Septicemia: o que é? Como evolui?
O que é septicemia1?
Septicemia1, sepse2 ou sépsis é a invasão sanguínea de todo o organismo por germes patogênicos provenientes de um foco infeccioso pré-existente. É conhecida também como infecção3 generalizada.
Quais são as causas da septicemia1?
A septicemia1 pode se desenvolver a partir de qualquer foco infeccioso por bactérias, vírus4 ou fungos (pneumonias, infecção3 do trato urinário5, meningite6, abscessos7, etc) ou de cirurgias em ambientes contaminados por esses agentes.
Quais são os sinais8 e sintomas9 da septicemia1?
Os sintomas9 da septicemia1 dependem da gravidade da infecção3. Muitas vezes as manifestações da enfermidade podem demorar horas ou dias ou às vezes pode deixar o paciente inconsciente rapidamente.
Dependendo da gravidade há febre10 alta, fraqueza, enjoos, vômitos11, diarreia12, tremores, arrepios, taquipneia13, taquicardia14, instabilidade da pressão arterial15, alteração do nível da consciência, convulsões, alterações da circulação16 periférica, manifestações cutâneas17, diminuição da urina18, hipoglicemia19, hipocalcemia20 e coagulação21 intravascular22 disseminada. Como a septicemia1 afeta todos os órgãos do corpo, há muitos outros sintomas9 originados em cada órgão afetado. Como podem surgir infecções23 à distância do foco original, afetando e mesmo causando abscessos7 em vários órgãos (pulmão24, coração25, rins26, cérebro27 etc.), os sintomas9 são relativos ao local da infecção3.
Como o médico diagnostica a septicemia1?
Radiografias e tomografias computadorizadas podem ajudar no diagnóstico28, que deve ser complementado pela punção lombar e pela análise de sangue29 e urina18, quando necessários. As culturas feitas nesses materiais orgânicos permitem identificar o micro-organismo causador e qual o antibiótico mais adequado para cada caso. Devem ser feitos frequentes exames de sangue29 para acompanhar a evolução e as possíveis complicações da doença.
Como é o tratamento da septicemia1?
O tratamento de base é feito com antibióticos. O exame para identificar o micro-organismo causador e determinar qual antibiótico é mais adequado demora cerca de quatro dias para ser liberado. Nesse tempo, o doente deve tomar o antibiótico prescrito pelo médico, o qual se baseia, para sua hipótese etiológica, no local de onde partiu a infecção3. Após a liberação do resultado das culturas, ele continuará ou mudará sua conduta, conforme os dados indicarem.
Devido à gravidade da septicemia1, ela quase sempre é tratada em uma Unidade de Terapia Intensiva30 (UTI), onde os sinais vitais31 são monitorados continuamente e são melhor dispensados os cuidados gerais a cada um dos pacientes. Por vezes pode ser necessário alimentar o paciente por uma sonda nasogástrica32, realizar hemodiálise33 ou usar um respirador artificial. No mínimo, faz-se necessário um acesso venoso para a administração de líquidos e sais minerais, de alimentação parenteral e de medicamentos. Também devem ser adotados cuidados especiais com a circulação16 venosa dos membros inferiores, para prevenir flebites e tromboses34.
Como evoluem as septicemias?
Antigamente a maior parte das pessoas com septicemia1 morria. Mais recentemente, com a descoberta de novos antibióticos e a melhoria dos cuidados hospitalares, esse número reduziu-se muito. Contudo, a septicemia1 continua sendo uma condição grave, com uma elevada taxa de morte, sobretudo em pacientes imunodeprimidos e/ou idosos.
As notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.