Hipoglicemia neonatal: o que é? Quais as causas? E os sintomas? Como é diagnosticada e tratada? O que fazer para evitar?
O que é hipoglicemia1 neonatal?
A hipoglicemia1 neonatal é um quadro clínico caracterizado por baixos índices de açúcar2 no sangue3 do recém-nascido (glicemia4 menor que 40 mg%), o que depende sobretudo de alguns comportamentos ou necessidades da gestante. A hipoglicemia1 neonatal geralmente acontece nas primeiras 72 horas de vida e se o diagnóstico5 e tratamento não forem feitos a tempo pode levar o recém-nascido a óbito6 ou a danos cerebrais permanentes.
Quais são as causas da hipoglicemia1 neonatal?
As causas da hipoglicemia1 do recém-nascido estão relacionadas principalmente à mãe. As mais comuns são a ingestão de álcool, drogas e certos medicamentos durante a gestação. Também se relaciona à existência de diabetes7 materna durante a gestação, devido à hiperinsulinemia8 transitória do bebê, que dura por volta de uma semana. No caso de mães diabéticas é comum que o bebê nasça também com excesso de peso (pesando quatro quilos ou mais).
Mais raramente, pode haver causas de hipoglicemia1 neonatal relacionadas ao bebê como, por exemplo, tumor9 de pâncreas10 ou hiperplasia11 de ilhotas pancreáticas12 produtoras de insulina13, deficiência do hormônio14 do crescimento ou de hormônio14 da tireoide15 ou da glândula16 adrenal, septicemia17, choque18, asfixia19, hipotermia20, galactosemia21, policitemia22, etc., além de outras causas genéticas ainda mais raras.
Quais são os principais sinais23 e sintomas24 da hipoglicemia1 neonatal?
A hipoglicemia1 nos recém-nascidos pode ser assintomática, por isso recém-nascidos em risco para desenvolver esta condição devem fazer exames para identificar seus níveis de glicose25. A maioria das manifestações clínicas da hipoglicemia1 neonatal é inespecífica e a maior parte dos bebês26 acometidos não fica com sequelas27. Essas se reservam apenas para os bebês26 que não tenham sido adequadamente tratados.
À diferença dos sintomas24 dos adultos, os recém-nascidos quase sempre mostram sintomas24 predominantemente adrenérgicos28, como taquicardia29, tremores, convulsões, perda de consciência e coma30. Mas também podem acontecer: hipotonia31, letargia32, apatia33, bradicardia34, choro fraco, hipoatividade, apneia35, cianose36 e convulsões. A deficiência de açúcar2 pode acontecer no feto37 ainda dentro do útero38, dependendo de episódios de hipoglicemia1 da mãe durante a gestação e pode levar a complicações sérias, como lesões39 cerebrais permanentes. Se mantida por cinco dias ou mais, a hipoglicemia1 do recém-nascido aumenta o risco de alterações neurológicas, independente da sua severidade.
Como o médico diagnostica a hipoglicemia1 neonatal?
O diagnóstico5 laboratorial é realizado a partir da dosagem da glicemia4 em sangue3 venoso do bebê. Os valores da glicemia4 no sangue3 total é cerca de 15% menor que no plasma40 e no soro41. Valor abaixo de 40 mg% indica hipoglicemia1.
Como o médico trata a hipoglicemia1 neonatal?
O tratamento consiste na administração de glicose25 na veia ou dada em gotas, na boca42 do bebê. O recém-nascido deve permanecer na UTI neonatal até atingir o nível desejado de glicose25 no sangue3, o que pode levar alguns dias ou até uma semana. O uso de glucagon43, epinefrina, diazóxido e do hormônio14 de crescimento se limita a situações específicas a serem definidas pelo pediatra.
Como evitar a hipoglicemia1 neonatal?
- Não ingerir bebidas alcoólicas nem drogas durante a gestação.
- Não tomar qualquer medicamento sem orientação médica.
- Controlar adequadamente a diabetes mellitus44, se existir.
- Evitar grandes comoções emocionais.
- É necessário identificar os recém-nascidos de alto risco e dosar seus níveis de glicose25, tais como prematuros, recém-nascidos pequenos para a idade gestacional (PIG), recém-nascidos a termo e grandes para a idade gestacional (GIG), filhos de mães diabéticas, etc.
- Outros pontos importantes são: minimizar a perda calórica e manter a temperatura corporal do bebê; iniciar o mais precocemente possível a alimentação, ideal que seja até a terceira ou quarta hora de vida.
- Os pediatras devem manter vigilância cuidadosa nos sintomas24 clínicos.
As notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.