Gostou do artigo? Compartilhe!

Cisto de útero

A+ A- Alterar tamanho da letra
Avalie este artigo

O que é cisto de útero1?

Um cisto uterino, também chamado de fibroma2 uterino, mioma ou fibromioma, é um crescimento tecidual no útero1. Estes crescimentos são muito comuns. Até 75% das mulheres têm um cisto uterino em algum momento de suas vidas.

Os cistos uterinos geralmente não são malignos, mas causam grande preocupação. Eles são de dois tipos:

Cistos endometriais

Endométrio3 é o revestimento interno do útero1. Às vezes, por motivos ainda mal conhecidos, esse tipo de tecido4 pode começar a crescer em outros lugares. Se acontecer, isso se denomina endometriose5. Se o tecido4 chegar aos ovários6, um cisto se forma, chamado cisto endometrial. Esse cisto pode ser apenas um ou pode ser um em cada ovário7. Embora muitas vezes sejam pequenos (menos de 5 centímetros), esses cistos podem atingir até 20 cm ou mais de diâmetro.

Cistos miometriais

Os cistos miometriais são cistos vistos no miométrio8 (camada muscular do útero1) e podem ser diferenciados adequadamente com base na localização e nas características sonográficas ou do Doppler. Os cistos uterinos que crescem para dentro do útero1 são conhecidos como miomas submucosos e os que se desenvolvem para fora do útero1 são ditos miomas subserosos.

Saiba mais sobre "Endometriose5", "Miomas uterinos", "Ultrassonografia9 transvaginal", e "Laparoscopia10".

Quais são as causas do cisto no útero1?

As causas da maioria dos cistos no útero1 ainda não são bem conhecidas. O cisto de Naboth, por exemplo, que se forma na superfície do colo do útero11, é devido ao acúmulo de muco liberado pelas glândulas12 de Naboth, que ficam no colo do útero11. Esses cistos são bastante comuns, especialmente naquelas mulheres que já tiveram filhos, e eles não significam que ela esteja com câncer13.

Cisto de útero

Quais são as principais características do cisto no útero1?

Algumas mulheres que têm cisto endometrial não apresentam nenhum sintoma14 e podem nem saber que têm um cisto até que o médico o sinta durante um exame pélvico15 ou o veja na ultrassonografia9. Outras sentem dor ou percebem pressão.

Os miomas podem causar dor pélvica16, problemas de fertilidade, sangramento menstrual intenso ou prolongado e problemas na bexiga17. Os miomas submucosos podem causar sangramento intenso durante o período menstrual e dificultar a gravidez18 da mulher. Os miomas subserosos podem pressionar a bexiga17 ou o reto19, causando incontinência urinária20 ou constipação21. Ocasionalmente causam dor nas costas22 se eles crescerem na parte de trás do útero1 e pressionarem os nervos que cercam a medula espinhal23.

Como o médico diagnostica o cisto no útero1?

O primeiro passo para o diagnóstico24 do cisto no útero1 é uma detalhada história clínica. Em seguida, um exame físico pode ser capaz de sentir o cisto. Um exame de imagem pode ser feito com uma ultrassonografia9 ou ressonância magnética25. Um exame de sangue26 pode ajudar a verificar se há câncer13, se a mulher está grávida ou se há uma infecção27.

Outra maneira de verificar um cisto uterino é através da laparoscopia10. Durante esta cirurgia, o médico fará uma pequena incisão28 no umbigo29 e inserirá uma câmera fina que permite que ele veja os cistos de perto, avalie seu tamanho e decida como melhor tratá-los.

Como o médico trata o cisto no útero1?

Grande número de cistos não requerem tratamento, a menos que os sintomas30 sejam graves. Para estabelecer um tratamento, o médico irá considerar a idade da paciente, a intensidade da sua dor e se ela pretende ou não engravidar no futuro. Com base nisso, ele escolherá, junto com a paciente, um plano de tratamento que pode incluir: espera vigilante, acompanhada periodicamente pelo médico; medicamento para ajudar a diminuir o cisto e cirurgia para retirada do cisto.

Às vezes, o médico pode apenas drenar o fluido em um cisto. Se a paciente está certa de que não deseja engravidar no futuro ou se ela estiver fora desta possibilidade, o médico poderá remover o útero1, em alguns casos.

Leia sobre "Sangramento menstrual intenso", "Incontinência urinária20", "Constipação21", "Preventivo31 ou Papanicolau32" e "Colposcopia33".

 

ABCMED, 2018. Cisto de útero. Disponível em: <https://www.abc.med.br/p/saude-da-mulher/1324633/cisto-de-utero.htm>. Acesso em: 19 mar. 2024.
Nota ao leitor:
As notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.

Complementos

1 Útero: Orgão muscular oco (de paredes espessas), na pelve feminina. Constituído pelo fundo (corpo), local de IMPLANTAÇÃO DO EMBRIÃO e DESENVOLVIMENTO FETAL. Além do istmo (na extremidade perineal do fundo), encontra-se o COLO DO ÚTERO (pescoço), que se abre para a VAGINA. Além dos istmos (na extremidade abdominal superior do fundo), encontram-se as TUBAS UTERINAS.
2 Fibroma: Neoplasia derivada do tecido fibroso. Incorretamente denominam-se assim os tumores benignos do músculo uterino, cujo nome correto seria mioma uterino.
3 Endométrio: Membrana mucosa que reveste a cavidade uterina (responsável hormonalmente) durante o CICLO MENSTRUAL e GRAVIDEZ. O endométrio sofre transformações cíclicas que caracterizam a MENSTRUAÇÃO. Após FERTILIZAÇÃO bem sucedida, serve para sustentar o desenvolvimento do embrião.
4 Tecido: Conjunto de células de características semelhantes, organizadas em estruturas complexas para cumprir uma determinada função. Exemplo de tecido: o tecido ósseo encontra-se formado por osteócitos dispostos em uma matriz mineral para cumprir funções de sustentação.
5 Endometriose: Doença que acomete as mulheres em idade reprodutiva e consiste na presença de endométrio em locais fora do útero. Endométrio é a camada interna do útero que é renovada mensalmente pela menstruação. Os locais mais comuns da endometriose são: Fundo de Saco de Douglas (atrás do útero), septo reto-vaginal (tecido entre a vagina e o reto ), trompas, ovários, superfície do reto, ligamentos do útero, bexiga e parede da pélvis.
6 Ovários: São órgãos pares com aproximadamente 3cm de comprimento, 2cm de largura e 1,5cm de espessura cada um. Eles estão presos ao útero e à cavidade pelvina por meio de ligamentos. Na puberdade, os ovários começam a secretar os hormônios sexuais, estrógeno e progesterona. As células dos folículos maduros secretam estrógeno, enquanto o corpo lúteo produz grandes quantidades de progesterona e pouco estrógeno.
7 Ovário: Órgão reprodutor (GÔNADAS) feminino. Nos vertebrados, o ovário contém duas partes funcionais Sinônimos: Ovários
8 Miométrio: A capa de músculos lisos do útero, que forma a massa principal do órgão.
9 Ultrassonografia: Ultrassonografia ou ecografia é um exame complementar que usa o eco produzido pelo som para observar em tempo real as reflexões produzidas pelas estruturas internas do organismo (órgãos internos). Os aparelhos de ultrassonografia utilizam uma frequência variada, indo de 2 até 14 MHz, emitindo através de uma fonte de cristal que fica em contato com a pele e recebendo os ecos gerados, os quais são interpretados através de computação gráfica.
10 Laparoscopia: Procedimento cirúrgico mediante o qual se introduz através de uma pequena incisão na parede abdominal, torácica ou pélvica, um instrumento de fibra óptica que permite realizar procedimentos diagnósticos e terapêuticos.
11 Colo do útero: Porção compreendendo o pescoço do ÚTERO (entre o ístmo inferior e a VAGINA), que forma o canal cervical.
12 Glândulas: Grupo de células que secreta substâncias. As glândulas endócrinas secretam hormônios e as glândulas exócrinas secretam saliva, enzimas e água.
13 Câncer: Crescimento anormal de um tecido celular capaz de invadir outros órgãos localmente ou à distância (metástases).
14 Sintoma: Qualquer alteração da percepção normal que uma pessoa tem de seu próprio corpo, do seu metabolismo, de suas sensações, podendo ou não ser um indício de doença. O sintoma é a queixa relatada pelo paciente mas que só ele consegue perceber. Sintomas são subjetivos, sujeitos à interpretação pessoal. A variabilidade descritiva dos sintomas varia em função da cultura do indivíduo, assim como da valorização que cada pessoa dá às suas próprias percepções.
15 Pélvico: Relativo a ou próprio de pelve. A pelve é a cavidade no extremo inferior do tronco, formada pelos dois ossos do quadril (ilíacos), sacro e cóccix; bacia. Ou também é qualquer cavidade em forma de bacia ou taça (por exemplo, a pelve renal).
16 Pélvica: Relativo a ou próprio de pelve. A pelve é a cavidade no extremo inferior do tronco, formada pelos dois ossos do quadril (ilíacos), sacro e cóccix; bacia. Ou também é qualquer cavidade em forma de bacia ou taça (por exemplo, a pelve renal).
17 Bexiga: Órgão cavitário, situado na cavidade pélvica, no qual é armazenada a urina, que é produzida pelos rins. É uma víscera oca caracterizada por sua distensibilidade. Tem a forma de pêra quando está vazia e a forma de bola quando está cheia.
18 Gravidez: Condição de ter um embrião ou feto em desenvolvimento no trato reprodutivo feminino após a união de ovo e espermatozóide.
19 Reto: Segmento distal do INTESTINO GROSSO, entre o COLO SIGMÓIDE e o CANAL ANAL.
20 Incontinência urinária: Perda do controle da bexiga que provoca a passagem involuntária de urina através da uretra. Existem diversas causas e tipos de incontinência e muitas opções terapêuticas. Estas vão desde simples exercícios de fisioterapia até complicadas cirurgias. As mulheres são mais freqüentemente acometidas por este problema.
21 Constipação: Retardo ou dificuldade nas defecações, suficiente para causar desconforto significativo para a pessoa. Pode significar que as fezes são duras, difíceis de serem expelidas ou infreqüentes (evacuações inferiores a três vezes por semana), ou ainda a sensação de esvaziamento retal incompleto, após as defecações.
22 Costas:
23 Medula Espinhal:
24 Diagnóstico: Determinação de uma doença a partir dos seus sinais e sintomas.
25 Ressonância magnética: Exame que fornece imagens em alta definição dos órgãos internos do corpo através da utilização de um campo magnético.
26 Sangue: O sangue é uma substância líquida que circula pelas artérias e veias do organismo. Em um adulto sadio, cerca de 45% do volume de seu sangue é composto por células (a maioria glóbulos vermelhos, glóbulos brancos e plaquetas). O sangue é vermelho brilhante, quando oxigenado nos pulmões (nos alvéolos pulmonares). Ele adquire uma tonalidade mais azulada, quando perde seu oxigênio, através das veias e dos pequenos vasos denominados capilares.
27 Infecção: Doença produzida pela invasão de um germe (bactéria, vírus, fungo, etc.) em um organismo superior. Como conseqüência da mesma podem ser produzidas alterações na estrutura ou funcionamento dos tecidos comprometidos, ocasionando febre, queda do estado geral, e inúmeros sintomas que dependem do tipo de germe e da reação imunológica perante o mesmo.
28 Incisão: 1. Corte ou golpe com instrumento cortante; talho. 2. Em cirurgia, intervenção cirúrgica em um tecido efetuada com instrumento cortante (bisturi ou bisturi elétrico); incisura.
29 Umbigo: Depressão no centro da PAREDE ABDOMINAL, marcando o ponto onde o CORDÃO UMBILICAL entrava no feto. OMPHALO- (navel)
30 Sintomas: Alterações da percepção normal que uma pessoa tem de seu próprio corpo, do seu metabolismo, de suas sensações, podendo ou não ser um indício de doença. Os sintomas são as queixas relatadas pelo paciente mas que só ele consegue perceber. Sintomas são subjetivos, sujeitos à interpretação pessoal. A variabilidade descritiva dos sintomas varia em função da cultura do indivíduo, assim como da valorização que cada pessoa dá às suas próprias percepções.
31 Preventivo: 1. Aquilo que previne ou que é executado por medida de segurança; profilático. 2. Na medicina, é qualquer exame ou grupo de exames que têm por objetivo descobrir precocemente lesão suscetível de evolução ameaçadora da vida, como as lesões malignas. 3. Em ginecologia, é o exame ou conjunto de exames que visa surpreender a presença de lesão potencialmente maligna, ou maligna em estágio inicial, especialmente do colo do útero.
32 Papanicolau: Método de coloração para amostras de tecido, particularmente difundido por sua utilização na detecção precoce do câncer de colo uterino.
33 Colposcopia: Exame ginecológico auxiliar na visualização de lesões do colo uterino e da região genital feminina.
Gostou do artigo? Compartilhe!

Pergunte diretamente a um especialista

Sua pergunta será enviada aos especialistas do CatalogoMed, veja as dúvidas já respondidas.