Deficiência de vitamina D: o que ela acarreta para o organismo?
O que é vitamina1 D?
Conhecida como a vitamina1 do sol, a vitamina1 D é produzida pelo corpo em resposta à exposição da pele2 à luz solar. Ela também ocorre naturalmente em alguns alimentos, como alguns peixes, óleos de fígado3 de peixe, gemas de ovos, produtos lácteos e cereais fortificados. Não há dúvida de que a vitamina1 D desempenha um papel vital na saúde4 e no bem-estar das pessoas e deve-se agir de modo a garantir seus níveis normais.
O que é a deficiência de vitamina1 D?
Em geral, a maioria dos especialistas acha que o nível sanguíneo da vitamina1 D deva ficar em 30 a 40 ng/mL. Se a pessoa evitar o sol, sofrer de alergias ao leite ou adotar uma dieta vegetariana estrita, poderá ter níveis mais baixos e estar em risco de deficiência da vitamina1 D.
Quais são as causas da deficiência de vitamina1 D?
Como a atuação da vitamina1 D depende da luz solar, a exposição ao sol é essencial. Por isso, as pessoas que vivem em regiões setentrionais, usam vestes longas ou coberturas na cabeça5 ou têm uma ocupação que evita a exposição ao sol estão em maiores riscos de sofrerem as consequências da deficiência de vitamina1 D.
Outra causa pode ser uma dieta vegetariana estrita, em que a pessoa deixa de consumir os níveis recomendados de vitamina1 D, ao longo do tempo, já que a maioria das fontes naturais é de origem animal. Na pessoa de pele2 escura, o pigmento de melanina6 reduz a capacidade de produzir vitamina1 D em resposta à exposição à luz solar. Por isso, os idosos de pele2 escura têm um risco mais alto de deficiência dessa vitamina1.
Pessoas que tenham má absorção de gordura7 (por exemplo, a doença de Crohn8, doença celíaca, etc.) e as pessoas que fizeram cirurgia bariátrica9 são frequentemente incapazes de absorver o suficiente da vitamina1 D, que é solúvel em gordura7. Alguns medicamentos podem aumentar a degradação de vitamina1 D e levar a níveis baixos. As pessoas com doença renal10 crônica, hiperparatireoidismo, desordens crônicas de formação de granuloma11 e alguns linfomas também podem ter uma perda de vitamina1 D. As pessoas com mais de 70 anos têm diminuída a sua capacidade de sintetizar vitamina1 D a partir da exposição ao sol, mas embora isto possa causar algum impacto, não causa mais deficiência que os outros fatores de risco.
Qual é a fisiopatologia12 da deficiência de vitamina1 D?
A vitamina1 D promove a absorção de cálcio no intestino, mantém os níveis de cálcio no sangue13 para permitir a mineralização normal do osso e previne que os níveis sanguíneos de cálcio fiquem anormalmente baixos, o que pode levar à tetania14, entre outras consequências. Ela também é essencial para a síntese do tecido ósseo15, porque ajuda o organismo a usar o cálcio da dieta. Por isso, ela é especialmente importante no período de crescimento e, nas mulheres, no período da menopausa16, em que o risco de osteoporose17 está aumentado.
Tradicionalmente, a deficiência de vitamina1 D tem sido associada ao raquitismo18 nas crianças e osteomalácia19 (enfraquecimento dos ossos) nos adultos, mas cada vez mais tem-se revelado a importância dela na proteção contra uma série de problemas de saúde4. A vitamina1 D parece desempenhar um papel importante na prevenção e tratamento de várias condições médicas, incluindo a diabetes mellitus20 tipo 1 e tipo 2, hipertensão arterial21, intolerância à glicose22 e esclerose múltipla23.
Quais são os principais sinais24 e sintomas25 da deficiência de vitamina1 D?
Para muitas pessoas, os sintomas25 são sutis e às vezes passam despercebidos. No entanto, mesmo sintomas25 leves podem representar riscos importantes para a saúde4. Os sintomas25 mais comuns são dor óssea e fraqueza muscular. Os baixos níveis sanguíneos de vitamina1 podem causar, além de doenças ósseas, doenças metabólicas, cardiovasculares e autoimunes26, câncer27, infecções28 e desordens cognitivas, além de prejuízo cognitivo29 em idosos e asma30 grave em crianças.
Como o médico diagnostica a deficiência de vitamina1 D?
A deficiência de vitamina1 pode ser constatada em um exame de sangue13 simples, que deve ser pedido quando houver situações de risco, mesmo na ausência de sintomas25. Comparando os resultados obtidos com os valores de referência, o médico pode diagnosticar a deficiência, se houver.
Como o médico trata a deficiência de vitamina1 D?
A vitamina1 D deve ser suplementada através de correções na dieta e/ou de medicações. Existem dois tipos de vitamina1 D: D2 e D3. A vitamina1 D3 é a que melhor corrige os níveis sanguíneos baixos de vitamina1 D e por isso deve ser a preferida. A quantidade em que ela deve ser tomada depende da gravidade da deficiência. Nos meses de pouco sol devem ser usadas quantidades um pouco maiores do que nos demais meses. Os suplementos de vitamina1 D devem ser tomados com uma refeição que contenha gordura7, porque a vitamina1 D é lipossolúvel.
Quais são as complicações possíveis da deficiência da vitamina1 D?
A ingestão excessiva de vitamina1 D, na tentativa de corrigir a deficiência, pode levar a níveis elevados de cálcio no sangue13 (hipercalcemia), fraqueza, confusão mental, constipação31, perda de apetite e desenvolvimento de depósitos dolorosos de cálcio.
As notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.