Oncocitoma conceito, causas, características clínicas, diagnóstico e tratamento
O que é oncocitoma?
Um oncocitoma é um tumor1 constituído por oncócitos, células2 epiteliais caracterizadas por uma grande quantidade de mitocôndrias, resultando em um citoplasma3 granular acidofílico abundante. As células2 e o tumor1 que elas compõem são geralmente benignos, mas às vezes podem ser pré-malignos ou malignos.
Quais são as causas do oncocitoma?
Como a divisão celular dos oncócitos não está impedida, é possível que eles deem origem a hiperplasias e neoplasias4 benignas ou (mais raramente) malignas. Pode haver causas ou desencadeamentos mais específicos, na dependência do órgão em que os tumores se localizam.
Leia sobre "Prevenção do câncer5", "Limitar o consumo do álcool reduz o risco de câncer5" e "Nódulos da tireoide6".
Qual é o substrato fisiológico7 do oncocitoma?
Um oncocitoma é um tumor1 epitelial composto por oncócitos, grandes células2 glandulares epiteliais eosinofílicas com núcleos pequenos, redondos e de aparência benigna, com nucléolos grandes. A localização dos tumores parece ser incidental. A incidência8 deles é maior entre pacientes do sexo masculino que do sexo feminino.
Essas células2 foram identificadas por Hamperl, em 1931, e, em 1932, Jaffé introduziu o termo oncocitoma para esses tumores. Embora outras designações tenham sido sugeridas, como adenoma9 oxifílico e mitocondrioma, ela permanece desde então.
Quais são as principais características clínicas do oncocitoma?
Esses tumores foram encontrados nos rins10, glândulas salivares11, tireoide12 e outros tecidos e órgãos (paratireoide, glândula lacrimal13, adenohipófise14 e pâncreas15), todos com características muito assemelhadas, independentemente do local em que ocorrem.
Oncocitoma renal16
O oncocitoma renal16 se origina das células2 intercaladas dos ductos coletores do rim17. É um tumor1 benigno, mais comum em homens que em mulheres, que cresce assintomático, embora raros casos de metástases18 tenham sido relatados. Geralmente é descoberto por acaso na 6ª ou 7ª décadas da vida, quando um exame de imagem é feito em razão de outros motivos.
Em geral ele cresce por expansão, à razão de 0,5 centímetros ao ano, e pode atingir grandes tamanhos (até 15 cm), embora quando diagnosticado geralmente tenha 4 ou 5 centímetros. Pode afetar e prejudicar estruturas vizinhas, por contiguidade, como a artéria renal19, por exemplo.
Nos exames de imagens costuma ser difícil diferenciá-lo de tumores malignos, pelo que quase sempre uma biópsia20 é requerida ou ele só é reconhecido como tal depois da extração cirúrgica. Esse tumor1 representa 5% a 15% das neoplasias4 renais cirurgicamente ressecadas.
Oncocitoma das glândulas salivares11
O oncocitoma de glândulas salivares11 é um crescimento neoplásico21 benigno e bem circunscrito, localizado na glândula parótida22 na maioria dos casos. Geralmente são unilaterais e raramente bilaterais. Cerca de 20% deles está relacionado à terapia de radiação feita ou outros motivos. Compreende cerca de 1 a 2% de todos os tumores da glândula23 salivar, sendo mais frequente que a oncocitose ou que os carcinomas oncocíticos.
Macroscopicamente é uma massa tumoral de tamanho inferior a 4 cm, firme, lobulada, de cor vermelho-amarronzada, de crescimento lento e indolor, que aparece, em média, após os 60 anos de idade. A histopatologia24 é marcada por folhas de grandes oncócitos epiteliais poliédricos e inchados com núcleos localizados centralmente. Os oncocitomas das glândulas salivares11 são mais comuns nas mulheres que em homens.
Oncocitoma da tireoide12
Pode ser benigno (adenoma9) ou maligno (carcinoma25), o que impõe a necessidade de um diagnóstico26 diferencial perfeito. Os adenomas oncocíticos são nódulos sólidos encapsulados com uma superfície característica de cor marrom.
A aparência do carcinoma25 minimamente invasivo é indistinguível da de um adenoma9, enquanto o carcinoma25 amplamente invasivo é obviamente característico. Não existe característica citológica confiável que distinga o adenoma9 oncocitário do carcinoma25 e o único critério para o diagnóstico26 de malignidade é a identificação de invasão. Os pacientes apresentam nódulo27 tireoidiano, geralmente com função tireoidiana normal. Se o tumor1 for grande ou invasivo pode haver outros sintomas28, como dificuldade em engolir ou falar, por exemplo.
Como o médico diagnostica o oncocitoma?
Quase sempre os oncocitomas são diagnosticados incidentalmente por exames de imagens feitos em razão de outros motivos. Embora essas imagens tenham algumas características próprias, elas não são suficientemente específicas para garantir um diagnóstico26 definitivo. Somente a biópsia20 ou o exame anatomopatológico de material extirpado pela cirurgia é capaz de selar o diagnóstico26.
Como o médico trata o oncocitoma?
Como são de lenta progressão, geralmente assintomáticos e raramente se tornam malignos, os oncocitomas podem apenas ser monitorados, mas como são radiologicamente indistinguíveis de um carcinoma25, devem ser removidos cirurgicamente, por via das dúvidas.
Veja também sobre "Bócio29", "Adenocarcinoma30" e "Biópsia20 da tireoide12".
Referências:
As informações veiculadas neste texto foram extraídas dos sites do Oncoguia e do GARD – Genetic and Rare Diseases Information Center.
As notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.