Doença inflamatória pélvica
O que é doença inflamatória pélvica1?
A Doença Inflamatória Pélvica1 é, na realidade, uma síndrome2 clínica de infecção3 dos órgãos reprodutivos femininos que atinge os órgãos sexuais internos da mulher, a partir da vagina4.
Quais são as causas da doença inflamatória pélvica1?
A infecção3 geralmente ocorre quando as bactérias sexualmente transmissíveis se espalham da vagina4 para o útero5, trompas de falópio ou ovários6. Assim, é quase sempre transmitida durante a relação sexual com um parceiro infectado. Menos comumente, as bactérias podem entrar no trato reprodutivo se a barreira normal criada pelo colo do útero7 for perturbada. Isso pode acontecer após o parto ou aborto, espontâneo ou não.
Também pode ocorrer, embora raramente, a partir de algum procedimento médico local como parto normal, cirurgia ginecológica, inserção de DIU (Dispositivo Intrauterino para evitar gravidez8), biópsia9 na parte interna do útero5 e curetagem10, por exemplo.
Vários fatores podem aumentar o risco de Doença Inflamatória Pélvica1, incluindo ser uma mulher sexualmente ativa; ter múltiplos parceiros sexuais; estar em um relacionamento sexual com uma pessoa que tenha mais de um parceiro sexual; fazer sexo sem camisinha; fazer ducha vaginal regularmente, o que perturba o equilíbrio de bactérias boas contra bactérias nocivas na vagina4 e ter história de doença inflamatória pélvica1 ou de uma infecção3 sexualmente transmissível.
Saiba mais sobre "Relação sexual", "Aborto", "Dispositivo Intrauterino", "Curetagem10 uterina" e "Doenças sexualmente transmissíveis".
Quais são as principais características clínicas da doença inflamatória pélvica1?
A doença inflamatória pélvica1 geralmente não causa sinais11 ou sintomas12. Como resultado, a mulher pode não perceber que tem a condição e ficar por longo tempo sem obter o tratamento necessário. A condição pode só ser detectada tardiamente se a mulher tiver problemas para engravidar ou se desenvolver dor pélvica13 crônica.
Normalmente, então, as mulheres terão sinais11 e sintomas12 de doença inflamatória pélvica1, que podem incluir dor no baixo ventre e pelve14; corrimento vaginal intenso com odor desagradável; sangramento uterino anormal, especialmente durante ou após a relação sexual ou entre ciclos menstruais; dor ou sangramento durante a relação sexual; febre15, às vezes com calafrios16; micção17 dolorosa ou difícil; fadiga18; dor nas costas19 e vômitos20. Quando grave, a Doença Inflamatória Pélvica1 pode causar febre15, calafrios16, dor abdominal ou pélvica13 grave, especialmente durante o exame pélvico21, e desconforto intestinal.
Aproximadamente um terço das mulheres que tiveram Doença Inflamatória Pélvica1 desenvolve a infecção3 novamente.
Leia sobre "Corrimento vaginal", "Vaginose bacteriana", "Cistite22", "Sífilis23" e "Candidíase24".
Como o médico diagnostica a doença inflamatória pélvica1?
O diagnóstico25 da Doença Inflamatória Pélvica1 depende do histórico médico da paciente e é feito com base nos sintomas12, análise de corrimento do colo do útero7 e da vagina4 e, às vezes, exames de imagens pela ultrassonografia26.
Como o médico trata a doença inflamatória pélvica1?
A Doença Inflamatória Pélvica1 é tratada com antibióticos, na maioria dos casos. Pode haver evolução para forma grave, com necessidade de internação hospitalar e tratamento com antibióticos por via venosa.
Como prevenir a doença inflamatória pélvica1?
Para reduzir o risco de doença inflamatória pélvica1, a pessoa deve usar preservativos sempre que fizer sexo, solicitar que seu parceiro seja testado periodicamente, limitar o número de parceiros sexuais, não usar ducha vaginal e fazer uma consulta ao seu ginecologista regularmente e toda vez que se envolver em alguma situação de risco.
Quais são as complicações possíveis da doença inflamatória pélvica1?
A Doença Inflamatória Pélvica1 não tratada pode causar sequelas27 e desenvolver abscessos28 nas trompas de Falópio (tubo ligando o útero5 aos ovários6), que podem danificar os órgãos reprodutivos. Outras complicações podem incluir infertilidade29, gravidez ectópica30 e dor pélvica13 crônica que pode durar meses ou anos. Essas sequelas27 podem causar dor durante a relação sexual que a impossibilitam e dor durante a ovulação31. O abscesso32 tubo-ovariano, se não for tratado, pode desenvolver uma infecção3 grave e com risco de vida.
Veja também sobre "Infertilidade29", "Gravidez ectópica30", "Dor pélvica13 crônica", "Salpingite", "Bartolinite33" e "Linfogranuloma venéreo".
Referências:
As informações veiculadas neste texto foram extraídas em parte dos sites da Cleveland Clinic, da Mayo Clinic e do International Federation of Gynecologiy and Obstetrics.
As notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.