Avaliação da tireoide
O que é a tireoide1?
A glândula2 tireoide1 é uma glândula2 endócrina em forma de borboleta, localizada na parte inferior e frontal do pescoço3. A função dessa glândula2 é produzir hormônios, que são secretados no sangue4 e depois transportados para todos os tecidos do corpo. Os hormônios da tireoide1 ajudam o corpo a usar energia e a manter o cérebro5, o coração6, os músculos7 e outros órgãos funcionando como deveriam.
O principal hormônio8 secretado pela glândula2 tireoide1 é a tiroxina, também chamada T4 porque contém quatro átomos de iodo. Para exercer seus efeitos, o T4 é convertido em tri-iodotironina (T3) pela remoção de um átomo de iodo. Isso ocorre principalmente no fígado9 e em certos tecidos nos quais o T3 atua, como no cérebro5.
A quantidade de T4 produzido pela glândula2 tireoide1 é controlada pelo hormônio8 estimulador da tireoide1 (TSH), produzido pela hipófise10, glândula2 localizada na base do cérebro5. A quantidade de TSH que a hipófise10 envia para a corrente sanguínea depende da quantidade de T4 que a tireoide1 esteja produzindo. Se a tireoide1 produz pouco T4, a hipófise10 produz mais TSH para dizer àquela glândula2 que produza mais T4. Acontece o contrário se o T4 é aumentado. Depois que o T4 na corrente sanguínea ultrapassa um certo nível, a produção de TSH pela hipófise10 é interrompida. Assim, a tireoide1 e a hipófise10 funcionam num permanente circuito de retroalimentação.
O que é a avaliação da tireoide1?
A avaliação da tireoide1 é a apuração do estado funcional da glândula2, o que é feito por vários exames. Os exames mais usados para avaliar a função de tireoide1 são:
Exame do TSH
O TSH pode ser dosado no sangue4, o que serve como um “sistema precoce de alerta”. Essa parece ser a melhor maneira de detectar muito cedo alguma alteração da função tireoidiana, porque o TSH geralmente se modifica antes dos hormônios tireoideanos T3 e T4. Um nível alto de TSH indica que a tireoide1 não está produzindo hormônios em níveis suficientes (hipotireoidismo11). A situação oposta indica que a tireoide1 os está produzindo em excesso (hipertireoidismo12).
Um TSH baixo pode resultar em alguma anormalidade da glândula2 pituitária (ou hipófise10) que, consequentemente, impede que a tireoide1 seja adequadamente estimulada (hipotireoidismo11 secundário). Na maioria das pessoas, um TSH normal (valores entre 0,4 e 4,5 mU/L) significa que a tireoide1 está em funcionamento normal.
Saiba mais sobre "O que é TSH", "Hipotireoidismo11", "Hipertireoidismo12", "Nódulos da Tireoide13" e "Mixedema14 ou hipotireoidismo11 grave".
Exame do T4
O T4 é o principal hormônio8 fabricado pela tireoide1 e lançado no sangue4. O exame mede o T4 livre, capaz de afetar os tecidos do corpo, e o T4 ligado a proteínas15. Este T4 livre reflete com mais precisão o estado de funcionamento da tireoide1 quando conjugado com o TSH.
Um TSH elevado, com baixo T4 indica hipotireoidismo11 primário. Um baixo TSH e um baixo T4 indica hipotireoidismo11 devido a problemas da glândula2 pituitária (hipófise10). Um baixo TSH com um T4 elevado é encontrado em pessoas com hipertireoidismo12.
Valores normais do T4 livre estão entre 0,7 a 1,8 ng/dl, e de T4 total estão entre 4,5 e 12,6 µg/dL (para pessoas com 12 anos ou mais de idade).
Exame do T3
O exame do T3 costuma ser útil para diagnosticar o hipertireoidismo12 ou para determinar a gravidade da doença. Pacientes com hipertireoidismo12 têm níveis altos de T3. Em algumas pessoas com baixo TSH, apenas o T3 está elevado e o T4 é normal. Em casos de hipotireoidismo11, o T3 raramente é útil, pois é o último exame a se tornar anormal. Valores normais do T3 total estão entre 80 e 180 ng/dL e do T3 livre entre 2,5 a 4 ng/dL.
Exames de anticorpos16 da tireoide1
Em muitos pacientes com hipotireoidismo11 ou hipertireoidismo12, os linfócitos reagem contra a tireoide1 (autoimunidade17 da tireoide1) e produzem anticorpos16 contra as proteínas15 das células18 dessa glândula2. Medir os níveis de anticorpos16 da tireoide1 pode ajudar a diagnosticar a causa do problema. A dosagem de alguns anticorpos16 em um paciente com hipotireoidismo11, por exemplo, resulta em um diagnóstico19 de tireoidite de Hashimoto.
A busca da detecção de anticorpos16 é útil no diagnóstico19 inicial de hipotireoidismo11 devido à possibilidade da tireoidite autoimune20, mas o acompanhamento de seus níveis ao longo do tempo não ajuda a detectar o desenvolvimento da doença ou a resposta à terapia. Se o paciente tem doença de Graves, o médico também pode solicitar um exame de anticorpos16 para receptores estimulantes e bloqueadores de tireotrofina. O acompanhamento dos níveis desses anticorpos16 pode ajudar a avaliar a resposta ao tratamento da doença, determinar quando é apropriado interromper a medicação antitireoidiana e avaliar o risco de transmissão de anticorpos16 ao feto21 durante a gravidez22.
Outros exames que não de sangue4
Como a glândula2 tireoide1 é uma grande captadora de iodo, para fabricar o T4, o teste de captação de iodo consiste em que o paciente ingira uma pequena quantidade de iodo radioativo23 que em seguida é acompanhado em sua distribuição no organismo. Quando uma captação muito alta é feita pela tireoide1, isso indica uma glândula2 hiperfuncionante (hipertireoidismo12) e, ao contrário, uma captação muito baixa indica hipotireoidismo11. Além dessa captação em termos gerais, pode também ser obtida uma imagem da tireoide1 que mostre a área de maior captação.
Em caso desse e de outros exames da tireoide1, deve ser informado ao médico as medicações que o paciente esteja tomando, porque há remédios que podem influenciar nos resultados dos exames.
Leia sobre "Doença de Graves", "Tireoidite de Hashmoto", "Bócio24", "Bócio24 mergulhante", "Biópsia25 de tireoide1" e "Câncer26 de tireoide1".
Referências:
As informações veiculadas neste texto foram extraídas dos sites da American Thyroid Association, do National Center for Biotechnology Information e do Ministério da Saúde.
As notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.