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O alarmante avanço do diabetes tipo 2 no Brasil: segundo a SBD e a OPAS, até 80% dos casos iniciais podem ser prevenidos ou revertidos com mudanças no estilo de vida

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O diabetes mellitus1 tipo 2, caracterizado pela resistência à insulina2 e por níveis elevados de glicose3 no sangue4, tem se tornado uma das maiores ameaças à saúde5 pública mundial. No Brasil, esse cenário é particularmente preocupante.

Este texto apresenta dados estatísticos globais e nacionais divulgados pela Sociedade Brasileira de Diabetes6 (SBD), pela Agência Brasil, pela Organização Pan-Americana da Saúde5 (OPAS) e outras fontes, buscando alertar para a urgência7 de ações preventivas e de controle.

Dados estatísticos no mundo e no Brasil

Globalmente, o número de pessoas com diabetes6 tem aumentado de forma exponencial nas últimas décadas, refletindo mudanças nos estilos de vida, na alimentação e na estrutura demográfica. De acordo com a revista The Lancet, o número de adultos vivendo com diabetes6 ultrapassou 800 milhões em 2022, mais que quadruplicando desde 1990, quando eram cerca de 198 milhões. A prevalência8 entre adultos saltou de 7% para 14% nesse período, com os maiores aumentos observados em países de baixa e média rendas.

Se essas tendências persistirem, até 2050 o mundo poderá ultrapassar 850 milhões de casos da doença. Em 2024, foram mais de 3,4 milhões de mortes registradas relacionadas ao diabetes6.

Cerca de 59% dos afetados não recebem tratamento adequado, um aumento de 3,5 vezes em relação a 1990. Segundo a Organização Mundial da Saúde5 (OMS), regiões como o Sudeste Asiático e o Mediterrâneo Oriental registram prevalências de até 20%, enquanto na África a cobertura de tratamento é inferior a 40%.

Na região das Américas, o quadro é igualmente alarmante: o número de adultos com diabetes6 quase quadruplicou desde 1990, alcançando 112 milhões em 2022 (13% da população adulta), contra 30 milhões (7%) no início da década. No Caribe, a prevalência8 chega a 20%. Esses números são impulsionados pela urbanização acelerada e pela obesidade9, com 43 milhões de pessoas na região sem acesso ao tratamento.

Na América Latina, projeta-se um aumento de 45% nos casos até 2050, passando de 35,4 milhões em 2024 para mais de 51,5 milhões. O Brasil, infelizmente, é o país mais impactado da região, figurando entre os primeiros colocados no ranking global. Segundo a SBD, com base no Censo de 2022 do IBGE (população de 203 milhões) e no Vigitel 2023 (Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico), cerca de 20 milhões de brasileiros convivem com diabetes6, com uma prevalência8 média de 10,2% nas capitais.

A International Diabetes6 Federation (IDF) posiciona o Brasil em 6º lugar mundial em número absoluto de casos e 5º em incidência10, com 16,8 milhões de adultos entre 20 e 79 anos afetados, atrás apenas de China, Índia, Estados Unidos e Paquistão, todos com populações maiores. Projeções indicam que o país pode subir para o 4º lugar nos próximos anos.

Aproximadamente 90% dos casos são de diabetes tipo 211, enquanto cerca de 600 mil correspondem ao tipo 1. O aumento é notório: em 2006, as taxas eram de 6,3% entre mulheres e 4,6% entre homens; em 2021, a prevalência8 geral já era de 9,1% e, em 2023 chegou a 10,2%. Mulheres continuam mais afetadas (11,1% vs. 9,1% em homens), e a prevalência8 cresce com a idade e diminui com o nível de escolaridade (atingindo 19,4% entre pessoas com até 8 anos de estudo).

De modo alarmante, 46% das pessoas com diabetes6 desconhecem o diagnóstico12, o que pode elevar o número real para mais de 20 milhões de casos. Além disso, 6,5 milhões dependem de insulina13, e o Brasil ocupa o 3º lugar global em casos de diabetes tipo 114. Entre jovens adultos (19-39 anos), houve um crescimento de 56% nos diagnósticos nos últimos 30 anos, impulsionado principalmente pela obesidade9 precoce. Esses dados, somados às 28 amputações diárias relacionadas à doença, delineiam o retrato de uma epidemia em ascensão.

Leia sobre "Como medir os níveis de glicose3 no sangue4", "Hemoglobina glicosilada15" e "Índice HOMA".

Quais são as causas do aumento do diabetes tipo 211 no Brasil?

O aumento do diabetes tipo 211 no Brasil não é aleatório: ele resulta da interação de fatores ambientais, comportamentais e socioeconômicos, agravados pela transição epidemiológica do país.

Em primeiro lugar, a obesidade9 é o principal determinante. Mais de 60% da população adulta apresenta sobrepeso16 ou obesidade9, e o acúmulo de gordura17 visceral promove resistência à insulina2, levando ao esgotamento pancreático. A obesidade9 infantil e adolescente, alimentada por dietas ricas em ultraprocessados, explica o aumento entre jovens: o consumo excessivo de açúcares, gorduras saturadas18 e bebidas adoçadas, aliado à esteatose hepática19 (gordura17 no fígado20), acelera o processo.

O sedentarismo21 é outro fator central. No Brasil, onde 85% da população vive em áreas urbanas, a baixa atividade física é agravada por rotinas de trabalho sedentárias, uso excessivo de telas e transporte passivo, reduzindo o gasto calórico.

Os fatores genéticos também têm peso, especialmente em populações indígenas e afrodescendentes, que apresentam maior predisposição à resistência insulínica. O envelhecimento populacional contribui adicionalmente, pois a sensibilidade à insulina13 diminui com a idade.

Há de se considerar ainda que as mudanças socioeconômicas e culturais impulsionam o problema. A urbanização rápida trouxe maior acesso a alimentos industrializados22 de baixo custo e marketing agressivo de fast food, enquanto a desigualdade social e a baixa escolaridade limitam o conhecimento sobre alimentação saudável.

Entre as mulheres, rotinas sobrecarregadas, transição menopausal e estresse crônico23, potencializados pela poluição urbana e inflamação24 metabólica, aumentam ainda mais o risco.

Em síntese, os fatores hereditários predispõem, mas é o estilo de vida moderno que desencadeia a doença.

Quais são as consequências do aumento do diabetes tipo 211?

As repercussões do avanço do diabetes tipo 211 vão muito além do indivíduo, impactando sistemas de saúde5, economias e estruturas sociais.

No plano clínico, as complicações são graves e multifatoriais. A hiperglicemia25 crônica danifica vasos sanguíneos26 e nervos, levando a retinopatia diabética27, nefropatia28 crônica (responsável por cerca de 30% dos casos de diálise29 no Brasil) e neuropatia periférica30. As doenças cardiovasculares31 associadas ao diabetes6 são as principais causas de morte: aumentam de duas a quatro vezes o risco de infarto32 e AVC.

Em pessoas jovens, a doença acelera o processo de aterosclerose33 precoce, reduzindo a expectativa de vida34 em até 10 anos. Durante a gestação, o diabetes gestacional35 pode causar macrossomia36 fetal, hipoglicemia37 neonatal e complicações cardiorrespiratórias.

O subdiagnóstico, que atinge quase metade dos brasileiros com diabetes6, perpetua um ciclo de agravamento e mortalidade38 evitável. No plano econômico, o impacto é astronômico: o Brasil gasta mais de R$ 42 bilhões por ano com medicamentos (incluindo insulina13 fornecida gratuitamente pelo SUS), insumos e complicações evitáveis. Ainda assim, apenas 4 em cada 10 pessoas têm acesso regular aos medicamentos essenciais.

Em conclusão, o aumento do diabetes tipo 211 não é inevitável, mas requer ação imediata e coordenada. Políticas públicas de educação nutricional, incentivo à atividade física e diagnóstico12 precoce são fundamentais. A SBD e a OPAS ressaltam que mudanças no estilo de vida podem prevenir ou reverter até 80% dos casos em estágios iniciais.

Com 20 milhões de brasileiros afetados e projeções crescentes, o país precisa priorizar a prevenção para evitar uma catástrofe sanitária e econômica.

Saiba mais sobre "Pré-diabetes39", "Retinopatia diabétia", "Nefropatia28 diabética", "Neuropatia40 diabética" e "Cetoacidose diabética41".

 

Referências:

As informações veiculadas neste texto foram extraídas principalmente dos sites da Associação Paulista de Medicina, da OPAS - Organização Pan-Americana de Saúde e do Observatório de Saúde Pública.

ABCMED, 2025. O alarmante avanço do diabetes tipo 2 no Brasil: segundo a SBD e a OPAS, até 80% dos casos iniciais podem ser prevenidos ou revertidos com mudanças no estilo de vida. Disponível em: <https://www.abc.med.br/p/diabetes-mellitus/1496435/o-alarmante-avanco-do-diabetes-tipo-2-no-brasil-segundo-a-sbd-e-a-opas-ate-80-dos-casos-iniciais-podem-ser-prevenidos-ou-revertidos-com-mudancas-no-estilo-de-vida.htm>. Acesso em: 20 out. 2025.
Nota ao leitor:
As notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.

Complementos

1 Diabetes mellitus: Distúrbio metabólico originado da incapacidade das células de incorporar glicose. De forma secundária, podem estar afetados o metabolismo de gorduras e proteínas.Este distúrbio é produzido por um déficit absoluto ou relativo de insulina. Suas principais características são aumento da glicose sangüínea (glicemia), poliúria, polidipsia (aumento da ingestão de líquidos) e polifagia (aumento da fome).
2 Resistência à insulina: Inabilidade do corpo para responder e usar a insulina produzida. A resistência à insulina pode estar relacionada à obesidade, hipertensão e altos níveis de colesterol no sangue.
3 Glicose: Uma das formas mais simples de açúcar.
4 Sangue: O sangue é uma substância líquida que circula pelas artérias e veias do organismo. Em um adulto sadio, cerca de 45% do volume de seu sangue é composto por células (a maioria glóbulos vermelhos, glóbulos brancos e plaquetas). O sangue é vermelho brilhante, quando oxigenado nos pulmões (nos alvéolos pulmonares). Ele adquire uma tonalidade mais azulada, quando perde seu oxigênio, através das veias e dos pequenos vasos denominados capilares.
5 Saúde: 1. Estado de equilíbrio dinâmico entre o organismo e o seu ambiente, o qual mantém as características estruturais e funcionais do organismo dentro dos limites normais para sua forma de vida e para a sua fase do ciclo vital. 2. Estado de boa disposição física e psíquica; bem-estar. 3. Brinde, saudação que se faz bebendo à saúde de alguém. 4. Força física; robustez, vigor, energia.
6 Diabetes: Nome que designa um grupo de doenças caracterizadas por diurese excessiva. A mais frequente é o Diabetes mellitus, ainda que existam outras variantes (Diabetes insipidus) de doença nas quais o transtorno primário é a incapacidade dos rins de concentrar a urina.
7 Urgência: 1. Necessidade que requer solução imediata; pressa. 2. Situação crítica ou muito grave que tem prioridade sobre outras; emergência.
8 Prevalência: Número de pessoas em determinado grupo ou população que são portadores de uma doença. Número de casos novos e antigos desta doença.
9 Obesidade: Condição em que há acúmulo de gorduras no organismo além do normal, mais severo que o sobrepeso. O índice de massa corporal é igual ou maior que 30.
10 Incidência: Medida da freqüência em que uma doença ocorre. Número de casos novos de uma doença em um certo grupo de pessoas por um certo período de tempo.
11 Diabetes tipo 2: Condição caracterizada por altos níveis de glicose causada tanto por graus variáveis de resistência à insulina quanto por deficiência relativa na secreção de insulina. O tipo 2 se desenvolve predominantemente em pessoas na fase adulta, mas pode aparecer em jovens.
12 Diagnóstico: Determinação de uma doença a partir dos seus sinais e sintomas.
13 Insulina: Hormônio que ajuda o organismo a usar glicose como energia. As células-beta do pâncreas produzem insulina. Quando o organismo não pode produzir insulna em quantidade suficiente, ela é usada por injeções ou bomba de insulina.
14 Diabetes tipo 1: Condição caracterizada por altos níveis de glicose causada por deficiência na produção de insulina. Ocorre quando o próprio sistema imune do organismo produz anticorpos contra as células-beta produtoras de insulina, destruindo-as. O diabetes tipo 1 se desenvolve principalmente em crianças e jovens, mas pode ocorrer em adultos. Há tendência em apresentar cetoacidose diabética.
15 Hemoglobina glicosilada: Hemoglobina glicada, hemoglobina glicosilada, glico-hemoglobina ou HbA1C e, mais recentemente, apenas como A1C é uma ferramenta de diagnóstico na avaliação do controle glicêmico em pacientes diabéticos. Atualmente, a manutenção do nível de A1C abaixo de 7% é considerada um dos principais objetivos do controle glicêmico de pacientes diabéticos. Algumas sociedades médicas adotam metas terapêuticas mais rígidas de 6,5% para os valores de A1C.
16 Sobrepeso: Peso acima do normal, índice de massa corporal entre 25 e 29,9.
17 Gordura: Um dos três principais nutrientes dos alimentos. Os alimentos que fornecem gordura são: manteiga, margarina, óleos, nozes, carnes vermelhas, peixes, frango e alguns derivados do leite. O excesso de calorias é estocado no organismo na forma de gordura, fornecendo uma reserva de energia ao organismo.
18 Gorduras saturadas: Elas são encontradas principalmente em produtos de origem animal. Em temperatura ambiente, apresentam-se em estado sólido. Estão nas carnes vermelhas e brancas (principalmente gordura da carne e pele das aves e peixes), leite e seus derivados integrais (manteiga, creme de leite, iogurte, nata) e azeite de dendê.
19 Esteatose hepática: Esteatose hepática ou “fígado gorduroso“ é o acúmulo de gorduras nas células do fígado.
20 Fígado: Órgão que transforma alimento em energia, remove álcool e toxinas do sangue e fabrica bile. A bile, produzida pelo fígado, é importante na digestão, especialmente das gorduras. Após secretada pelas células hepáticas ela é recolhida por canalículos progressivamente maiores que a levam para dois canais que se juntam na saída do fígado e a conduzem intermitentemente até o duodeno, que é a primeira porção do intestino delgado. Com esse canal biliar comum, chamado ducto hepático, comunica-se a vesícula biliar através de um canal sinuoso, chamado ducto cístico. Quando recebe esse canal de drenagem da vesícula biliar, o canal hepático comum muda de nome para colédoco. Este, ao entrar na parede do duodeno, tem um músculo circular, designado esfíncter de Oddi, que controla o seu esvaziamento para o intestino.
21 Sedentarismo: Qualidade de quem ou do que é sedentário, ou de quem tem vida e/ou hábitos sedentários. Sedentário é aquele que se exercita pouco, que não se movimenta muito.
22 Alimentos industrializados: São aqueles que passam por processamento industrial (larga escala) ou doméstico, contendo elementos químicos. Este processo de transformação, mesmo que caseiro, é percebido como menos saudável que o natural. Geralmente estes produtos sofrem junção com outro tipo de produto, como conservantes, ou alterações em sua temperatura. Exemplo: qualquer produto enlatado, engarrafado ou embutidos.
23 Crônico: Descreve algo que existe por longo período de tempo. O oposto de agudo.
24 Inflamação: Conjunto de processos que se desenvolvem em um tecido em resposta a uma agressão externa. Incluem fenômenos vasculares como vasodilatação, edema, desencadeamento da resposta imunológica, ativação do sistema de coagulação, etc.Quando se produz em um tecido superficial (pele, tecido celular subcutâneo) pode apresentar tumefação, aumento da temperatura local, coloração avermelhada e dor (tétrade de Celso, o cientista que primeiro descreveu as características clínicas da inflamação).
25 Hiperglicemia: Excesso de glicose no sangue. Hiperglicemia de jejum é o nível de glicose acima dos níveis considerados normais após jejum de 8 horas. Hiperglicemia pós-prandial acima de níveis considerados normais após 1 ou 2 horas após alimentação.
26 Vasos Sanguíneos: Qualquer vaso tubular que transporta o sangue (artérias, arteríolas, capilares, vênulas e veias).
27 Retinopatia diabética: Dano causado aos pequenos vasos da retina dos diabéticos. Pode levar à perda da visão. Retinopatia não proliferativa ou retinopatia background Caracterizada por alterações intra-retinianas associadas ao aumento da permeabilidade capilar e à oclusão vascular que pode ou não ocorrer. São encontrados microaneurismas, edema macular e exsudatos duros (extravasamento de lipoproteínas). Também chamada de retinopatia simples.
28 Nefropatia: Lesão ou doença do rim.
29 Diálise: Quando os rins estão muito doentes, eles deixam de realizar suas funções, o que pode levar a risco de vida. Nesta situação, é preciso substituir as funções dos rins de alguma maneira, o que pode ser feito realizando-se um transplante renal, ou através da diálise. A diálise é um tipo de tratamento que visa repor as funções dos rins, retirando as substâncias tóxicas e o excesso de água e sais minerais do organismo, estabelecendo assim uma nova situação de equilíbrio. Existem dois tipos de diálise: a hemodiálise e a diálise peritoneal.
30 Neuropatia periférica: Dano causado aos nervos que afetam os pés, as pernas e as mãos. A neuropatia causa dor, falta de sensibilidade ou formigamentos no local.
31 Doenças cardiovasculares: Doença do coração e vasos sangüíneos (artérias, veias e capilares).
32 Infarto: Morte de um tecido por irrigação sangüínea insuficiente. O exemplo mais conhecido é o infarto do miocárdio, no qual se produz a obstrução das artérias coronárias com conseqüente lesão irreversível do músculo cardíaco.
33 Aterosclerose: Tipo de arteriosclerose caracterizado pela formação de placas de ateroma sobre a parede das artérias.
34 Expectativa de vida: A expectativa de vida ao nascer é o número de anos que se calcula que um recém-nascido pode viver caso as taxas de mortalidade registradas da população residente, no ano de seu nascimento, permaneçam as mesmas ao longo de sua vida.
35 Diabetes gestacional: Tipo de diabetes melito que se desenvolve durante a gravidez e habitualmente desaparece após o parto, mas aumenta o risco da mãe desenvolver diabetes no futuro. O diabetes gestacional é controlado com planejamento das refeições, atividade física e, em alguns casos, com o uso de insulina.
36 Macrossomia: Refere-se de forma imprecisa aos bebês com peso igual ou superior a 4 quilos. Mães diabéticas podem ter filhos macrossômicos.
37 Hipoglicemia: Condição que ocorre quando há uma queda excessiva nos níveis de glicose, freqüentemente abaixo de 70 mg/dL, com aparecimento rápido de sintomas. Os sinais de hipoglicemia são: fome, fadiga, tremores, tontura, taquicardia, sudorese, palidez, pele fria e úmida, visão turva e confusão mental. Se não for tratada, pode levar ao coma. É tratada com o consumo de alimentos ricos em carboidratos como pastilhas ou sucos com glicose. Pode também ser tratada com uma injeção de glucagon caso a pessoa esteja inconsciente ou incapaz de engolir. Também chamada de reação à insulina.
38 Mortalidade: A taxa de mortalidade ou coeficiente de mortalidade é um dado demográfico do número de óbitos, geralmente para cada mil habitantes em uma dada região, em um determinado período de tempo.
39 Pré-diabetes: Condição em que um teste de glicose, feito após 8 a 12 horas de jejum, mostra um nível de glicose mais alto que o normal mas não tão alto para um diagnóstico de diabetes. A medida está entre 100 mg/dL e 125 mg/dL. A maioria das pessoas com pré-diabetes têm um risco aumentado de desenvolver diabetes tipo 2.
40 Neuropatia: Doença do sistema nervoso. As três principais formas de neuropatia em pessoas diabéticas são a neuropatia periférica, neuropatia autonômica e mononeuropatia. A forma mais comum é a neuropatia periférica, que afeta principalmente pernas e pés.
41 Cetoacidose diabética: Complicação aguda comum do diabetes melito, é caracterizada pela tríade de hiperglicemia, cetose e acidose. Laboratorialmente se caracteriza por pH arterial 250 mg/dl, com moderado grau de cetonemia e cetonúria. Esta condição pode ser precipitada principalmente por infecções, infarto agudo do miocárdio, acidente vascular encefálico, trauma e tratamento inadequado do diabetes. Os sinais clínicos da cetoacidose são náuseas, vômitos, dor epigástrica (no estômago), hálito cetônico e respiração rápida. O não-tratamento desta condição pode levar ao coma e à morte.

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