Miomas uterinos: definição, tipos, causas, sintomas, diagnóstico, tratamento e evolução
O que são miomas uterinos?
Miomas uterinos são tumores benignos que acontecem no tecido1 muscular da parede do útero2. Eles podem ser únicos ou múltiplos, se instalar em localizações variáveis e serem de diversos tamanhos, podendo atingir grandes dimensões quando não extirpados a tempo, provocando um grande crescimento abdominal. Quase metade das mulheres na quarta ou quinta década da vida tem algum tipo desses tumores.
Quais são os tipos existentes?
Existem quatro tipos desses tumores, classificados conforme sua localização:
- Submucosos: localizados na parte interior da parede do útero2.
- Intramurais: localizados no meio da parede uterina.
- Subserosos: localizados na parte exterior da parede do útero2.
- Pediculados: ligados ao útero2 por um pedículo3.
Cada um deles difere dos demais por certos detalhes da sintomatologia e demandam diferentes medidas corretivas.
Quais são as causas dos miomas uterinos?
Não se conhece uma causa determinante para o aparecimento dos miomas uterinos. Esses tumores são mais comuns em pacientes que têm história da doença na família ou que são obesas. O que se sabe é que estão associados principalmente à ação dos estrógenos e da progesterona e que a incidência4 deles diminui depois da menopausa5, quando esses hormônios diminuem, e são mais frequentes no período fértil da vida da mulher. Um fator racial parece operar no caso, já que as mulheres negras são mais vulneráveis ao seu desenvolvimento.
Quais são os principais sinais6 e sintomas7 dos miomas uterinos?
Os miomas uterinos podem ser assintomáticos, pelo menos até atingirem grandes volumes. Quando começa a haver sintomas7, os mais importantes são:
- Fluxo menstrual abundante.
- Crescimento do abdômen.
- Dores abdominais ou na pelve8.
- Anemia9.
- Infertilidade10.
- Abortamentos repetitivos.
- Se o tumor11 for grande, pode levar à compressão sobre órgãos vizinhos, causando os sintomas7 respectivos.
Como o médico diagnostica os miomas uterinos?
A suspeita diagnóstica é feita pela historia clínica e pelo toque vaginal. Exames de imagens, como a ultrassonografia12, a ressonância magnética13 e a histeroscopia14, também são importantes para o diagnóstico15. A certeza diagnóstica pode ser obtida por meio de uma biópsia16.
Como o médico trata os miomas uterinos?
Se o tumor11 não apresentar sintomas7, não requer tratamento imediato e pode apenas ser monitorado regularmente. Se a mulher estiver próxima da menopausa5, o tratamento recomendado é o bloqueio da produção de estrógeno17. A supressão da função ovariana ajuda a diminuir o tamanho dos miomas uterinos. A remoção do tumor11 pode ser feita pela miomectomia (retirada do mioma) ou histerectomia18 (retirada total do útero2). A remoção cirúrgica do útero2, no entanto, depende se a mulher ainda pode e deseja ter filhos. Quando se pratica a miomectomia de pequenos tumores a cirurgia pode ser feita por via vaginal. Atualmente tem sido usada com bons resultados uma técnica de embolização19 mediante a qual se procura interromper o fluxo de sangue20 que nutre o mioma, “matando” assim o tumor11.
Como evoluem os miomas uterinos?
O mioma não representa um impedimento absoluto para engravidar e se uma mulher grávida tiver um mioma, ela ou seu bebê dificilmente terão complicações.
Os tumores uterinos podem trazer algum desconforto nas relações sexuais e motivar irregularidades intestinais, incontinência urinária21 e, às vezes, infertilidade10.
Mesmo os grandes miomas não se transformam em câncer22.
As notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.