Osmose e homeostase
O que é osmose1 e homeostase?
Quando duas misturas homogêneas, mas com concentrações diferentes de solutos são separadas por uma membrana semipermeável, elas tendem a igualar suas concentrações e se tornarem homogêneas. Uma membrana semipermeável é caracterizada pelo fato de ser permeável apenas a determinadas substâncias. A água pode sempre passar através dela, mas as substâncias nela dissolvidas, como o açúcar2 ou o sal, por exemplo, não podem.
A solução que contém maior quantidade percentual de soluto é dita ser hipertônica3 em relação à outra, dita hipotônica4. Se ambas as soluções contêm a mesma concentração de soluto elas são ditas isotônicas. Essa tendência a igualar suas concentrações é o que se passa entre os líquidos extra e intracelulares, separados pela membrana celular5, e o fenômeno se chama osmose1.
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O que é osmose1?
A osmose1 (do grego: osmos = penetração) é o processo envolvendo aspectos físicos, químicos e biológicos em que um fluido (usualmente a água) se move para dentro ou para fora da célula6, desde o meio menos concentrado (hipotônico7) para o mais concentrado (hipertônico8) através da membrana celular5, seletivamente permeável.
Esse processo não gasta energia da célula6, sendo dito ser um transporte passivo. Chama-se pressão osmótica9 à pressão com a qual a água é forçada a atravessar essa membrana permeável. Esta pressão osmótica9 persiste até que as concentrações em ambos os lados da membrana sejam igualadas, tornando ambas as direções isotônicas.
Imersa em uma solução isotônica10, uma célula6 não ganha nem perde água. Circundada por uma solução hipertônica3, a célula6 murcha, porque a água se transfere para fora dela. Ao contrário, banhadas em solução hipotônica4, a célula6 incha assim que a água entra em seu interior, distendendo suas membranas. É importante saber que a osmose1 não é influenciada pela natureza do soluto, mas sim pelo número de partículas dissolvidas.
O que é homeostase?
Homeostase (do grego: homeo = similar, igual + stasis = estático) é a condição de relativa estabilidade da qual o organismo necessita para realizar suas funções adequadamente, para o equilíbrio do corpo. A osmose1 é um dos processos mais importantes para esse equilíbrio, bem como para a nutrição11 das células12.
O termo homeostase foi criado pelo fisiologista americano Walter Cannon, em 1929, para se referir à habilidade do organismo de manter em equilíbrio constante o seu meio interno, constituído pelo líquido intersticial13, independentemente das alterações que ocorram no ambiente. O conceito de meio interno foi introduzido por outro fisiologista, o francês Claude Bernard.
A importância biológica do meio interno está em que ele participa da regulação da temperatura corporal, nas reações de hidrólise, na eliminação de toxinas14, no transporte de oxigênio, na lubrificação das articulações15 e colabora na manutenção da homeostasia16 corporal, bem como aumenta a saciedade precoce reduzindo o apetite. Assim, o organismo mantém as condições internas necessárias para a vida, o que ocorre tanto em nível celular quanto corporal.
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Referências:
As informações veiculadas neste texto foram extraídas dos sites do Journal of Medical Physiology & Therapeutics e do Concepts of Biology - 1st Canadian Edition (by Charles Molnar and Jane Gair).
As notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.