Atalho: 6589UXE
Gostou do artigo? Compartilhe!

Calvície feminina: quando tratar?

A+ A- Alterar tamanho da letra
Avalie este artigo

Quando tratar a queda dos cabelos nas mulheres?

O momento ideal para fazer o tratamento da calvície1 é quando ela atinge a auto-estima e a personalidade de uma mulher. No entanto, o ponto em que a queda de cabelo2 se torna "inaceitável" faz parte de uma avaliação individual. Algumas mulheres aceitam a perda de cabelo2 como condição de envelhecimento. Outras querem interrompê-la ou revertê-la imediatamente.

As mulheres que apresentam queda de cabelo2 devem procurar ajuda médica, caso julguem necessário, com um dermatologista ou com um cirurgião plástico especializado em recuperação capilar3. É bom também fazer uma avaliação geral com um clínico geral para afastar patologias que possam levar à perda dos fios.

A calvície1 não tem cura, mas o diagnóstico4 precoce pode permitir o tratamento no início da queda, o que contribui para ter a sua evolução estabilizada, retardada ou revertida.

O médico fará um exame clínico detalhado para avaliar as várias causas que estão contribuindo para a perda dos fios. Podem ser necessários exames complementares como dosagens hormonais, verificação da existência de anemia5 com checagem do comportamento do ferro no organismo, avaliação de algum estresse físico que possa estar acontecendo, dentre outras questões a serem abordadas.

Quais os tratamentos disponíveis?

Existem tratamentos clínicos e cirúrgicos.

Nos casos em que uma causa específica for identificada, ela deve ser tratada adequadamente.

Dentre as opções de tratamento clínico para as mulheres estão:

  • O uso de loção de minoxidil no couro cabeludo.
  • A terapia capilar3 com laser.

A finasterida, medicamento utilizado com sucesso no tratamento da calvície1 masculina, não é indicada para o tratamento de mulheres em idade fértil devido a possíveis problemas em caso de gestação. Cerca de 70% das mulheres após a menopausa6 apresentam quadro de afinamento dos cabelos pela idade, fenômeno não androgênio dependente - portanto, sem potencial para responder à finasterida. Este medicamento tem uma ação antiandrogênica, ou seja, anti-hormônio7 masculino.

Quando os tratamentos clínicos não apresentarem uma resposta satisfatória, o transplante capilar3 é quase sempre o tratamento cirúrgico de escolha.

O procedimento tem uma alta taxa de sucesso em mulheres e a grande maioria fica satisfeita com os resultados. No entanto, nem todas as mulheres são boas candidatas para o transplante de cabelo2.

Quais são as mulheres que não devem fazer transplante de cabelos?

Os fatores que mais frequentemente excluem uma mulher do transplante de cabelo2 são:

Casos em que há uma diminuição difusa dos cabelos sobre uma grande área do couro cabeludo e não há bastante cabelo2 doador para realizar o transplante de cabelo2 de maneira aceitável, já que o transplante é feito com fios disponíveis da própria pessoa.

A paciente tem expectativas irreais de que o transplante de cabelo2 possa restaurar completamente sua aparência em relação à plenitude e densidade dos fios, rejeitando qualquer melhoria significativa que seja inferior a 100%.

Antes de se comprometer com um plano de tratamento, todas as mulheres devem estar convencidas de que todas as questões relevantes em relação aos procedimentos foram abordadas, inclusive no que diz respeito aos possíveis resultados e custos.

Tanto a paciente quanto o médico devem ter certeza de que todas as outras causas de perda de cabelo2 foram descartadas antes que o transplante de cabelo2 seja realizado.

Como é feita a cirurgia de recuperação capilar3 ou transplante de cabelos?

A cirurgia para fazer nascer cabelos consiste em relocar (mudar de lugar) unidades foliculares (folículo piloso8) retiradas de uma área doadora do próprio paciente (geralmente os fios são retirados da parte de trás ou dos lados da cabeça9) para áreas receptoras (áreas calvas ou de pêlos afinados).

Os folículos uma vez transplantados garantem a produção e o crescimento dos fios por um longo prazo.

ABCMED, 2011. Calvície feminina: quando tratar?. Disponível em: <https://www.abc.med.br/p/saude-da-mulher/242855/calvicie-feminina-quando-tratar.htm>. Acesso em: 29 mar. 2024.
Nota ao leitor:
As notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.

Complementos

1 Calvície: Também chamada de alopécia androgenética é uma manifestação fisiológica que ocorre em indivíduos geneticamente predispostos, sendo que a herança genética pode vir do lado paterno ou materno. É resultado da estimulação dos folículos pilosos por hormônios masculinos que começam a ser produzidos na adolescência (testosterona). Ao atingir o couro cabeludo de pacientes com tendência genética para a calvície, a testosterona sofre a ação de uma enzima, a 5-alfa-redutase, e é transformada em diidrotestosterona (DHT). É a DHT que vai agir sobre os folículos pilosos promovendo a sua diminuição progressiva. O resultado final deste processo de diminuição e afinamento dos fios de cabelo é a calvície.
2 Cabelo: Estrutura filamentosa formada por uma haste que se projeta para a superfície da PELE a partir de uma raiz (mais macia que a haste) e se aloja na cavidade de um FOLÍCULO PILOSO. É encontrado em muitas áreas do corpo.
3 Capilar: 1. Na medicina, diz-se de ou tubo endotelial muito fino que liga a circulação arterial à venosa. Qualquer vaso. 2. Na física, diz-se de ou tubo, em geral de vidro, cujo diâmetro interno é diminuto. 3. Relativo a cabelo, fino como fio de cabelo.
4 Diagnóstico: Determinação de uma doença a partir dos seus sinais e sintomas.
5 Anemia: Condição na qual o número de células vermelhas do sangue está abaixo do considerado normal para a idade, resultando em menor oxigenação para as células do organismo.
6 Menopausa: Estado fisiológico caracterizado pela interrupção dos ciclos menstruais normais, acompanhada de alterações hormonais em mulheres após os 45 anos.
7 Hormônio: Substância química produzida por uma parte do corpo e liberada no sangue para desencadear ou regular funções particulares do organismo. Por exemplo, a insulina é um hormônio produzido pelo pâncreas que diz a outras células quando usar a glicose para energia. Hormônios sintéticos, usados como medicamentos, podem ser semelhantes ou diferentes daqueles produzidos pelo organismo.
8 Folículo Piloso: Invaginação (forma de tubo) da EPIDERME, a partir da qual se desenvolve o folículo piloso e se abrem as GLÂNDULAS SEBÁCEAS. O folículo é revestido por uma bainha (radicular interna e externa) de células de origem epidérmica e revestido por uma bainha fibrosa originada da derme. (Tradução livre do original
9 Cabeça:
Gostou do artigo? Compartilhe!

Pergunte diretamente a um especialista

Sua pergunta será enviada aos especialistas do CatalogoMed, veja as dúvidas já respondidas.

Comentários

13/04/2012 - Comentário feito por alice
Re: Calvície feminina: quando tratar?
sofro com queda de cabelo a 5 anos , faço tratamento , mas foi comprovado que e stress , como faço para combater isto , ja estou até com depressão ... me ajudem por favor ... obrigado ...

  • Entrar
  • Receber conteúdos