A influência das cores sobre as pessoas
Como é a influência das cores sobre as pessoas?
A psicologia das cores estuda como diferentes cores afetam nossas emoções, percepções e comportamentos. Mesmo leigamente, sabe-se que as cores têm uma influência significativa sobre as pessoas e essa influência pode variar de acordo com a cultura, a individualidade e o contexto. O conhecimento dessas diferenças pode ser aplicado nas mais diversas áreas de atividade humana, desde a saúde1 até a propaganda.
Nos diversos ambientes, é sabido como determinadas cores decorativas têm efeito calmante ou excitante; convidativo ou expulsante. Nas atividades de marketing, é conhecida a importância que têm a aparência e o colorido das embalagens. No comércio, os ambientes em que se deseja que o cliente permaneça por um tempo maior, como salas de espera ou ambientes médicos, em geral são pintadas com cores claras (verdes e azuis, sobretudo) e aquelas outras em que é conveniente que os clientes estejam neles mais rapidamente, como uma lanchonete, por exemplo, em geral são pintados com cores mais marcantes (sobretudo vermelhas e amarelas).
Em ambientes de trabalho, costuma-se relacionar as cores com a maior ou menor produtividade das pessoas e até mesmo com o maior ou menor cansaço delas. No meio externo, as cores escuras são usadas para indicar perigo e as cores claras usadas para recepcionar com boas-vindas ou fazer convites. O branco inspira uma sensação de pureza ou de paz e a cor negra sugere luto ou sofrimento.
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De que maneira as cores influenciam as pessoas?
As cores são ondas eletromagnéticas que influenciam as pessoas de diversas formas. Elas podem mudar as ações, emoções, humor e energia de uma pessoa. Cores “quentes” remetem a um estado alegre e com uma energia mais positiva, enquanto as cores “frias” trazem um estado de relaxamento e calmaria.
Diferentes cores estão associadas a diferentes emoções e sentimentos. Assim, por exemplo:
- o vermelho pode evocar emoções como paixão, energia e excitação, mas também pode ser associado a perigo ou raiva2;
- o azul costuma estar ligado ao frio e à calma, tranquilidade e confiança;
- o amarelo é associado à felicidade, otimismo e energia, embora em excesso possa causar ansiedade;
- o verde evoca uma sensação de frescor, natureza e equilíbrio, e frequentemente é associado à renovação;
- o roxo pode representar criatividade, luxo e mistério e pode estar associado à espiritualidade;
- o laranja transmite entusiasmo, alegria e vitalidade, podendo ser estimulante, mas também parecer excessivamente vibrante.
No marketing, as cores são usadas estrategicamente para influenciar o comportamento do consumidor. Por exemplo:
- o vermelho é usado em promoções e chamadas de atenção, pois pode aumentar a urgência3 e o desejo de comprar;
- o azul é comum em marcas que desejam transmitir confiança e profissionalismo;
- o verde é usado por marcas ecológicas ou relacionadas à natureza e à saúde1;
- e o amarelo atrai a atenção e é usado para destacar informações importantes.
Em vários contextos também é importante, o contraste entre as cores. Um grande contraste, como entre o preto e o amarelo, é usado em avisos para prestar atenção e nas sinalizações de trânsito, por exemplo. Um contraste mais discreto em geral é utilizado em ambientes mais calmos e para combinar vestuários.
Mas, a interpretação e significado das cores não é exatamente a mesma em todas as culturas. Por exemplo, o branco é associado à pureza e à paz em muitas culturas ocidentais, mas pode simbolizar luto em algumas culturas orientais. Além disso, o contexto em que as cores são usadas também é importante. Uma cor que pode ser apropriada a uma certa situação em um contexto pode ter um impacto diferente em outro.
As cores também podem afetar a percepção do ambiente. As mais claras tendem a abrir espaços e dar uma sensação de amplitude, enquanto as mais escuras podem tornar um ambiente mais aconchegante, mas também mais confinado, fazendo-o parecer menor do que é em realidade.
A influência das cores sobre a saúde1 das pessoas
Algumas terapias utilizam as cores para influenciar as emoções e conseguir o bem-estar. A cromoterapia, por exemplo, propõe que a exposição a cores específicas pode ter efeitos positivos na saúde1 mental e física. Ela, contudo, não é uma técnica reconhecida pela comunidade científica, embora seja inquestionável que ela melhora o equilíbrio entre o corpo e a mente, podendo mesmo aliviar sintomas4 de algumas doenças, como pressão alta ou depressão, por exemplo.
Um dia ensolarado e claro torna as pessoas mais alegres e extrovertidas; um dia acinzentado as faz mais taciturnas e depressivas. Tomando-se em conta as grandes influências que as cores têm sobre a vida humana, é difícil acreditar que possam não ter alguma ação sobre as doenças, sobretudo as do espectro psicológico.
No entanto, a cromoterapia não deve ser confundida com a fototerapia que os médicos usam, com respaldo científico, no tratamento de determinadas enfermidades, como a icterícia neonatal5 e a psoríase6.
Existem várias formas de aplicar a cromoterapia:
- usar roupas da cor específica que a pessoa deseja, para influenciar seu humor;
- usar luzes coloridas no ambiente, através da iluminação do cômodo ou de abajures coloridos;
- fechar os olhos7 e imaginar uma cor específica ao seu redor;
- usar pedras preciosas e cristais da cor escolhida, para influenciar sua energia e bem-estar;
- por meio de banhos de cor, nos quais a pessoa deve adicionar sais de banho coloridos à água do banho e mergulhar nela;
- e fazer relaxamento e meditação exposto à cor desejada, respirando fundo e concentrando-se na cor, permitindo-se relaxar e liberar a tensão.
No entanto, a cromoterapia nunca deve ser aplicada como tratamento exclusivo; ela deve complementar os tratamentos médicos oficiais. Como acontece com muitas outras terapias complementares, a cromoterapia pode exigir tempo e constância para que seus resultados sejam observáveis. Não se deve esperar mudanças imediatas. Ela necessita de tempo para que se possa experimentar seus possíveis efeitos positivos.
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Referências:
As informações veiculadas neste texto foram extraídas principalmente dos sites WebMD e Mental Health America.
As notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.