Mielografia - como é o exame? Para que serve?
O que é mielografia1?
Mielografia1 é um exame de radiografia ou tomografia computadorizada2 para esclarecer problemas no canal medular, mediante a obtenção de imagens com a injeção3 de um meio de contraste. Ela é realizada para detectar supostos problemas na medula espinhal4, raízes nervosas5 e outros tecidos adjacentes.
Trata-se de um procedimento diagnóstico6 importante para indicações específicas, embora sua frequência tenha diminuído ultimamente, pois a ressonância magnética7 tem ganhado maior aceitação e vem substituindo-a.
Quem deve fazer uma mielografia1?
Uma mielografia1 deve ser feita pela pessoa sobre quem recaia a suspeita de ter uma patologia8 que afete a medula espinhal4, o espaço subaracnoideo ou outras estruturas adjacentes. Ela deve ser utilizada quando uma radiografia simples não fornece respostas claras sobre a causa de problemas investigados.
As mielografias podem também ser usadas para diagnosticar ou avaliar a progressão de muitas doenças, incluindo hérnia de disco9, tumores cerebrais, infecções10 / inflamações11, estenose12 espinhal, espondilite anquilosante, discos artríticos, cistos, lesões13 das raízes dos nervos espinhais e aracnoidite (inflamação14 de uma membrana delicada que cobre o cérebro15), além de outros motivos.
Saiba mais sobre "Lesões13 da medula espinhal4", "Hérnia de disco9", "Tumores cerebrais" e "Espondilite anquilosante".
Como se realiza a mielografia1?
Como preparação para o exame, a pessoa deve informar ao médico se tem alguma infecção16, se tem um histórico de convulsões, se é alérgico a qualquer anestésico local ou contraste, se está em terapia anticoagulante17 (afinadores do sangue18) e, sendo mulher, se existe alguma chance de estar grávida.
Procure aumentar a ingestão de líquidos nos dois dias que antecedem o procedimento. No dia do procedimento, não coma19 por três horas antes do procedimento, use roupas confortáveis ou o vestido que lhe será fornecido pela instituição onde o exame se realizará. Remova todos os piercings e joias. A pessoa pode tomar seus medicamentos habituais, a menos que seja previamente aconselhada pelo médico a suspender alguns deles.
O exame deve ser realizado por um médico radiologista, assistido por um técnico treinado e por uma enfermeira. Durante o procedimento, o paciente deve ficar deitado de bruços em uma mesa acolchoada. Suas costas20 serão limpas com uma solução antisséptica e cobertas com toalhas estéreis. O médico então irá anestesiar a pele21 injetando um anestésico local com uma agulha fina. Depois disso, uma agulha maior será inserida através da pele21 até o espaço onde encontrará o fluido espinhal. O médico removerá um pouco do líquido espinhal do canal medular e em seguida injetará uma quantidade equivalente de contraste, e então serão tomadas as radiografias e/ou as imagens da tomografia computadorizada2. O paciente pode sentir algum desconforto durante a mielografia1, em geral suportável.
Após o procedimento, o paciente deve permanecer sentado ou deitado por algumas horas para reduzir o risco de vazamento do líquido cefalorraquidiano22. O paciente será solicitado a beber líquidos extras para se reidratar e ajudar o organismo a repor o líquido espinhal que tenha sido removido. Quando o paciente concluir o período de recuperação e puder voltar para casa, não deverá dirigir e dependerá de um acompanhante. Em geral, o médico recomendará que o paciente descanse pelo resto do dia.
Quando estiver em casa, informe o médico sobre quaisquer alterações, incluindo dormência23 e formigamento nas pernas, presença de sangue18 ou outra drenagem24 do local da injeção3, dor no local da injeção3, náuseas25 ou vômitos26, incapacidade de urinar, febre27, torcicolo28 e dores de cabeça29 que durem por mais de 24 horas após o procedimento ou forem piores quando você mudar de posição.
Quais são os riscos de uma mielografia1?
Os riscos comuns de uma mielografia1 quase sempre são contornáveis em muitas dificuldades. O primeiro deles é o risco de uma reação alérgica30 ao contraste usado. O paciente deve informar ao seu médico se anteriormente já teve reação a qualquer contraste. Como o contraste é injetado no líquido cefalorraquidiano22, que também banha o cérebro15, existe um pequeno risco de convulsão31 após a injeção3.
A punção lombar, necessária para o exame, pode levar a algumas outras complicações: uma pequena quantidade de líquido cefalorraquidiano22 pode vazar do local de inserção da agulha, o que pode causar dores de cabeça29 após o procedimento. Se o vazamento for persistente, a dor de cabeça29 pode ser mais grave. Existe também um pequeno risco de infecção16 porque a agulha rompe a superfície da pele21, proporcionando um possível ponto de entrada para bactérias. Pode ocorrer ainda dormência23 a curto prazo nas pernas ou dores nas costas20 e risco de sangramento no canal medular. Outros riscos podem ocorrer, dependendo da condição médica específica.
Quais são as complicações possíveis da mielografia1?
Embora se acredite que a incidência32 de complicações da mielografia1 seja bastante baixa, ainda restam várias questões sobre o manejo necessário para evitar convulsões, reações de contraste, sangramento e outras complicações significativas pós-mielografia1.
Veja também sobre "Hérnias33 cerebrais", "Paraplegia34" e "Tetraplegia".
Referências:
As informações veiculadas neste texto foram extraídas dos sites Johns Hopkins Medicine, American Journal of Roentgenology e Michigan Medicine.
As notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.