornecer ao organismo, ou seja, à energia que será utilizada para o corpo realizar suas funções de respiração, digestão, prática de atividades físicas, etc.
41 Glicose: Uma das formas mais simples de açúcar.
42 Hemodiálise: Tipo de diálise que vai promover a retirada das substâncias tóxicas, água e sais minerais do organismo através da passagem do sangue por um filtro. A hemodiálise, em geral, é realizada 3 vezes por semana, em sessões com duração média de 3 a 4 horas, com o auxílio de uma máquina, dentro de clínicas especializadas neste tratamento. Para que o sangue passe pela máquina, é necessária a colocação de um catéter ou a confecção de uma fístula, que é um procedimento realizado mais comumente nas veias do braço, para permitir que estas fiquem mais calibrosas e, desta forma, forneçam o fluxo de sangue adequado para ser filtrado.
43 Diálise peritoneal: Ao invés de utilizar um filtro artificial para “limpar“ o sangue, é utilizado o peritônio, que é uma membrana localizada dentro do abdômen e que reveste os órgãos internos. Através da colocação de um catéter flexível no abdômen, é feita a infusão de um líquido semelhante a um soro na cavidade abdominal. Este líquido, que chamamos de banho de diálise, vai entrar em contato com o peritônio, e por ele será feita a retirada das substâncias tóxicas do sangue. Após um período de permanência do banho de diálise na cavidade abdominal, este fica saturado de substâncias tóxicas e é então retirado, sendo feita em seguida a infusão de novo banho de diálise. Esse processo é realizado de uma forma contínua e é conhecido por CAPD, sigla em inglês que significa diálise peritoneal ambulatorial contínua. A diálise peritoneal é uma forma segura de tratamento realizada atualmente por mais de 100.000 pacientes no mundo todo.
44 Diálise: Quando os rins estão muito doentes, eles deixam de realizar suas funções, o que pode levar a risco de vida. Nesta situação, é preciso substituir as funções dos rins de alguma maneira, o que pode ser feito realizando-se um transplante renal, ou através da diálise. A diálise é um tipo de tratamento que visa repor as funções dos rins, retirando as substâncias tóxicas e o excesso de água e sais minerais do organismo, estabelecendo assim uma nova situação de equilíbrio. Existem dois tipos de diálise: a hemodiálise e a diálise peritoneal.
45 Dissacarídeos: Molécula formada pela união covalente de dois monossacarídeos.
46 Edema: 1. Inchaço causado pelo excesso de fluidos no organismo. 2. Acúmulo anormal de líquido nos tecidos do organismo, especialmente no tecido conjuntivo.
47 Hipertônica: Relativo à hipertonia; em biologia caracteriza solução que apresenta maior concentração de solutos do que outra; em fisiologia, é o mesmo que espástico e em medicina diz-se de tecidos orgânicos que apresentam hipertonia ou tensão excessiva em músculos, artérias ou outros tecidos orgânicos.
48 Sedação: 1. Ato ou efeito de sedar. 2. Aplicação de sedativo visando aliviar sensação física, por exemplo, de dor. 3. Diminuição de irritabilidade, de nervosismo, como efeito de sedativo. 4. Moderação de hiperatividade orgânica.
49 Insuficiência hepática: Deterioração grave da função hepática. Pode ser decorrente de hepatite viral, cirrose e hepatopatia alcoólica (lesão hepática devido ao consumo de álcool) ou medicamentosa (causada por medicamentos como, por exemplo, o acetaminofeno). Para que uma insuficiência hepática ocorra, deve haver uma lesão de grande porção do fígado.
50 Desnutrição: Estado carencial produzido por ingestão insuficiente de calorias, proteínas ou ambos. Manifesta-se por distúrbios do desenvolvimento (na infância), atrofia de tecidos músculo-esqueléticos e caquexia.
51 Insuficiência renal: Condição crônica na qual o corpo retém líquido e excretas pois os rins não são mais capazes de trabalhar apropriadamente. Uma pessoa com insuficiência renal necessita de diálise ou transplante renal.
Gostou do artigo? Compartilhe!

Pergunte diretamente a um especialista

Sua pergunta será enviada aos especialistas do CatalogoMed, veja as dúvidas já respondidas.