Tampões vaginais podem causar a síndrome do choque tóxico
O que é a síndrome1 do choque2 tóxico?
A síndrome1 do choque2 tóxico é uma condição/complicação rara causada por toxinas3 liberadas por certos tipos de infecções4 bacterianas (0,5 a 3/100.000/ano). Essa condição foi descrita pela primeira vez em 1927.
Quais são as causas da síndrome1 do choque2 tóxico?
Em geral, a síndrome1 do choque2 tóxico resulta de toxinas3 produzidas por bactérias Staphylococcus aureus (estafilococos), mas a condição também pode ser causada por toxinas3 produzidas por bactérias estreptococos do grupo A (estreptococos). A síndrome1 do choque2 tóxico tem sido associada principalmente ao uso de tampões femininos íntimos, ditos superabsorventes. Fatores de risco para síndrome1 do choque2 tóxico incluem feridas na pele5, cirurgia e o uso desses tampões.
Qual é o mecanismo fisiopatológico da síndrome1 do choque2 tóxico?
O mecanismo subjacente à síndrome1 do choque2 tóxico envolve a produção de superantígenos durante uma infecção6 invasiva por estreptococo ou uma infecção6 localizada por estafilococos. Em ambos os casos da síndrome1 do choque2 tóxico, causada por Staphylococcus aureus ou por Streptococcus pyogenes, a progressão da doença decorre de uma toxina7 superantigênica.
Quais são as principais características clínicas da síndrome1 do choque2 tóxico?
A síndrome1 do choque2 tóxico pode afetar qualquer pessoa, em qualquer idade, incluindo homens, mulheres, crianças, adultos e idosos. Os sintomas8 podem incluir febre9, erupção10 cutânea11, descamação12 da pele5 e pressão arterial13 baixa. Também pode haver sintomas8 relacionados à infecção6 subjacente específica, como mastite14, osteomielite15, fasciíte necrosante16 ou pneumonia17. Os sinais18 e sintomas8 da síndrome1 do choque2 tóxico variam dependendo da causa subjacente.
Saiba mais sobre "Mastite14", "Osteomielite15", "Fasciíte necrosante16" e "Pneumonia17".
A síndrome1 do choque2 tóxico resultante da infecção6 pela bactéria19 Staphylococcus aureus manifesta-se tipicamente em indivíduos saudáveis por meio de sinais18 e sintomas8 que incluem febre9 alta, pressão arterial13 baixa, mal-estar e confusão mental, que podem evoluir rapidamente para letargia20, coma21 e falência múltipla de órgãos.
A erupção10 característica na pele5, geralmente observada no início da doença, assemelha-se a uma queimadura solar e pode envolver qualquer região do corpo, incluindo os lábios, a boca22, os olhos23, as palmas das mãos24 e as solas dos pés. Em pacientes que sobreviveram à fase inicial da infecção6, a erupção10 descama ou descasca após 10 a 21 dias.
Em contraste, a síndrome1 do choque2 tóxico causada pela bactéria19 Streptococcus pyogenes, apresenta-se tipicamente em pessoas com infecções4 de pele5 pré-existentes com a bactéria19. Esses indivíduos frequentemente experimentam dor severa no local da infecção6 da pele5, seguida pela rápida progressão dos sintomas8.
A síndrome1 do choque2 tóxico causado por Staphylococcus envolve mais uma erupção10 semelhante à queimadura solar que a infecção6 por estreptococos.
Como o médico diagnostica a síndrome1 do choque2 tóxico?
O diagnóstico25 da síndrome1 do choque2 tóxico é baseado nos sintomas8 e no histórico clínico do paciente. Para a síndrome1 do choque2 tóxico estafilocócica, deve-se levar em conta uma temperatura corporal maior de 38,9°C, pressão arterial sistólica26 menor de 90 mmHg, eritrodermia macular difusa, descamação12, especialmente das palmas das mãos24 e solas dos pés, 1 a 2 semanas após o início, vômito27, diarreia28, mialgia29 grave, creatina fosfoquinase aumentada, hiperemia30 da membrana mucosa31, insuficiência renal32, inflamação33 do fígado34, contagem baixa de plaquetas35 e confusão mental sem quaisquer achados neurológicos focais.
Os resultados de culturas de sangue36, garganta37 e líquido cefalorraquidiano38 para outras bactérias além de Staphylococcus aureus são negativos. Um diferencial deve ser estabelecido com o choque2 séptico, doença de Kawasaki, síndrome de Stevens-Johnson39 e escarlatina.
Leia sobre "Escarlatina", "Sindrome1 de de Stevens-Johnson" e "Choque2 séptico".
Como o médico trata a síndrome1 do choque2 tóxico?
A gravidade dessa doença frequentemente justifica a hospitalização e a admissão na unidade de terapia intensiva40. Quase sempre são necessários cuidados de suporte como manejo agressivo de fluidos, ventilação41, terapia renal42 substitutiva e uso de medicamentos para melhorar a função cardíaca e o débito cardíaco43. O tratamento da síndrome1 do choque2 tóxico é feito com antibióticos, incisão44 e drenagem45 de qualquer abscesso46 e emprego de imunoglobulina47 intravenosa. A necessidade de remoção rápida de tecido48 infectado através de cirurgia naqueles com causa estreptocócica comumente é recomendada, mas é pouco apoiada por evidências. Alguns médicos recomendam retardar o desbridamento49 cirúrgico.
Qualquer mulher que esteja usando um tampão no início dos sintomas8 deve removê-lo imediatamente. E, toda mulher que usá-los, deve trocá-los com no máximo seis horas de uso. O ideal é não dormir com um tampão, mas se optar por fazê-lo, a mulher que dorme mais de seis horas seguidas deve acordar, no intervalo máximo de 6 horas, para trocar o tampão. Dessa forma, ela diminui o risco de uma infecção6 muito séria que pode levar à síndrome1 do choque2 tóxico.
Como evolui a síndrome1 do choque2 tóxico?
Com o tratamento adequado, as pessoas geralmente se recuperam em duas a três semanas. A condição pode, no entanto, ser fatal em algumas horas. O risco de morte da síndrome1 do choque2 tóxico é de cerca de 50% nas infecções4 estreptocócicas e de cerca de 5% nas infecções4 estafilocócicas.
Quais são as complicações possíveis da síndrome1 do choque2 tóxico?
Como dito antes, a síndrome1 do choque2 tóxico já é uma complicação de certos tipos de infecções4 bacterianas, com risco de vida.
Veja também sobre "Septicemia50", "Bactérias Gram-positivas e Gram-negativas", "Celulite51 infecciosa" e "Necrose52".
As notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.