Rins inflamados? Pode ser glomerulonefrite!
O que é glomerulonefrite1?
Glomerulonefrite1 é a inflamação2 difusa dos glomérulos renais3. As glomerulonefrites podem ser oriundas do próprio glomérulo4 (glomerulonefrites primárias) ou serem repercussões sobre eles de enfermidades sistêmicas (glomerulonefrites secundárias). Em ambos os casos, podem se instalar de forma aguda ou crônica e apresentar diversos graus de intensidade.
O glomérulo renal5 é a unidade funcional do rim6, responsável pela filtração do sangue7 e pela retirada do excesso de água e de restos metabólicos, que em seu conjunto formam um filtrado glomerular. Ele é uma estrutura microscópica, cada rim6 possui cerca de um milhão de glomérulos8. É um emaranhado de capilares9 localizado dentro de uma pequena cápsula, chamada cápsula de Bowman10, por onde o sangue7 circula e depois de filtrado segue para os túbulos renais. Nesses túbulos, o filtrado glomerular é processado e transformado em urina11. As inflamações12 nos glomérulos8 alteram esse processo de filtração e com isso modificam tanto a composição do sangue7, quanto a da urina11, cuja detecção em laboratório indica o tipo de alteração.
Quais são as causas da glomerulonefrite1?
As glomerulonefrites primárias podem ser causadas por uma agressão imunológica devido a infecções13 por vírus14 ou bactérias. As secundárias não se originam primariamente no glomérulo4, mas estão associadas a doenças, como hipertensão arterial15, diabetes mellitus16, lúpus17 eritematoso18, hepatites19 B e C, infecção20 pelo HIV21, medicamentos, etc. A maioria dos casos de glomerulonefrite1 aguda afeta crianças e é uma complicação de uma infecção20 faríngea aparentemente banal e não tratada, como uma amigdalite ou faringite22 estreptocócica, por exemplo.
Quais são os principais sinais23 e sintomas24 da glomerulonefrite1?
Os sintomas24 e a evolução da glomerulonefrite1 variam muito. Por exemplo, a glomerulonefrite1 pode ter remissão espontânea e exigir apenas que seja monitorada ou pode ser grave, de evolução agressiva e exigir diálise25 ou mesmo transplante renal26. As glomerulonefrites primárias podem ser assintomáticas, mas quando aparecem os sintomas24 eles podem ser: hipertensão arterial15, edema27 bilateral nas pálpebras28 e/ou nas pernas, perda de sangue7 e de proteína pela urina11, cansaço, indisposição, fraqueza e anemia29. Nas glomerulonefrites secundárias os sintomas24 mais comuns são, também, a urina11 espumosa e os edemas30.
Como o médico diagnostica a glomerulonefrite1?
Inicialmente, o diagnóstico31 se baseia nos sinais23 e sintomas24 relatados pelo paciente e/ou observados pelo próprio médico e deve ser complementado por exames laboratoriais que forneçam uma bioquímica da urina11 e do sangue7 e permitam avaliar as características da glomerulonefrite1. O diagnóstico31 de certeza só é feito por meio de biópsia32 renal26, a qual só deve ser realizada em casos em que seja indispensável.
Como o médico trata a glomerulonefrite1?
O tratamento da glomerulonefrite1 depende da gravidade e das causas da doença. Muitas vezes não chega a ser necessário o uso de medicamentos, bastando diminuir a ingestão de proteínas33, sal e líquidos e manter a pressão arterial34 sob controle. Quando se usa medicamentos eles são antibióticos, anti-inflamatórios e imunossupressores. É de especial importância tratar ou controlar a enfermidade causal.
Como evolui a glomerulonefrite1?
A glomerulonefrite1 grave ou duradoura pode levar à insuficiência renal35 crônica de grau variado.
Como prevenir a glomerulonefrite1?
Fazer o tratamento adequado das doenças causadoras, como as amigdalites e as faringites estreptocócicas, ajuda a prevenir as glomerulonefrites.
As notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.