Lesões musculares: causas, tipos e mecanismos de recuperação
O que são lesões1 musculares?
Lesões1 musculares referem-se a qualquer tipo de dano ao tecido2 muscular. Elas são uma condição comum que afeta os músculos3 do corpo, podendo variar desde pequenas distensões até rupturas completas mais graves. Existem, portanto, diferentes tipos de lesões1 musculares, incluindo contusões, distensões e rupturas musculares parciais ou totais.
Quais são as causas das lesões1 musculares?
As lesões1 musculares geralmente ocorrem quando os músculos3 são esticados ou contraídos além de sua capacidade fisiológica4, ou quando são submetidos a uma carga maior do que podem suportar, resultando em dano das fibras musculares5. As causas mais comuns incluem esforço excessivo, impacto direto, movimentos bruscos ou repetitivos e aquecimento inadequado antes da atividade física.
O desequilíbrio muscular, a rigidez e a falta de flexibilidade aumentam o risco de lesões1. O mesmo ocorre com técnicas incorretas de execução de exercícios ou ambientes frios, que mantêm os músculos3 encurtados e menos elásticos.
Fatores adicionais, como idade avançada, má alimentação, privação de sono e consumo de álcool, tabaco ou outras substâncias prejudiciais, também favorecem o surgimento de lesões1. Por isso, o fortalecimento e a flexibilidade muscular são essenciais na prevenção.
Leia sobre "Contraturas musculares", "Entorses6", "Rompimento de tendões7 do ombro" e "Rompimento do tendão de Aquiles8".
Quais são os tipos de lesões1 musculares mais frequentes?
As lesões1 musculares mais comuns incluem:
- Distensão muscular – ocorre quando o músculo é esticado além de sua capacidade elástica, provocando ruptura parcial das fibras. É mais frequente nos músculos dos membros inferiores9 e região lombar10, decorrente de tensões súbitas ou sobrecarga. O diagnóstico11 é clínico e pode ser confirmado com exames de ultrassonografia12 ou ressonância magnética13.
- Contusão muscular14 – resulta de um impacto direto que comprime o músculo contra o osso, sem rompimento das fibras. É comum em esportes de contato e provoca hematoma15 visível ou profundo, dor e limitação temporária dos movimentos.
- Ruptura muscular – é a forma mais grave, caracterizada pelo rompimento parcial ou total das fibras musculares5, frequentemente acompanhado de dor intensa, edema16 e perda funcional imediata. Ocorre com mais frequência nos isquiotibiais, quadríceps, panturrilhas17 e músculos3 do manguito rotador18, e pode ser classificada em:
- Grau I – poucas fibras rompidas, dor leve e mínima limitação
- Grau II – ruptura significativa, com dor moderada e perda parcial da função
- Grau III – ruptura completa, frequentemente exigindo tratamento cirúrgico para reinserção das fibras
Fisiopatologia19 das lesões1 musculares
Imediatamente após a lesão20, o intervalo formado entre as fibras rompidas é preenchido por um hematoma15 resultante do extravasamento sanguíneo local. Já no primeiro dia, células21 inflamatórias — principalmente macrófagos22 e neutrófilos23 — invadem o local e iniciam a organização do coágulo24 e a remoção de detritos celulares.
Nas lesões1 musculares, observam-se três fases principais:
- Destruição, caracterizada pela ruptura e necrose25 das miofibrilas26, formação do hematoma15 e intensa infiltração inflamatória.
- Reparo, que envolve a fagocitose27 do tecido2 necrótico, a regeneração das miofibrilas26 e a formação de tecido2 cicatricial e novos vasos.
- Remodelação, quando ocorre a maturação das miofibrilas26 regeneradas, reorganização do tecido2 cicatricial e recuperação progressiva da função muscular.
Após cerca de 10 dias, a cicatriz28 torna-se estruturalmente mais resistente, deixando de ser o ponto mais frágil do músculo lesionado. Embora a maioria das lesões1 cure sem formação de tecido2 fibroso incapacitante, a proliferação excessiva de fibroblastos29 pode gerar cicatrizes30 densas, reduzindo a elasticidade31 e o desempenho muscular.
A restauração do suprimento vascular32 é o primeiro sinal33 de regeneração efetiva e condição necessária para a recuperação morfofuncional.
Saiba mais sobre "Sedentarismo34", "Benefícios do alongamento para o corpo", "Exercícios aeróbicos" e "Benefícios do pilates".
Referências:
As informações veiculadas neste texto foram extraídas principalmente dos sites do Hospital 9 de Julho – SP e da Rede D’Or São Luiz.
As notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.










