Mastocitose sistêmica
O que é mastocitose sistêmica?
A mastocitose sistêmica é uma neoplasia1 mieloproliferativa (proliferação de células da medula óssea2), distúrbio que resulta em um número excessivo de mastócitos3 no corpo, incluindo a medula óssea4, pele5, trato gastrointestinal, fígado6 e baço7. Os mastócitos3 normalmente ajudam a proteger contra doenças e auxiliam na cicatrização de feridas, liberando substâncias como a histamina8 e os leucotrienos9.
Quais são as causas da mastocitose sistêmica?
A mastocitose sistêmica se deve a uma mutação genética10. Gatilhos comuns incluem álcool, mudanças de temperatura, alimentos condimentados e certos medicamentos.
Quais são as principais características clínicas da mastocitose sistêmica?
Existem vários tipos de mastocitose sistêmica. Segundo critérios da Organização Mundial da Saúde11 são os seguintes:
- Mastocitose sistêmica indolente
- Mastocitose sistêmica latente
- Mastocitose sistêmica com neoplasia1 hematológica associada
- Mastocitose sistêmica agressiva
- Leucemia12 de mastócitos3
- Sarcoma13 de mastócitos3
A forma mais comum é a mastocitose sistêmica indolente, que progride lentamente. A segunda forma mais comum é a mastocitose sistêmica associada a um segundo distúrbio sanguíneo. Outro tipo, mastocitose sistêmica agressiva, desenvolve-se rapidamente e está frequentemente associado a danos nos órgãos. A leucemia12 de mastócitos3 e o sarcoma13 de mastócitos3 são formas extremamente raras de mastocitose sistêmica.
Quando ativados, os mastócitos3 liberam substâncias que podem sobrecarregar o corpo e resultam em sinais14 e sintomas15 como rubor, coceira, batimento cardíaco acelerado, cólicas16 abdominais, tontura17 ou mesmo perda de consciência.
Manifestações de mastocitose sistêmica podem incluir anemia18 e coagulopatia; sintomas15 gastrointestinais como dor abdominal, diarreia19, náusea20 e vômito21; sintomas15 e sinais14 da doença do refluxo gastroesofágico22; prurido23 e rubor; e reação anafilactoide24. As descobertas no exame físico podem incluir sinais14 de anemia18, hepatomegalia25, esplenomegalia26, linfadenopatia, urticária27 e, raramente, osteólise e fraturas patológicas.
Leia sobre "Anemias", "Coagulopatias", "Leucemias" e "Anafilaxia28".
Como o médico diagnostica a mastocitose sistêmica?
O médico pode diagnosticar mastocitose sistêmica através de exames de sangue29 ou urina30 ou exames de imagem, como radiografias, ultrassonografias e tomografias computadorizadas. Também uma amostra de medula óssea4 obtida por biópsia31 pode ser usada para ser estudada em um laboratório. Esses exames tanto buscam por altos níveis de mastócitos3 como das substâncias que eles liberam.
As descobertas em estudos sanguíneos podem incluir anemia18, trombocitopenia32 e leucocitose33. Alguns pacientes apresentam também eosinofilia34, basofilia, trombocitose35 e monocitose. A medição da triptase sérica ajuda no diagnóstico36.
Os seguintes exames de imagem podem ser necessários para identificar a extensão e o estágio da doença: radiografia gastrointestinal, ultrassonografia37 e tomografia computadorizada38 do fígado6 e baço7 em pacientes com dor abdominal, levantamentos esqueléticos e tomografia computadorizada38 de ossos em pacientes com suspeita de envolvimento ósseo.
Os procedimentos de diagnóstico36 envolvem aspiração e biópsia31 da medula óssea4, procedimentos gastrointestinais, como estudos de bário, endoscopia39 etc., biópsia31 hepática40 e de pele5. Mas, o principal critério diagnóstico36 para a mastocitose sistêmica é a presença de densos infiltrados de mastócitos3 na medula óssea4 ou em outros tecidos não cutâneos.
Os principais critérios de diagnóstico36 podem estar ausentes na doença inicial, mas o diagnóstico36 pode ser feito se forem achados 25% ou mais de mastócitos3 atípicos e níveis de triptase sérica superiores a 20 ng/mL.
Como o médico trata a mastocitose sistêmica?
O tratamento para mastocitose sistêmica pode incluir medicamentos como anti-histamínicos, aspirina e drogas que atuam contra as substâncias liberadas pelos mastócitos3 no corpo. Se a reação alérgica41 for grave, pode ser necessária uma injeção42 de epinefrina. Formas agressivas de mastocitose sistêmica podem precisar de drogas quimioterápicas poderosas para destruir os mastócitos3.
Como evolui em geral a mastocitose sistêmica?
A sobrevida43 média varia de 16,5 anos em pacientes com mastocitose sistêmica indolente e 3,5 anos na mastocitose sistêmica agressiva e 2 meses na leucemia12 mastocitária. A combinação de anemia18, trombocitopenia32, hipoalbuminemia44 e excesso de blastos na medula óssea4 indica um prognóstico45 ruim.
Veja também sobre "Hepatomegalia25", "Esplenomegalia26", "Urticária27" e "Ínguas ou linfadenopatias".
As notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.