Rim policístico: o que é? Quais as causas? Como são os sintomas, o diagnóstico e o tratamento? Existem complicações?
O que é rim1 policístico?
A doença renal2 policística é de natureza genética, progressiva, afeta ambos os rins3 e caracteriza-se pela presença de múltiplos cistos em cada rim1 (daí a expressão "rim1 policístico"). A doença renal2 policística pode acometer outros órgãos além dos rins3, como fígado4, pâncreas5, coração6 e cérebro7 e pode também ocorrer em alguns outros animais, além dos seres humanos.
Quais são as causas do rim1 policístico?
A doença renal2 policística é uma doença genética que existe sob duas formas: autossômica8 dominante e autossômica8 recessiva. Na forma dominante, se um dos pais tem rins3 policísticos, as chances dos filhos também terem é de 50%.
Quais são os principais sinais9 e sintomas10 do rim1 policístico?
Há que se fazer a diferença entre a mera presença de cistos nos rins3 e a doença policística renal2. A presença de um pequeno número de cistos depois dos 50 anos de idade deve ser considerada normal e habitualmente é clinicamente irrelevante.
A doença policística renal2 caracteriza-se por um grande número de cistos, inicialmente de tamanhos quase imperceptíveis, mas que crescem progressivamente até destruírem todo o tecido11 renal2. A doença policística renal2 às vezes progride muito lentamente e só se manifesta muito tarde, depois dos 50 anos. Os cistos em si mesmos não geram sintomas10, a não ser quando crescem muito ou quando se rompem. A forma dominante da doença, especialmente, caracteriza-se pelo início tardio e desenvolvimento progressivo dos cistos renais, com aumento bilateral do volume dos rins3. Manifesta-se com alterações da função renal2, hipertensão arterial12, dor lombar, presença de sangue13 na urina14 e insuficiência renal15. A doença renal2 policística autossômica8 dominante na verdade é uma doença sistêmica e pode apresentar cistos também em outros órgãos como o fígado4, vesículas seminais16, pâncreas5 e membranas aracnoides, bem como pode vir acompanhada de outras anomalias orgânicas como os aneurismas, prolapso17 da válvula mitral e hérnias18 abdominais. Os sintomas10 mais comuns dessa doença são: hipertensão arterial12 sistêmica, cansaço, dor lombar e infecções19 do trato urinário20. Com o tempo, a doença renal2 policística autossômica8 dominante pode levar muitas vezes à insuficiência renal15 e exigir alguma forma de terapia renal2 substitutiva, como a diálise21. Na doença renal2 policística autossômica8 recessiva os sinais9 e sintomas10 da doença são aparentes já ao nascimento ou na primeira infância.
Como o médico diagnostica o rim1 policístico?
Em um grande número de casos, os rins3 policísticos são um achado fortuito durante a realização de uma ultrassonografia22 abdominal por outro motivo. A doença só deve ser diagnosticada como tal em pessoas que tenham cistos renais em grande número e história familiar da doença. Por outro lado, quando a doença é diagnosticada num indivíduo, seus familiares devem ser investigados quanto à possibilidade de serem portadores de cistos assintomáticos. A tomografia computadorizada23 ou a ressonância magnética24 conseguem detectar mesmo os cistos de pequeno tamanho. Investigações genéticas realizadas no sangue13 podem detectar os genes anormais. A evolução da insuficiência renal15 crônica, quando existe, pode ser acompanhada pelas dosagens sanguíneas da ureia25 e da creatinina26 e pelos exames de imagens que monitorem o crescimento do volume renal2.
Como o médico trata o rim1 policístico?
Infelizmente ainda não há uma cura para a doença policística renal2. Tenta-se retardar ou deter o crescimento dos cistos por meio do controle da pressão arterial27, boa hidratação e evitando a cafeína, fatores que parecem favorecer o crescimento dos cistos. Alguns remédios encontram-se em fase de teste, mas ainda não são de uso extensivo. Para a insuficiência renal15 crônica há as opções de hemodiálise28 ou transplante renal2.
Quais são as complicações possíveis do rim1 policístico?
A complicação mais temida da doença policística renal2 é a insuficiência renal15 crônica.
As notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.