Ferritina baixa? O que fazer?
O que é ferritina?
A ferritina é a mais importante proteína que atua na reserva orgânica de ferro. Ela existe em quase todos os seres vivos, incluindo bactérias, plantas e animais. Trata-se de uma macromolécula encontrada em todas as células1 do organismo humano, especialmente no fígado2, baço3 e medula óssea4 e está envolvida na síntese, metabolismo5 e reserva do ferro. Assim, pois, a ferritina circulante reflete diretamente o nível de ferro estocado no organismo, porque os níveis séricos de ferritina são diretamente relacionados à quantidade de ferro disponível no corpo. Normalmente, a ferritina armazena o ferro e o libera de forma controlada, conforme as necessidades.
Dosagem da ferritina
A dosagem da ferritina circulante reflete diretamente o nível de ferro presente no organismo. É muito importante para a saúde6 do indivíduo que o ferro esteja na dosagem adequada; nem em falta, nem em excesso. A variação normal da ferritina está entre 20 e 80 ng/ml. Menos de 20 significa deficiência em ferro e mais de 80 significa sobrecarga. Em geral, o médico pede esse exame para detectar e avaliar a gravidade da deficiência ou excesso de ferro. Sua dosagem é solicitada quando o hemograma revela baixo nível de hemoglobina7 ou quando se constata a presença de hemácias8 descoradas e diminuídas de tamanho, condições que sugerem a presença de anemia9 por deficiência de ferro. Ele pode também ser solicitado quando o médico suspeita de excesso de ferro. A carência de ferro pode ser devido a perdas excessivas, como acontece nas grandes hemorragias10 ou em virtude de condições de má absorção.
Quais são os principais sinais11 e sintomas12 das alterações dos níveis séricos de ferritina?
O nível saguíneo de ferritina sérica pode estar em valores abaixo ou acima do normal, indicando deficiência ou excesso de ferro no organismo. Uma das consequências da carência de ferro é uma forma de anemia9 (existem outras) denominada anemia ferropriva13.
Outras manifestações da carência de ferro, algumas delas devido à anemia9, são: fadiga14 crônica, fraqueza, tontura15 e cefaleia16, sensação de queimação, lesões17 nas comissuras18 labiais, unhas19 arqueadas em formato de colher, falta de ar, sonolência, irritabilidade, zumbidos auditivos, dor torácica, dores nos membros inferiores, choque20 e insuficiência cardíaca21. Baixos níveis de ferritina têm sido relacionados à síndrome22 das pernas inquietas e indicam a presença de hipotireoidismo23 e deficiência de vitamina24 C. Pode ocorrer também o desejo de ingerir substâncias estranhas não comestíveis que contenham ferro como giz, alcaçuz, poeira ou terra.
Quando há níveis elevados de ferro os sintomas12 tendem a piorar com o tempo, como resultado do acúmulo do metal nos tecidos do organismo. São eles: dores nas articulações25, fadiga14, fraqueza, dor abdominal, redução da libido26, problemas cardíacos. Níveis elevados de ferritina podem indicar doenças como patologias hepáticas27, sobrecarga de ferro, leucemia28, inflamação29 ou infecção30, doença de Hodgkin31, anemias hemolíticas crônicas, doença renal32 crônica. Quando a ferritina é muito alta, isso pode ser indicativo de processo inflamatório agudo33. Uma ferritina cronicamente alta pode levar à doença pancreática e ao diabetes34.
Como tratar os desvios quantitativos da ferritina?
O tratamento para uma ferritina elevada consiste em doar sangue35. Para a deficiência em ferro o melhor tratamento é o ferro orgânico da carne ou do sangue35 de animais.
Referências:
As informações veiculadas neste texto foram extraídas em parte dos sites do U. S. National Institute of Health e da Mayo Clinic.
As notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.